Re: [FINALIZADA] ** A Vingança **

por **Jess Silver** Dom Jun 05, 2011 3:46 pm

Jennifer escreveu:txi, AGORA sim finalmente apareceu o malandro!
em breve vamos saber o que realmente acontecer com a minha homonima!
xDD
o frank gosta da haley!! adoroooo xDDD
a kelly é mesmo toto n se apercebeu ainda!
xD

kkkkk a tua homónima vai continuar morta mas ainda vai dar muito que falar Jenny
e achei mesmo fofo o Frank gostando da Halley né?? xD

por **Jess Silver** Dom Jun 05, 2011 3:48 pm

Genteee, essa é a nova capa da fic, vejam só como tá bonita!!!

autoria da minha artista preferida: Dawn
muiiiito brigada flor, por fazer sempre trabalhos lindos como esse

por **Jenn** Dom Jun 05, 2011 6:54 pm

ficou lindo!! xD

por **Laala saalvatore ;)** Dom Jun 05, 2011 7:02 pm

Jess, desculpa não ter passado por aqui ontem, é que passei o dia inteiro fora... E tive dois capitulos para ler de uma vez só Razz

Até que enfim o Darren apareceu!!! Eu quero muito saber o que ele tem a ver com a morte da Jenny, porque santo ele não é! E será que a Kelly vai fazer algo com ele??
E esse momento Fralley (?) Halley/Frank
Eu gostei, tomaara que eles fiquem juntos, e quem sabe um dia ela vire vampira!!! Ia ser bem legal, Jess
Estou muito ansiosa pelo que vai acontecer!

por **Laala saalvatore ;)** Dom Jun 05, 2011 7:03 pm

E jess.. sobre a capa;*
Gente, que casal lindo é esse!! Ficou maravilhooso
O Bryan dá um bom caldo!! Pena que ele é da Kelly Razz

por **Jess Silver** Seg Jun 06, 2011 11:49 am

Laala saalvatore escreveu:E jess.. sobre a capa;*
Gente, que casal lindo é esse!! Ficou maravilhooso
O Bryan dá um bom caldo!! Pena que ele é da Kelly

ahhh Laala, meu amor, já tava vendo que voce tinha sumido de vez rsrsrs
ainda bem que gostou dos capitulos
ficou muuuito feliz!!!
e a foto ficou bem linda mesmo, eu acho que a Kelly partilha o Bryan com voce de vez em quando nao se preocupe kkkkk
amor, ja viu as novidades??
beijoo

por **Laala saalvatore ;)** Seg Jun 06, 2011 4:20 pm

Obaa, Jess!!! Kelly partilhando Bryan comigoooo! Gostei da idéiia..
Amor, cadê os capítulos, quero mai Very Happy

por **Jess Silver** Seg Jun 06, 2011 4:54 pm

Laala saalvatore escreveu:Obaa, Jess!!! Kelly partilhando Bryan comigoooo! Gostei da idéiia..
Amor, cadê os capítulos, quero mai

