Re: [FINALIZADA] ** A Vingança **

por **Jess Silver** Qui Jun 02, 2011 5:32 pm

Capítulo 13

Assassina

Quando o crepúsculo tingiu o céu daquele seu tom quente e agradável, alaranjado, abri os olhos e fitei as árvores através da janela entreaberta do quarto onde ficara com Bryan. O nosso quarto dali em diante. Sorri ao inspirar o ar puro, o cheiro das árvores e da natureza e…
Do sangue.
Levantei-me num movimento rápido e gracioso e quase voei direita à janela. Olhei lá para baixo e vi Halley, à espera, no alpendre. Suspirei de alívio. Era só ela…
- Bryan…
Ele abriu os olhos, sorrindo-me. Levantou-se também, na sua velocidade alucinante, e na fracção de segundo seguinte já estava ao pé de mim, com os braços a rodearem-me a cintura. Olhou para Halley e franziu o sobrolho.
- É ela?
- É.
- Tens de lhe pedir para usar perfume. O seu cheiro é…
- Eu sei. Muito tentador. - Respondi.
Bryan curvou-se, apanhou o meu robe de seda preto do chão e ajudou-me a vesti-lo. Apertou o laço e beijou-me, passando com a sua língua pelos meus dentes de vampira.
- Vamos lá falar com a humana. - Murmurou, sorrindo.
- Hale. Chama-lhe Hale, ela gosta muito.
Colocou o braço em volta dos meus ombros e descemos as escadas a correr. Chegámos à porta em menos de um segundo. Abri-a e deparei-me com uma Halley sorridente e confiante. Só que, ao ver Bryan, o seu sorriso esmoreceu quase por completo, tornando-a receosa.
- Olá Halley. Este é o Bryan.
- Olá… - Sussurrou ela, impressionada.
- É um prazer conhecer-te. - Disse Bryan, com uma voz doce e apaziguadora.
Halley sorriu e demos-lhe passagem para dentro da casa. Ela parou na sala e olhou à sua volta, admirando os móveis. Devia estar a lembrar-se dos tempos que lá passara. Tempos esses de que nem eu me lembrava.
- Hale… preciso de te pedir um favor. - Disse, aproximando-me dela.
Fitou-me intensamente, a tentar adivinhar o que eu lhe iria dizer, mas não conseguiu.
- Podes usar perfume quando vieres ter connosco? Por favor…
- Perfume? Mas… porquê? - Estava confusa.
Bryan aproximou-se também mas eu vi que ele não estava a respirar. Até eu fiz um esforço por não inspirar o seu cheiro delicioso.
- É que… tu cheiras bem de mais. - Murmurei.
Ela entendeu o que nós queríamos dizer.
- Está bem… vou usar perfume, prometo.
Ia sorrir-lhe em agradecimento mas um cheiro que eu bem conhecia chegou-me vindo de longe, e ouvi os seus passos de corrida lá muito longe. Frank.
- Bryan…
- Eu sei, vou falar com ele.
Virou-se e correu o mais rápido que pôde para fora de casa. Halley arregalou os olhos quando o viu sair daquela maneira, parecendo mesmo perplexa.
- Julguei que soubesses da velocidade. - Respondi.
- Não pensei que fosse assim… deve ser o máximo conseguir correr assim.
Ri-me. Halley gostava da maioria dos nossos poderes. Sentei-me no sofá e ela sentou-se ao meu lado, a olhar para todo o lado com grande curiosidade.
- Vão cá ficar a viver?
- Vamos.
- Se calhar deviam dar uma limpeza a isto… querem ajuda?
Ri-me mesmo com divertimento. Halley, a fazer limpezas connosco? Havia de ser um espectáculo memorável.
- Obrigada, mas acho que conseguimos dar conta do assunto. Sabes… limpamos tudo muito depressa.
- Oh, pois…
Vi-a corar ligeiramente. Aquele tom rosado que lhe embelezou o rosto fez a sede na minha garganta rugir e levantei-me logo, com uma rapidez louca. Halley arregalou os olhos quando eu fiz aquilo.
- O que foi? - Perguntou.
- Dá-me um segundo…
Corri até à cozinha e tirei uma garrafa cheia de sangue de um dos armários de madeira onde as tínhamos arrumado. Estavam quase cheios com tanta garrafa. Bebi sofregamente até meio desta e pousei-a no balcão de granito da cozinha, curvando um pouco a cabeça e de olhos fechados. Inspirei fundo para recuperar o controlo, e depois voltei a endireitar-me. Quando me virei, Halley estava de pé, na soleira da porta, a olhar atónica para mim.
- Oh, pois…
Aquilo iria fazer-lhe impressão? Ela não tinha visto o que eu bebera, porque a garrafa não era transparente, mas sabia o que lá estava dentro. Talvez a deixasse agoniada ou coisa do género.
- Isso é sangue? - Perguntou, franzindo o sobrolho.
- É… importaste que o beba à tua frente?
- Não… acho que não. Só não estava à espera.
Sorri e voltámos para a sala. Pousei a garrafa no chão, ao nosso lado. Nesse instante, Bryan e Frank entraram na sala. Frank cravou os seus olhos negros em Halley e vi-a retrair-se de medo.
- Senti o cheiro dela a mais de trezentos metros daqui. - Alertou.
Halley ficou espantada com as palavras dele. Levantei-me e aproximei-me de Frank.
- Ela está comigo. Tens sangue na cozinha se for preciso. - Rosnei baixinho, embora odiasse ter de falar assim com Frank.
- Por acaso dava mesmo jeito… já que nos proibiste de caçar aqui…
E desapareceu tão depressa como um raio de luz, em direcção à cozinha. Bryan revirou os olhos como se achasse tudo aquilo muito exagerado.
- Vocês não vão mesmo caçar em Oregän? - Perguntou Halley.
- Não. A Kelly não nos deixa. Tivemos de trazer sangue de reserva. Caçámos em Toronto. Armazenámos o sangue em garrafas e…
- Bryan, não precisas de explicar os pormenores. - Murmurei, ao ver os olhos de Halley cada vez mais aterrorizados.
- Vocês… mataram todas aquelas pessoas… e guardaram o sangue delas em garrafas…
Eu bem via como ela ficara perturbada com aquilo. Aproximei-me dela e pousei as mãos nos seus ombros, com cuidado.
- Hale tem calma…
- Não pensei que fosse assim… desculpem por me descontrolar…
Vi os seus olhos encheram-se de lágrimas e fi-la sentar-se ao meu lado no sofá, rodeando os seus ombros com o meu braço, mas sem fazer grande pressão para não a magoar. Bryan assistia a tudo em pé, de braços cruzados e olhar grave, a avaliar a situação. Aquilo era ainda mais estranho para ele que para mim.
- Hale, nenhum de nós pediu para ser assim. Mas se não bebermos sangue enlouquecemos. Tens de entender isso.
- Mas eles são inocentes Kelly! Não fizeram mal a ninguém…
Foi nesse preciso instante que entendi tudo. As suas palavras mudaram a minha maneira de ver as coisas, algo que eu pensara ser impossível.
Ela tinha razão.
As pessoas que eu, Bryan e Frank, e todos os outros vampiros do mundo caçávamos eram inocentes, pessoas com famílias, amigos, carreiras, sonhos e esperanças. E de um momento para o outro nós acabávamos com tudo. Só para que nós nos pudéssemos alimentar matávamos inocentes todos os dias.
Pensar assim fez-me sentir-me nojenta, odiar-me profundamente. Levantei-me com a sede a rugir na garganta, o estômago contraído e o "coração mental" a bater depressa de mais. Bryan não se mexeu um milímetro só.
Abanei a cabeça em negação e saí pela porta com a máxima rapidez que conseguia alcançar, maior que a velocidade de uma bala a ser disparada. Corri pela floresta, a soluçar sem me controlar.
Eu era uma assassina. Halley tinha razão em ter medo de mim e medo que eu a matasse porque era o que acabaria por acontecer mais dia, menos dia. Eu desejava tanto o seu sangue que acabaria por a magoar, mesmo que agora não o quisesse.
Corri e corri, até já não ter mais forças, até os soluços quase me sufocarem. A minha cabeça estava uma confusão, eu nem conseguia pensar em condições, sentia-me desnorteada, perdida, a sofrer mais do que alguma vez sofrera desde que despertara para a vida de vampira. E tudo porque Halley tinha dito que eu era uma assassina.
Caí de joelhos no chão e gritei, enfurecida. Nunca antes gritara daquela maneira. Bryan e Frank devem ter-me ouvido mas felizmente não vieram atrás de mim. A fúria que me invadia era tal que tentei arranhar-me, tentando despir aquela pele malvada que eu ganhara. Eu era horrível, só conseguia pensar em morte e em sangue…
Um monstro. Como nas lendas.
Mas por mais que tentasse magoar-me não conseguia. Nem um arranhão só ficava no lugar por onde as minhas unhas passavam, e isso irritou-me mais ainda. Lancei-me contra uma árvore e arranquei-a pela raiz, arremessando-a contra outra que também caiu pouco depois. Gritei ainda mais.
Não queria ser aquilo. Tinha mudado de mais. Não queria que Halley ou qualquer outra pessoa tivesse medo de mim porque eu não pedira para ser uma assassina. E tinha-me tornado numa.
Corri até mais não, até chegar ao outro lado da floresta, vagueei sem destino, sem querer ver nem ouvir ninguém. Precisava de estar sozinha.
Acabei por me sentar, com as costas apoiadas no tronco de um abeto, com o rosto tapado pelas mãos. Era uma posição que a minha alma de humana se lembrava de fazer quando eu me sentia triste. E solucei durante muito tempo. Não queria ser assim. Halley tinha perdido a melhor amiga e eu tinha perdido a minha dignidade.
Transformada num monstro sugador de sangue nojento e assassino.
Gritei uma vez mais. Queria matar-me para não ter de matar mais ninguém. Era esse o meu desejo naquele momento.
Fiquei sozinha durante aproximadamente duas horas, até começar a ouvir os passos de alguém. Bryan, tinha a certeza. O seu cheiro era inconfundível e maravilhoso e vinha a correr o mais depressa que podia.
Porém, a cerca de três metros de mim, abrandou e apareceu no meu campo de visão a andar como os humanos. Tinha uma expressão desolada no rosto e as mãos elevadas em sinal de rendição, como se receasse que eu me lançasse a ele com toda a minha raiva. Mas eu mantive-me quieta a soluçar sem me mexer, como uma estátua.
Bryan aproximou-se e acocorou-se ao meu lado, esperando que eu me mexesse. Desviei a cara da sua. Não queria beijá-lo nem tocar-lhe nem falar com ele. Sentia nojo de mim mesma e não queria que Bryan também sentisse, embora a sua agonia fosse diferente da minha. Ele achava-me perfeita como vampira.
- Kelly…
- Não digas nada… - Murmurei tristemente.
Ele petrificou como uma estátua e assim se manteve até eu ter controlo suficiente para me aproximar dele. Rodeei o seu tronco com os meus braços e encostei a cabeça ao seu peito frio e perfeito, a soluçar desalmadamente.
Se eu não fosse a assassina que era ele não me quereria. E eu não aguentava perdê-lo.
Bryan abraçou-me, apertando-me contra si com carinho e enterrando a cara no meu cabelo.
- Pronto Kelly, está tudo bem…
- Não está não… eu sou um monstro…
- Não és nada! Querida… és o ser mais magnífico que conheço.
- Pára de dizer essas coisas! A Hale tem razão… nós matamos a sangue frio, sem nos importarmos com aqueles que morrem para que nos possamos alimentar. Somos assassinos Bryan…
- Somos vampiros! O que querias que fizéssemos?!
- Qualquer coisa… menos matar pessoas.
Ele agarrou o meu rosto entre as suas mãos e fixou os seus olhos nos meus com determinação. Tinha os lábios cerrados e não sorria.
- Kelly… não podemos mudar aquilo que somos.
Desviei o olhar do dele, desejosa que houvesse escolha. Não queria magoar mais ninguém.
- Pensa numa coisa: os humanos também são assassinos, sabias?
Fitei-o, perplexa. Como é que ele podia dizer algo assim?!
- Não são nada! - Exclamei, perplexa.
- São sim; eles também matam animais todos os dias para comerem. Diz-me se não são assassinos também, nessa tua maneira de ver!
Ele tinha a sua razão. Os humanos também caçavam os animais e alimentavam-se deles sem dó nem piedade. Os vampiros apenas o faziam com os humanos, nada mais…
- Kelly, se toda a gente pensasse como tu, morriam. Os vampiros de sede e os humanos de fome. É a ordem natural das coisas.
Comecei a ver a sua teoria com melhores olhos mas não deixava de me sentir mal. Eu já fora humana… era quase canibalismo.
- Nós somos uma espécie de canibais Bryan…
- Não. Nós não somos iguais a eles. Querida, nós somos vampiros, somos de outra espécie! Tens de pensar em nós como… tigres, e nos humanos como veados. Nós limitamo-nos a caçar os veados, nada mais.
- Não sei Bryan… não quero magoar ninguém nem fazê-los sofrer… - Balbuciei.
- Se não o fizeres endoidecerás com a sede! - Alertou, com medo.
Ele tinha medo que eu começasse a pensar demasiado naquilo e deixasse de caçar, levasse a minha sede ao extremo.
- Bryan não consigo… não depois de me afeiçoar à Halley… não consigo caçar mais ninguém. Vou pensar sempre nas presas como se todas elas pudessem ser iguais à Halley…
- Oh Kelly… não podes pensar dessa maneira, por favor…
Voltou a abraçar-me, embalando-me lentamente. Os meus soluços foram começando a diminuir aos poucos e poucos.
- Vamos fazer assim: eu e o Frank caçamos por ti. Trazemos-te sangue e tu não tens de matar, limitaste-te a beber.
Aquela proposta era muito tentadora. Eu sabia que não podia viver sem sangue por isso aceitei a sua ideia. Ao menos não teria de passar pela matança em si.
- Pronto, não penses mais nisso…
Puxou o meu rosto na direcção do seu e beijou-me ardentemente. Os seus lábios moviam-se ao mesmo ritmo voraz que os meus, quase se esmagando mutuamente. A sua língua tanto roçava na minha como nos meus dentes. As suas mãos acariciavam-me o rosto e acabou por colocar os braços em volta da minha cintura. Beijámo-nos durante uns instantes. Esqueci-me do mundo à nossa volta, só interessava eu e ele.
Não queria pensar em sangue, nem em morte, nem em caçadas, nem na Halley.
Só nele. No meu Bryan.