eu vou postar daqui a nada, nao se preocupa Smile

por **Jess Silver** Seg Jun 06, 2011 5:15 pm

Capítulo 16 - 2ª Parte

* * *

Halley acordou cerca de seis horas depois, estremunhada e assustada por ter um vampiro a observá-la enquanto dormia. Repreendi Frank por ter feito isso mas ele desculpou-se com o facto de se sentir profundamente deslumbrado por ela.
- Frank, ela é humana! Não metas essas coisas na cabeça! - Avisei-o.
- É humana… ainda.
Foi nesse momento que percebi o que ele estava a tentar fazer-lhe. Bryan impediu-me de começar a chamar-lhe tudo o que me veio à cabeça. Como é que ele se atrevia? Halley não podia passar por aquilo! Não o merecia!
- Eu vou levá-la ao café. - Respondeu, virando-me costas.
- Mas… é de dia… - Balbuciei, preocupada.
- Kelly, nós não morremos por andarmos à luz do sol. Os nossos poderes apenas ficam mais fracos. E como eu não vou precisar de caçar hoje… não faz mal ir lá levá-la.
E não me deixou dizer mais nada. Halley despediu-se de mim e fez-me prometer que ia ter cuidado. Nem me pediu para não ir atrás de Darren porque já sabia que não ia valer de nada. Iria atrás daquele assassino até ao fim do mundo, se fosse preciso.
Quando Frank saiu, com Halley abraçada a ele - algo que me espantou imenso - deixei-me cair no sofá e tapei o rosto com as mãos. Estava tudo a mudar a uma velocidade louca e eu não tinha controlo no presente.
- Querida, tem calma…
Bryan sentou-se ao meu lado e envolveu os meus ombros com o seu braço musculado. Virei a cara para o seu peito perfeito e suspirei.
- O que hei-de fazer?
- Não sei. Não sei o que te diga. - Murmurou ele.
- Tenho de ir atrás dele. Encontrá-lo… e matá-lo.
- Não, não tens. Fazes isso para vingar alguém que nem conheceste.
- Era minha irmã Bryan! - Ripostei, levantando o rosto na direcção do seu, com ar chocado.
- Sim, enquanto eram humanas! Mas tu és uma vampira agora, não podes continuar a pensar na tua anterior vida!
Não entendia como podia ele ser tão frio. Ou talvez ele não estivesse a ser assim tão mau e o problema fosse meu. Talvez eu me estivesse a prender demasiado ao passado e não conseguisse avançar em frente. Jenny morrera; matar Darren não a traria de volta.
Mas dar-me-ia alguma paz de espírito.
- Bryan… prometo-te que quando o Darren estiver morto a nossa vida vai voltar a ser como dantes.
- Isso é difícil… tu não vais conseguir separar-te do teu passado nunca mais, quando decidires mergulhar nele.
- Eu já fiz isso. - Sussurrei, desviando o olhar do seu com tristeza.
- Kelly, a Jenny morreu. Não vais trazê-la de volta por matares o Darren. E nem foi ele a matá-la, directamente!
- Mas levou-a para a floresta. E deixou-a lá a ser morta pelos lobos, fugiu e deixou-a lá! - Vociferei.
- Eu sei disso. Mas… nem sabes se o vais encontrar ou não.
- Ele pode ter fugido desta vez… mas eu sou uma vampira agora. Tenho força e rapidez suficientes para o matar. Ninguém me vai impedir.
- Eu sei disso… és tão teimosa, meu amor.
Abraçou-me e voltei a encostar-me a ele, fechando os olhos.
- Vai correr tudo bem Bryan. Não me vais perder. Amo-te como nunca amei nem amarei ninguém na minha vida e existência.
- E se não fosses atrás desse Darren seria tudo bem melhor.
- Bryan, por favor não te preocupes. - Agarrei o seu rosto deslumbrante entre as minhas mãos e sorri-lhe. - Eu sei cuidar de mim.
- Sabes, sabes. - Riu-se.
- Estás a ver? Não há razão para te preocupares.
- Há. Mas estou apenas a tentar não o mostrar. Não quero que penses que… tenho medo.
- Meu amor… juro que vai tudo correr bem. Ele é só um humano insignificante, fraco, lento e pouco resistente. Vou matá-lo em menos de dois segundos.
Puxei-o para mim e uni os meus lábios aos seus, beijando-o com o máximo de entusiasmo e confiança que arranjei. Não podia deixar que ele sentisse medo por mim; precisava dele, para me apoiar e estar ao meu lado. Mas não iria obrigá-lo a vir comigo se não quisesse.
- Bryan… vens comigo?
Ele olhou-me, espantado, e rodeou a minha cintura com os seus braços, adaptando o meu corpo ao seu num abraço fortíssimo.
- Vou. Claro que sim. Como pudeste pensar que não iria?
- É que… pensei que não quisesses passar por isto…
- Ora Kelly! Se fores sozinha vais fazer um monte de estragos pelo caminho!
Ri-me com ele. Nunca iria deixar de adorar o som do seu riso.
- Ainda bem. É bom poder contar contigo.
- Kelly… és a minha companheira, a minha amada, a única vampira que quero ou vou querer para toda a eternidade. Como podia não estar ao teu lado?
Aquelas palavras deixaram-me sem reacção. Não que Bryan não me dissesse todos os dias que me amava, mas nunca daquela maneira tão sentida, com aquele olhar ardente de paixão, os lábios a ansiarem pelos meus e a respiração calma, controlada, apaixonante. O seu sorriso fez com que algo explodisse dentro de mim.
Foi aquele o momento em que percebi mesmo o quanto ele me amava, o quanto o meu amor por ele era igual ao seu por mim. Nada nos iria abalar, porque precisávamos um do outro mais do que do ar que respirávamos.
Mais que do sangue que bebíamos.
Bryan pegou-me ao colo e beijou-me novamente. Enrolei os braços à volta do seu pescoço e correspondi ao seu beijo. Sentia-me feliz, mesmo feliz nesse momento. Queria esquecer-me que teria de perseguir um criminoso no dia seguinte. Só queria pensar que iria estar com Bryan mais uma noite, que nada nos iria separar.
Enquanto o nosso amor durasse, estaria tudo bem.