por bikatriz Qui Jun 02, 2011 6:11 pm

Jess!!!!
saudades da Vingança
amo este livro mesmo!!!!
Pobre Kelly agora que se afeiçoou
à halley nao consegue mais caçar
posta mais
beijãoooo damiga

por **Jess Silver** Qui Jun 02, 2011 6:14 pm

bikatriz escreveu:Jess!!!!
saudades da Vingança
amo este livro mesmo!!!!
Pobre Kelly agora que se afeiçoou
à halley nao consegue mais caçar
posta mais
beijãoooo damiga

Biaaaaaaa <3
que bom ver seu comentario Damiga
ja tinha saudades de postar tambem!!
amanha vem +, prometo
beijoos

por **Laala saalvatore ;)** Qui Jun 02, 2011 6:24 pm

Coitada da Kelly :/ Eu tive dó dela agora...Entendo como ela deve sentir-se mal, olhando para Halley e pensando nas pessoas que ela matou ..
O que será que aconteceu quando a Kelly saiu correndo e deixou Halley sozinha lá com dois vampiros?? O.O
O bryan consolando-a foi fofo demais... Será que a Kelly vai parar de matar??? Vamos esperar para saber!

por **Jenn** Qui Jun 02, 2011 10:23 pm

ai aia ai kelly, tavas a divertir te tanto, tinha que te cair a ficha agora pra ficares deprimida!!
xDD
não queres caçar nao caces mas o facto dele trazerem as garrafas por ti nao significa que NAO ES RESPONSÁVEL PELAS MORTES dos donos dos litros de sangue que vem nas garrafas, #SO TOU A DIZER!!

por **Jess Silver** Sex Jun 03, 2011 10:25 am

Jennifer escreveu:ai aia ai kelly, tavas a divertir te tanto, tinha que te cair a ficha agora pra ficares deprimida!!
xDD
não queres caçar nao caces mas o facto dele trazerem as garrafas por ti nao significa que NAO ES RESPONSÁVEL PELAS MORTES dos donos dos litros de sangue que vem nas garrafas, #SO TOU A DIZER!!

é mesmo Jenny
mas foi a melhor maneira que arranjei para solucionar o problema
espero que ao menos tenha gostado do cap né, agora voce nunca diz se gosta ou nao Embarassed

por **Jenn** Sex Jun 03, 2011 10:58 am

Claro que num digo! affraid

Eu tou odiando, como sempre, eu odeio o que você escreve, mas como eu sou masoquista eu fico lendo tudo e pedindo mais!! lol!

Oh jess se eu não estivesse gostando não comentava nada simplesmente!!(bonequinho do dah)
Só tenho vontade de comentar quando as coisas significam alguma coisa pra mim!! Smile

MAS OBVIAMENTE QUE ESTOU A GOSTAR, mas se estiver a dizer isso em todos os comentários perde o significado não achas?
Sendo assim prefiro comentar as partes da historia que me chamam mais atenção, ou algum pensamento que me passou enquanto lia... essas coisas...
entendido?
xDD

por **Jess Silver** Sex Jun 03, 2011 11:16 am

Jennifer escreveu:Claro que num digo!
Eu tou odiando, como sempre, eu odeio o que você escreve, mas como eu sou masoquista eu fico lendo tudo e pedindo mais!!
Oh jess se eu não estivesse gostando não comentava nada simplesmente!!(bonequinho do dah)
Só tenho vontade de comentar quando as coisas significam alguma coisa pra mim!!
MAS OBVIAMENTE QUE ESTOU A GOSTAR, mas se estiver a dizer isso em todos os comentários perde o significado não achas?
Sendo assim prefiro comentar as partes da historia que me chamam mais atenção, ou algum pensamento que me passou enquanto lia... essas coisas...
entendido?
xDD

entendido sim, minha General!!!
looool te adoro Prima, Irmã e Metade Jessifer <3

por **Jess Silver** Sex Jun 03, 2011 4:59 pm

Bem, aqui vai o proximo capitulo
vai ser bem divertido eu acho, espero que gostem!!!

se chama "Móveis Novos" xD

por **Jess Silver** Sex Jun 03, 2011 5:01 pm

Capítulo 14

Móveis Novos

Depois dessa conversa que tive com Bryan, na floresta, as coisas mudaram um pouco. Voltámos para casa mas Halley já se tinha ido embora. Frank tinha arranjado o seu quarto e este estava muito melhor. Perfeitamente habitável. Estava deitado na sua cama a olhar para o tecto, como uma bela estátua de mármore. Bryan e eu entrámos no quarto e sentámo-nos com ele, na cama. Frank fitou primeiro Bryan e depois a mim e perguntou-me o que se tinha passado.
- Eu… tomei uma decisão…
- Qual decisão?
- Ela não vem mais caçar connosco. - Comunicou Bryan.
Frank arregalou os olhos, surpreendido, e fitou-me com ar chocado.
- Não podes fazer isso!
- Posso sim. Vocês caçam por mim, trazem-me o sangue e eu bebo. Não tenho de passar pela matança.
Ele revirou os olhos. Não aprovava mesmo nada a minha ideia, mas também não me podia obrigar a matar. Depois de o convencermos disso, começámos a limpar a casa que estava caótica e eu não gostava nada dela assim. E como fazíamos tudo à velocidade de vampiro, a casa ficou a brilhar em menos de duas horas, andar de cima e de baixo. Sorri ao ver que ficara mesmo tudo como devia de ser. Mas havia algumas coisas a mudar.
- Quero uma cama nova para o nosso quarto. - Disse para Bryan.
- Para quê? Aquela é boa.
- Sim, mas está velha e… eu dormi lá quando era humana. Quero uma cama nova para nós.
Ele sorriu, encolheu os ombros e beijou-me. Concordava com tudo o que eu pedia, era impressionante.
- E os sofás da sala não são nada confortáveis.
- Também acho. Podíamos arranjar uns melhores. - Disse Frank.
- Posso falar com a Halley. Ela dá-nos umas sugestões.
- Lá estás tu com essa Halley… - Frank virou-me costas.
- Qual é o teu problema com ela? Era a minha melhor amiga! - Resmunguei.
- Kelly acorda para a vida! Tu és uma vampira, não uma humana!
Bryan rosnou-lhe, mostrando-lhe os dentes com ar ameaçador, e Frank virou-lhe costas, saindo pela porta como um tornado à velocidade da luz. Desviei o olhar do de Bryan e suspirei.
- Ele nunca vai aceitar.
- Kelly, tenta perceber… a Hale tem um cheiro demasiado delicioso para o Frank. É difícil resistir-lhe.
Sorri. Ao menos ele já a chamava de Hale e tudo. Era um bom começo. Talvez não fosse tão difícil como eu pensara convencê-lo que ela era importante para mim. Já era muito mais do que eu pensara ser possível.
Vampira e humana, melhores amigas. Credo…
- Vamos à vila? Acho que já caiu a noite.
- O que vamos lá fazer?
- Não querias ver sofás? - Perguntou ele, a rir-se.
Ri-me também e corremos para fora da casa, atravessando a floresta à nossa velocidade máxima. Chegámos ao café onde Halley trabalhava pouco tempo depois.
- Oh, olá! - Disse ela, ao ver-nos entrar.
Lembrei-me que era a primeira vez que nos víamos depois da cena que eu fizera quando ela nos chamara de assassinos, e senti-me um pouco envergonhada por aparecer assim, sem mais nem menos. Mas ela não parecia nada importada. Correu para o pé de mim e abraçou-me, sorrindo. O seu corpo era tão quente e tão frágil que me limitei a encostar os braços às suas costas, sem a abraçar verdadeiramente. Mas ela entendeu que eu não a queria magoar.
- Olá Bryan. - Disse, sorrindo-lhe.
Bryan esboçou também um sorriso. Não respirava.
- O que vieram cá fazer?
- Precisamos da tua ajuda. - Respondi.
- Ajuda? Para quê?
- Temos de renovar os móveis da lá de casa e queríamos saber se podes ajudar-nos a escolher alguns.
- A sério? Querem mesmo que vos ajude nisso?! Oh meu deus… claro, claro, contem comigo!
Bryan riu-se e Halley pareceu mesmo agradada com a nossa ideia.
- Quando é que estão a pensar fazer isso?
- Agora, se não te importas.
- Não, claro que não, vou só avisar o Joe.
Correu para o vestiário dos empregados e ouvi Joe refilar com ela, dizendo-lhe que não fosse connosco. Não entendia por que é que ele era sempre tão cauteloso. Teria reconhecido a nossa espécie logo que nos vira? Ou era apenas palpite, desconfiança? Fosse o que fosse, não gostava dos olhares que ele nos lançava.
Halley voltou pouco depois com um sorriso radioso no rosto.
- Vamos?
Saímos os três do café, perante os olhares estupefactos dos outros clientes.
- A loja mais próxima fica em Westlok. - Disse Halley.
- Uau… isso é muito longe… - Respondi.
- Podem encomendar por telefone e eles vêm cá trazer. - Disse ela, com um encolher de ombros.
- Não é preciso. Nós chegamos lá muito depressa. - Sorriu Bryan.
- Queres que eu a leve? Ou levas tu? - Perguntei.
- Levo eu se não te importas. Tenho mais prática que tu.
Halley ficou atónica quando Bryan lhe pegou ao colo, num movimento rápido e gracioso. Ela parecia um bebé ao seu colo e deu-me vontade de rir, mas controlei-me.
- OK, vamos.
E começámos a correr. Pedi à Hale para fechar os olhos, caso contrário podia enjoar ou assustar-se de mais, e fomos correndo pelo meio das árvores. Olhava para Bryan e ele para mim e parecia que o mundo desaparecia. Corremos, serpenteando por entre as árvores, saltando sobre os troncos caídos, tentando ultrapassar-nos um ao outro.
Quando, porém, sentimos o cheiro de humanos, abrandámos. Tínhamos chegado a Westlok.
- Pousa-a. - Pedi a Bryan.
Ele deixou Halley pôr-se de pé e ela cambaleou por uns momentos, antes de sorrir com alegria.
- Uau, que máximo! Vocês são mesmo muito rápidos!
Sorri e ela indicou-nos o caminho para a loja de móveis que lá havia, à entrada da vila. Estava fechado, mas Bryan abriu-a logo com um murro na porta.
- Isto pode não ser boa ideia… vamos roubar.
- Não vamos não. Deixamos o dinheiro, está descansada.
Bryan aproximou-se de um sofá castanho, grande e confortável e sentou-se nele, a testar o conforto e a textura. Fiz o mesmo que ele.
- Hum… é bom.
Ele sorriu-me e inclinou-se sobre mim, deitando-me para baixo. Beijou-me, ajustando o seu corpo ao meu, e eu ainda sem perceber muito bem, correspondi ao seu beijo. De repente parou, ele voltou à sua anterior posição e eu endireitei-me.
- OK, este é mesmo perfeito. - Respondeu ele.
Halley tinha-nos dado privacidade e fora observar umas cadeiras que havia ao fundo da loja. Ainda bem que ela não vira aquilo. Não queria assustá-la mais ainda.
- Podemos levar este sofá não podemos? É mesmo bom.
- Sim, podemos. Vai escolher a cama.
- Mas Bryan… como é que o vamos levar?
- Fácil: a Halley vai deitada nele, tu pegas num lado e eu no outro. Levamo-lo a correr. Não vai ser nada difícil, acredita.
Levantei-me do sofá e fui ter com Halley, que sorriu quando eu me aproximei.
- Vão levar o sofá?
- Vamos. Ajuda-me a escolher uma cama, vá.
Passámos para a zona das camas. Quando Bryan voltou experimentou as várias camas comigo até nos decidirmos pela maior e mais confortável que lá havia.
- Mas… como é que vocês pensam levá-las?
- Hale, nós não somos apenas rápidos… também somos muito fortes. - Explicou Bryan.
Pedi-lhe que se deitasse no sofá, colocámo-lo em cima da cama e eu peguei numa ponta enquanto Bryan pegava na outra. Fácil. Bryan deixou um maço de notas em cima de um móvel qualquer, para pagar ao proprietário da loja. Saímos a correr, atravessámos a vila sem que ninguém nos visse e embrenhámo-nos na floresta. Halley olhava à sua volta, apreciando a viagem. Chegámos a Oregän menos de dez minutos depois.
- Uau, foi o máximo! - Disse ela, quando desceu do sofá.
- Ainda bem que gostaste. Queres vir ver como fica lá em casa?
- Hum… Kelly… nós temos de destruir o outro sofá e a outra cama. Talvez não seja… um espectáculo muito apropriado para a Hale. - Advertiu Bryan.
- Oh pois, claro que não, fiquem à vontade… - Apressou-se ela a dizer - Amanhã contam-me como correu.
Aproximou-se de mim, abraçou-me e beijou-me na face e fez o mesmo a Bryan, o que me espantou. Halley morria de medo de Bryan e de Frank, por isso fiquei contente por ela estar a começar a confiar mais neles.
Afastou-se no seu passo de corrida de humano e deixámos de a ver pouco depois. Bryan virou-se para mim e sorriu.
- Vamos lá levar isto para casa.

* * *

Aviso: partir camas é um óptimo passatempo para vampiros.
Frank adorou a ideia. Em menos de vinte minutos a cama ficou irreconhecível. Libertámos a nossa força ao máximo, partindo e torcendo todos os pedaços de madeira a que conseguíamos chegar. Depois limpámos os restos e colocámos lá a cama nova. Ficou mesmo bem.
- Frank, queres ficar com aquela ou preferes comprar uma nova? - Perguntei.
- Aquela dá bem para mim. Era onde… a tua irmã dormia?
- Sim, acho eu.
Olhei pela janela. Um raio de sal rompeu as nuvens. Amanhecer.
Bryan aproximou-se de mim, rodeou a minha cintura com os seus braços e beijou-me apaixonadamente nos lábios.
- Pronto, eu vou para o meu quarto. - Disse Frank, e saiu rapidamente do nosso quarto.
Enrolei os braços à volta do pescoço de Bryan e ele pegou-me ao colo. Entrelacei as pernas na sua cintura e comecei a desapertar-lhe os botões da camisa.
- Vamos lá experimentar a cama nova. - Murmurou ele, junto ao meu ouvido.
E voltou a beijar-me, levando-me para a cama.

por **Laala saalvatore ;)** Sex Jun 03, 2011 6:43 pm

Jess, adorei o capitulo!
A viagem em cima do sofá encima da cama foi ótima !!! rsrsrsrsrs Você é mesmo muito criativa Jess!
Imagina a cara do proprietário da loja quando chegar no outro dia ,vai pensar que foi um louco, ou muito desesperado por um sofá! kkkkkkkkkkkkkkkkk
Jess adorei!!

Aviso: partir camas é um óptimo passatempo para vampiros.

kkkkkkkkkk eu ri muito nessa parte Jess! Você é magnifica!

por **Jess Silver** Sex Jun 03, 2011 6:47 pm

Laala saalvatore escreveu:Jess, adorei o capitulo!
A viagem em cima do sofá encima da cama foi ótima !!! rsrsrsrsrs Você é mesmo muito criativa Jess!
Imagina a cara do proprietário da loja quando chegar no outro dia ,vai pensar que foi um louco, ou muito desesperado por um sofá! kkkkkkkkkkkkkkkkk
Jess adorei!!

Aviso: partir camas é um óptimo passatempo para vampiros.

kkkkkkkkkk eu ri muito nessa parte Jess! Você é magnifica!

ohh brigadaa Laala, mt brigada mesmo
eu ja falei que eu amo seus comentários, nao ja? Mas bem, eu falo de novo: EU AMO SEUS COMENTÁRIOS!
e sim, eu me ri mt tambem com esse capitulo, a frase ta boa né?? passatempo pra vampiros
e o proprietario da loja hahahahah pensei o mesmo que voce, ele deve ter achado "cruz credo, quem estaria assim tão desesperado por um sofá que nao pudesse esperar nem ate de manha pra vir cá comprar decentemente?!"
hahahha ainda bem que gostou flor
beijoo

por **Jess Silver** Sáb Jun 04, 2011 6:39 am

Bem, esta tarde tem mais um capítulo de "A Vingança"
e este vem cheio de surpresas!!
ate logo

por **Jess Silver** Sáb Jun 04, 2011 4:14 pm

Aqui vai o novo capitulo de "A Vingança"
pras meninas que esperavam há muito, aqui está o regresso mais esperado!!
Beijoos

por **Jess Silver** Sáb Jun 04, 2011 4:16 pm

Capítulo 15

Regressado

Aquela cama era mesmo boa, disso não havia dúvida. Ficámos o dia todo deitados dela, com a garrafa de sangue ao nosso lado para bebermos quando tínhamos sede. Fui eu quem bebeu a maioria, mas Bryan ia dando uns goles de vez em quando. E de resto, limitámo-nos a ficar ali os dois sem pensar em nada, apenas a olhar um para o outro durante horas e horas.
- Estás feliz, Kelly?
Ele perguntava-me aquilo imensas vezes. Se eu me sentia feliz… claro que sentia. Bryan era o vampiro mais perfeito do mundo, e era só meu. Tínhamos casas fantásticas em todos os lugares onde morávamos. Eu já sabia a minha história e tornara-me mesmo amiga de Halley. Frank estava a tolerar melhor o desejo que sentia pelo sangue dela. As coisas iam melhorando quase de dia para dia. Não queria mais nada naquele momento.
- Estou Bryan. Muito feliz.
Ele acariciou-me o rosto com carinho.
- Acho que agora podemos mesmo começar a viver aqui a sério. Com a nossa casa arranjada e mobilada como deve de ser.
- Concordo. E está mesmo bonita.
- E talvez nem tenhamos de sair daqui.
- Como assim? - Perguntei, deitando-me por cima dele.
A luz do crepúsculo que antecedia o luar entrava pelo quarto, iluminando-lhe o rosto belo de mais para ser descrito em palavras.
- Se não matarmos ninguém aqui em Oregän não temos de sair daqui. Podes viver aqui durante muito tempo.
Adorei aquela ideia. Ficar ali, com Halley, na minha antiga casa, seria mesmo um sonho. Bryan também parecia gostar.
- O Frank vai conseguir controlar-se não vai?
- Sim. Está a ser mais fácil e tudo. Mas ele disse que ia viajar por uns tempos.
- Viajar? Para onde? - Perguntei, espantada.
- Ele disse que nós… precisamos de uma lua-de-mel. E que, com ele aqui, não a conseguimos ter na realidade.
- Isso é uma parvoíce! Ele não tem de se ir embora Bryan… quando me transformaste ele já estava aqui, não tem de sair só por eu entrar…
- Ele não vai sair para sempre querida. Quer ir caçar a Paris. E, contando que a França fica muito longe, tem de se afastar por uns tempos. Vai visitar a Andrea e tudo.
- Quem é a Andrea?
- Uma amiga dele.
Mas o tom de voz que Bryan disse aquilo deixou bem claro que não eram só amigos.
- Se ele gosta dela por que é que não a traz? Podia viver connosco aqui…
- Ela gosta muito de Paris, é o território dela. Não pode vir com o Frank assim sem mais nem menos.
- É pena… talvez se ele tivesse alguém com ele a tempo inteiro não tivesse de se ausentar tantas vezes por nossa causa.
- Sim, mas… tu não queres ter uma lua-de-mel? Só nós os dois, mais ninguém a incomodar?
Ai… era uma ideia mesmo muito tentadora… sorri-lhe provocadoramente e ele deitou-se sobre mim, beijando-me com paixão. Passeei as minhas mãos pelas suas costas e rocei com a língua nos seus dentes de vampiro, afiados como espadas.
- Acho que… é uma óptima ideia. - Murmurei.
- Bem me parecia que ias gostar. - Riu-se.
Continuou a beijar-me durante muito tempo. Aquela era a minha parte preferida do dia: a que estava sozinha com ele. Porque o mundo parecia desaparecer, não me importava com sede, nem com Frank ou Halley, só existíamos eu e ele e o nosso desejo de estarmos um com o outro. Mais nada.

Quando a noite caiu lá fora, levantámo-nos, vestimo-nos e saímos para a vila. Dirigimo-nos ao café. Queria dizer a Halley que a cama e o sofá ficavam bem lá em casa. Porém, quando virámos a esquina na direcção da rua do café, vi-o pela primeira vez desde que regressara a Oregän.
Fiquei petrificada a olhar para ele.
Estava rodeado de pessoas, entusiasmadas por o verem, embora eu não percebesse qual era o motivo de tanto entusiasmo. Mas depois o seu olhar cruzou-se com o meu. Eu reconheceria aquele rosto em qualquer lado… bonito, com o cabelo louro e uns olhos confiantes de engatatão. Mas quando fiz a junção entre o presente e a memória que eu trazia comigo, na minha cabeça, foi como um choque eléctrico que me percorreu o corpo.
Ódio.
Apesar de não o conhecer, ou pelo menos ainda não, sentia um ódio profundo por ele, uma raiva que me consumia e não me deixava ver mais nada.
De certeza que, na minha vida de humana, ele me teria feito muito mal. Crispei as mãos em punhos, agachando-me. Ele ficou branco como cal a olhar para mim, ao aperceber-se de quem o fitava. Claro que ele também me reconhecia.
Começou a recuar, assustado, a tentar escapar à morte certa que o esperava. Não sabia porquê, mas a minha alma de humana apelava ao meu corpo que investisse em frente e o matasse. Era o que ele merecia.
As pessoas olhavam tanto para mim como para ele, sem perceberem o que estava a acontecer. Mas antes que eu pudesse saltar à minha velocidade de vampira, Bryan prendeu-me pela cintura, como se os seus braços fossem ferros fortíssimos, e impediu-me de arrancar direita ao pescoço do outro.
- KELLY! O que se passa contigo?! - Gritou.
Parei de me debater quando vi o homem mirrar ao ouvir o meu nome. Parecia mesmo ter ficado aterrorizado. Gritou, como um menino pequeno e assustado, e continuou a afastar-se, a abanar a cabeça em negação.
- Kelly… o que se passa? É só o Darren. - Disse Halley, aproximando-se de mim.
Pronto, foi a gota de água. Nunca antes tinha passado por algo assim. Uma torrente de imagens e memórias atravessou-me a cabeça, fazendo-me entender tudo a uma velocidade doida que quase me enlouqueceu.
Vi-o, a esse tal Darren, primeiro sozinho e depois comigo… ou seria com Jenny? Não, só podia ser Jenny… vi-o a beijá-la, vi a alegria espelhada no rosto da minha gémea humana quando ele tocou à campainha. Depois apareceu na minha mente a imagem dela, deitada no chão da floresta, a sangrar por todo o lado, morta, destruída, para sempre.
Para sempre.
Libertei-me dos braços de Bryan com a rapidez de uma bala e a força de mil trovões e saltei para cima dele. As pessoas gritavam, assustadas, e corriam para longe, parecia o caos na terra. Halley correu atrás de mim, gritando-me que parasse. Darren começou a fugir, mais apressadamente que nunca, a tentar escapar. Quando estava prestes a cravar-lhe os dentes no pescoço, Bryan apanhou-me por trás e puxou-me, lançando-me para longe. Voei cerca de cinco metros até embater de costas numa árvore, que caiu logo de seguida. Ele colocou-se à frente de Darren, com a expressão mais desolada e confusa que eu jamais vira no seu rosto de anjo.
- Kelly…
Entretanto, Darren levantou-se e correu para longe. Gritei, furiosa, e investi direita a Bryan. Ele apertou-me os braços em volta da cintura, impedindo-me de me mexer, mas gritei e debati-me como uma leoa enfurecida.
- LARGA-ME! TRAIDOR! DESAPARECE LARGA-ME!
- Kelly tem calma, por favor…
Halley chorava atrás de nós, aterrorizada com o espectáculo a que estava a assistir, mas Bryan não me largava. E Darren desaparecera no meio das árvores. Deixara escapar uma oportunidade de o matar. E tudo por culpa daquele que amava, que me impedira de fazer justiça.
- ODEIO-TE! Deixaste-o escapar! - Gritei.
Bryan ficou perplexo com as minhas palavras, mas não me largou. Parecia mesmo assustado, triste pelo que eu tinha dito. Mas ele merecia ouvir aquilo. Quem o mandara meter-se à frente?!
- Larga-me Bryan! Tenho de ir atrás dele!
- Porquê? Por que raio é que o queres matar?! Ele não te fez nada! - Gritou ele, para se fazer ouvir.
- ELE MATOU A MINHA IRMÃ!
- O quê?! - Perguntou Bryan, incrédulo.
- Ele matou a Jenny! MATOU-A!

por **Jenn** Dom Jun 05, 2011 12:17 am

Capítulo 14
Lol SIM, eles iam mesmo andar montes e vales, com uma cama, um sofá, e uma humana, ás costas!!!
Ainda me dói a barriga de rir dessa cena!
A hale já esta a confiar demais neles não? Afinal eles são vampiros, sem que rer ser má!
Também queria limpar a casa a velocidade deles, dava me um jeitão!
Coitado do Frank ta sempre excluído!!

Capítulo 15
Olha afinal ele já tomou a iniciativa de ir “dar umas voltas”!
Pois lá esta, vocês adoram estar sozinho e depois ai não há necessidade dele ir viajar… oh kelly, conta me historias!
Ah grande mulher é assim mesmo, primeiro matas e depois perguntas o que se passou, acho muito bem! Agora gostei mais de ti kelly!
E finalmente te lembraste!ja não era sem tempo!até quero ver como o daren se safa agora!
xD

por **Jess Silver** Dom Jun 05, 2011 1:27 pm

Jennifer escreveu:Capítulo 14
Lol SIM, eles iam mesmo andar montes e vales, com uma cama, um sofá, e uma humana, ás costas!!!
Ainda me dói a barriga de rir dessa cena!
A hale já esta a confiar demais neles não? Afinal eles são vampiros, sem que rer ser má!
Também queria limpar a casa a velocidade deles, dava me um jeitão!
Coitado do Frank ta sempre excluído!!

Capítulo 15
Olha afinal ele já tomou a iniciativa de ir “dar umas voltas”!
Pois lá esta, vocês adoram estar sozinho e depois ai não há necessidade dele ir viajar… oh kelly, conta me historias!
Ah grande mulher é assim mesmo, primeiro matas e depois perguntas o que se passou, acho muito bem! Agora gostei mais de ti kelly!
E finalmente te lembraste!ja não era sem tempo!até quero ver como o daren se safa agora!
xD

kkkk mais uma vez um comentário fantástico, né flor??
brigada por me continuar a fazer rir sempre muito!!
espero que goste dos proximos tambem Wink

já nao falta muitos pra terminar esta fic snif snif

por **Jenn** Dom Jun 05, 2011 1:37 pm

não falta muito?
quantos capítulos tem?
xS

por **Lys Weasley Salvatore** Dom Jun 05, 2011 1:42 pm

OMG
primeiramente, desapareci,, né?
eu sou team Kelly&Brian na sua fic
Darren matou a Jenny Oo
Pq o Bryan se colocou na frente dele? ^-
O Frank tá forever alone in the dark, kkkk'
concordo com a Jenny, Kelly grande mulher, primeiro mata depois pergunta+1
kkk'
estou amando essa história, Jess
vou tentar acompanhar o máximo que eu puder
caso eu perca caps (de novo Embarassed

) eu compenso dps
bjmon ;* (bjmon: beijo Damon_

por **Jess Silver** Dom Jun 05, 2011 1:48 pm

Lys Weasley Salvatore escreveu:OMG
primeiramente, desapareci,, né?
eu sou team Kelly&Brian na sua fic
Darren matou a Jenny Oo
Pq o Bryan se colocou na frente dele? ^-
O Frank tá forever alone in the dark, kkkk'
concordo com a Jenny, Kelly grande mulher, primeiro mata depois pergunta+1
kkk'
estou amando essa história, Jess
vou tentar acompanhar o máximo que eu puder
caso eu perca caps (de novo ) eu compenso dps
bjmon ;* (bjmon: beijo Damon_

brigadaaa Lys, ainda bem que gostou!!
gostei dessa do bjmon sim kkkk
o proximo cap vai tirar vossas duvidas nao se preocupem
beijoos e ate logo!

por **Jess Silver** Dom Jun 05, 2011 1:49 pm

Jennifer escreveu:não falta muito?
quantos capítulos tem?
xS

sei que devem faltar uns 4 ou 5 somente :c
Oh Jenny faz favor de ir no Apocalypse sim??
tou esperando desde ontem que voce passe por la mazona! :c
beijoos

por **Jenn** Dom Jun 05, 2011 1:57 pm

vou sim, nao tinha visto, eu so tenho consultado o email, mais nada, nao tenho aberto o forum mesmo nao!
mas eu vou lá!
xD

por **Jess Silver** Dom Jun 05, 2011 1:59 pm

Jennifer escreveu:vou sim, nao tinha visto, eu so tenho consultado o email, mais nada, nao tenho aberto o forum mesmo nao!
mas eu vou lá!
xD

espero que sim
porque tem lá muita coisa nova
sobre voce tambem
que precisa saber!! e acho que vai gostar e tudo ^^

por **Jess Silver** Dom Jun 05, 2011 3:07 pm

Bem, aqui vai mais um capitulo:

Capítulo 16

Decisões

Não conseguia acreditar naquilo. Não podia, pura e simplesmente, estar a acontecer. A noite começara como outra qualquer e estava a terminar da pior maneira possível.
- Kelly… por favor… já te pedi desculpa…
Tentei ignorar os pedidos de Bryan. Ele fora horrível comigo. Impedira-me de matar o assassino da minha irmã. Daquela que eu nunca conhecera mas que, ainda assim, considerava da minha família. E a única maneira que tinha de vingar a sua morte era matando Darren. E ele aparecera mesmo à minha frente, ele tinha-me reconhecido e foi por isso que fugiu assustado, com medo que eu o matasse. Mas era o que ele merecia. Morte por morte.
- Kelly… tu não tens a certeza se ele a matou…
Bryan aproximou-se de mim, sentando-se no sofá ao meu lado. Frank esperava, de pé, à minha frente. Se ele não tivesse aparecido e ajudado Bryan a arrastar-me até casa eu teria conseguido que ele me libertasse e iria atrás daquele assassino nojento.
Halley estava encolhida na ponta do outro sofá, a gaguejar e a soluçar completamente horrorizada com o que vira. Frank trouxera-a para ali por precaução, não fosse ela passar-se.
- Ele… matou… a minha… irmã… - Rosnei, enfurecida.
Olhava para os meus pés sem querer encará-lo. Apetecia-me bater-lhe pelo que fizera. Mas não tinha coragem para isso. Eu amava-o, mesmo com o que ele me fizera.
- Querida… vá lá…
- Não me chames isso! - Vociferei.
Halley soluçou alto e tapou o rosto com as mãos. As lágrimas desciam-lhe pela cara abaixo e molhavam-lhe a camisola e parecia mesmo desesperada. Então, vi Frank fazer algo que me parecia mesmo impossível, que me deixou ainda mais perplexa. Ele aproximou-se dela e rodeou-lhe os ombros com o seu braço musculado. Halley levantou os olhos na direcção dos dele, atónica. Mas não teve coragem para se afastar. Virou a cara para o peito de Frank e ele abraçou-a. Fiquei de boca aberta com aquilo. Não esperava mesmo algo assim, vindo dele.
Bryan não desistia, no entanto, de me demover da minha fúria.
- Kelly não podes matá-lo sem teres a certeza…
- Eu tenho a certeza! - Gritei. - Eu lembro-me de tudo! Do estado em que ela ficou quando foi morta! Lembrei-me quando o vi, senti uma raiva assassina por ele!
- Pode ser confusão tua… - Murmurou ele, assustado.
- Não é! Por que é que não acreditas em mim?! - Berrei, furiosa.
Levantei-me e preparava-me para sair pela porta quando ele me prendeu o braço, travando-me. Os seus olhos estavam tão lamentosos e assustados que senti uma pena horrível dele, nojo de mim por lhe estar a fazer aquilo.
- Bryan…
- Por favor. Vamos falar e depois decidimos o que fazer. Por favor…
Puxou-me para si e encostei a cabeça ao seu peito duro e perfeito. Solucei também. Não queria nada chatear-me com ele. Com a pessoa que mais amava no mundo e sem a qual não podia viver.
- Bryan… não podias ter-me impedido…
- Podia sim. Tu não sabes bem a história. Precisamos de saber o que aconteceu antes de ires atrás dele.
Levantei o rosto na direcção do seu e Bryan silenciou-me com um beijo avassalador, assustado e fogoso, quase doentio. Deixei-me levar pelo beijo e esqueci-me, por cinco segundos, que tinha de encontrar aquele assassino odioso.
- Eu… lembro-me… do que aconteceu…
Separei os lábios dos de Bryan e fitei Halley, incrédula. Seria possível que ela soubesse mesmo?! Era mais que natural. Ela era a minha melhor amiga, logo, também conhecia a minha irmã e talvez Darren também.
- Tens a certeza? - Perguntei, tentando controlar a raiva na voz.
Ela piscou os olhos, amedrontada. Parecia uma criança indefesa e frágil que Frank tentava proteger ao máximo. Isso ainda me deixava mais perplexa. Ainda há menos de seis horas ele queria matá-la e chupar-lhe o sangue todo! Por que é que agora se mostrava tão carinhoso com ela, tão protector? Teria enlouquecido?
- Sim… lembro-me. Eu também era… a melhor amiga da Jenny… e sei tudo o que se passou… durante os dois meses desde que ela morreu… até que tu desapareceste… - Murmurou, gaguejando e soluçando ao mesmo tempo.
Aproximei-me dela o mais rapidamente que pude e ajoelhei-me ao seu lado, fitando-a com intensidade suficiente para a deixar outra vez a chorar. Numa altura daquelas, com a raiva a fluir em cada célula do meu corpo, não me conseguia controlar o suficiente para não a assustar. Ela iria compreender a minha reacção.
Mas Frank é que não me perdoava.
- Pára com isso. Estás a assustá-la!
- Ouve lá, o que é que te deu?! Ainda hoje a querias matar e agora protege-la?!
Halley olhou atónica para Frank mas este ignorou-a, mantendo-se concentrando em mim.
- Ela… é especial. Lamento só hoje ter percebido isso. - Respondeu, usando o máximo de sarcasmo a que teve acesso.
- Parem com isso, os dois! Deixem que a Hale conte a história. - Ordenou Bryan, aproximando-se.
Halley inspirou fundo, a soluçar sem grande controlo, e cravou os seus olhos ansiosos e tristes nos meus.
- Tu foste trabalhar no lugar da tua irmã, lá no café, porque ela tinha ido sair com o Darren. Eles eram namorados. Gostavam muito um do outro… e tu deixaste-a ir e foste trabalhar comigo. Só que… quando chegou a tua hora de saída e chegaste a casa, ela ainda não tinha voltado… e tu ficaste muito preocupada… depois comecei a ouvir as sirenes dos carros da polícia. Vim à porta de minha casa… para ver o que se passava… e lá estavas tu, com eles. Vi tudo escondida atrás de uma árvore. Andaram à procura da Jenny e encontraram-na… - Aqui desatou a soluçar tanto que mal conseguia falar e demorou algum tempo a controlar-se. - Ela tinha sido encontrada na floresta. Morta. A polícia disse que tinha sido um lobo… por causa das marcas dos dentes… e o caso foi encerrado. O Darren… desapareceu nessa noite… nunca mais ninguém o viu… e tu ficaste tão mal Kelly, nem parecias tu…
Dei-lhe algum tempo para se acalmar. Fitei Bryan para ver se ele já acreditava em mim, mas o meu amado continuava petrificado como uma estátua, a olhar para Halley à espera que ela continuasse.
- E depois? O que aconteceu? - Perguntou Frank.
- Durante dois meses… a Kelly andou muito mal… ia trabalhar e isso tudo mas não tinha brilho nos olhos, parecia mais morta que viva… eu nunca lhe disse nada, apoiava-a porque sabia que estava a ser muito difícil para ela… queria arranjar uma maneira de ajudar e não conseguia. E depois, ela desapareceu. Disse que ia dar uma volta e… e…
- E nunca mais me viste. - Revelei, num sussurro.
Ela tapou o rosto com as mãos e soluçou tão aflitivamente que Frank apertou mais o braço em redor dela, abraçando-a. Fitei-o, incrédula, mas não deixei que Hale entendesse isso. Se ela soubesse o quanto ele a quisera matar não estaria tão segura nos seus braços.
- Eu encontrei-a na floresta. Estava prestes a ser morta por um lobo, como a irmã fora. - Alertou Bryan.
Halley ficou de olhos arregalados, com o sangue a fugir-lhe da cara e o coração a bater como um tambor.
- A sério? Outra vez?
- Sim. A história ia repetir-se se eu não entrevisse. E eu… acabei por a levar comigo.
- Ele transformou-me pouco depois, na casa que ele e o Frank dividiam.
- Eu nem queria acreditar quando ele entrou com ela nos braços, inconsciente. Disse que eu não a podia matar porque queria transforma-la. Não acreditei a início, mas quando voltei para casa ela já era uma vampira. - Explicou Frank.
- Então… tu não morreste… toda a gente na vila dizia que as gémeas tinham morrido… e eu não queria acreditar… vivi três meses sem querer acreditar no que tinha acontecido… que pudessem mesmo ter morrido as minhas duas melhores amigas…
- Ela morreu. E eu também, ao fim ao cabo. - Revelei.
- Tu não morreste. Mudaste, só isso. Continuas a ser a minha melhor amiga. E eu… não quero perder-te outra vez.
Aquelas palavras deixaram-me comovida. Mesmo comovida, como poucas coisas me conseguiam deixar. Halley era mesmo fantástica. Frágil, quebrável, inocente como só ela sabia ser, mas também muito leal. Não havia ninguém como ela, no mundo inteiro.
- E esse Darren? Só voltou agora? - Perguntou Frank.
- Sim… toda a gente ficou espantada quando ele entrou pelo café… com aquele sorriso vitorioso no rosto… eu fiquei sem saber como reagir. Nem consegui dizer-lhe que tu tinhas voltado.
- Ainda bem que não o fizeste. - Bradei.
- Mas não foi ele que a matou, Kelly! Ela foi morta por lobos! Tu viste as dentadas! - Choramingou Halley.
- Sim, mas se ele não a tivesse levado para a floresta ela não teria sido morta pelos lobos! A culpa foi toda dele!
- Mesmo assim… não o mates… vais ter a vila toda contra ti… - Murmurou ela, constrangida.
- Não te preocupes com isso. Tu não tens com que te preocupar. - Disse, apertando a sua mão entre a minha.
- Kelly… estás a esmagar-me a mão… - Disse ela, a morder o lábio por causa da dor.
- Ups… desculpa… não queria magoar-te…
- Eu sei… não estás nos teus dias. Deixa lá… promete-me apenas que não te vais meter em sarilhos.
- Não vou. Acredita em mim.
Halley fixou os seus olhos nos meus e sorriu timidamente. Eu devia mesmo estar com cara de assassina para ela sentir todo aquele receio do que eu fosse fazer a Darren.
Mas eu não lhe ia fazer nada além daquilo que ele merecia.
- Muito bem, vamos.
Frank levantou-se e levou Halley consigo.
- Onde vais?! - Perguntei, ansiosa.
Ele virou-se para mim com uma expressão severa no rosto, como se me quisesse mandar calar e não o pudesse fazer, uma vez que Bryan estava ali no quarto e me defenderia.
- Não a vou matar, está descansada.
E num movimento rápido e forte, pegou nela ao colo e subiu as escadas a correr à velocidade de um tornado. Halley gritou com a surpresa e depois calou-se logo. Ainda tentei ir atrás deles mas Bryan travou-me.
- Outra vez?! - Gritei. - Já é a segunda vez que me travas só hoje!
- Desculpa querida. Mas não tens de te preocupar.
- Ele levou-a lá para cima! Sabe-se lá o que lhe vai fazer!
- Pensei que ao fim destes três meses já confiasses um pouco mais nele. - Disse Bryan, olhando-me com alguma desconfiança, além do amor habitual com que me olhava todas as vezes.
- Não sei não…
- Ele vai pô-la a dormir, mais nada. E nós também vamos para o nosso quarto. Amanhã à noite vemos o que temos de fazer.
Pegou em mim, entrelacei as pernas na sua cintura e fechei os olhos, apoiando a cabeça no seu ombro. Bryan correu comigo ao colo até ao quarto e deitou-se sobre mim na cama.
Tentei refrear a raiva que sentia pelo que Darren fizera à minha irmã. O dia seguinte seria importante, o dia da decisão. Não queria pensar nele enquanto estava com Bryan. Só queria preocupar-me com o meu amado.

por **Jenn** Dom Jun 05, 2011 3:24 pm

txi, AGORA sim finalmente apareceu o malandro!
em breve vamos saber o que realmente acontecer com a minha homonima!
xDD
o frank gosta da haley!! adoroooo xDDD
a kelly é mesmo toto n se apercebeu ainda!
xD

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