por **Laala saalvatore ;)** Seg Jun 06, 2011 6:22 pm

Ain Jess, Halley e Frank tá tudo lindo, mas tomara que ele não faça nenhuma besteira!!!
E a Kelly com essa sede de Darren, meu Deus, ela vai enlouquecer!! Não sei o que seria dela sem o Bryan, realmente eles se completam!

por **Jenn** Seg Jun 06, 2011 8:29 pm

é, legal era se tivesse sido o bryan que matou a jess, e por isso essa preocupação toda!
pk vamos combinar neh? tipo ele nunca foi contra eles irem pra uma discoteca matar todo mundo so pra se divertires e fazer a kelly feliz, e agora ta todo cheio de nao mate kelly, hum eu pra mim isso tem coisa!!mas pode ser so minha mente "idiota".
bem tou gostando de ver o frank empenhado, a hale ser vampira até era legal!!
o bryan gosta mesmo da kelly, e ele dela, é dificil se ver um amor correspondido e dando certo aqui nas fics, sim eu sei que isso é um livro jess, mas mesmo assim...
xDD

por **Jess Silver** Ter Jun 07, 2011 5:14 pm

Jennifer escreveu:é, legal era se tivesse sido o bryan que matou a jess, e por isso essa preocupação toda!
pk vamos combinar neh? tipo ele nunca foi contra eles irem pra uma discoteca matar todo mundo so pra se divertires e fazer a kelly feliz, e agora ta todo cheio de nao mate kelly, hum eu pra mim isso tem coisa!!mas pode ser so minha mente "idiota".
bem tou gostando de ver o frank empenhado, a hale ser vampira até era legal!!
o bryan gosta mesmo da kelly, e ele dela, é dificil se ver um amor correspondido e dando certo aqui nas fics, sim eu sei que isso é um livro jess, mas mesmo assim...
xDD

Jenny linda, uma coisa eu garanto a voce: nessa fic o Bryan É BOM (por dentro e por fora)
ele nao fez nada de mal com a sua homonima
ele apenas quer proteger a Kelly, pelo que voce vai descobrir no cap seguinte
mas eu acho que ficou bom..
e tou vendo que voces gostam da relaçao do Frank com a Halley!!!
vamos ver no que dá a seguir xD

por **Laala saalvatore ;)** Qui Jun 09, 2011 5:22 pm

Jeeess, você não vai postar mais aqui? Sad

por **Jess Silver** Qui Jun 09, 2011 5:40 pm

Laala saalvatore escreveu:Jeeess, você não vai postar mais aqui?

vou sim Laala, vou postar agora
acha que eu te privava da tua dose diária de Brelly?? nem pensar xD
espero que goste!!

por **Jess Silver** Qui Jun 09, 2011 5:42 pm

Capítulo 17

Gato e Rato

Fiquei deitada ao seu lado, a olhar para o seu rosto divinal, até a noite cair lá fora. Nem queria pensar que teria de me levantar e me ir embora nessa mesma noite. Isso só me deixaria mais deprimida, mais assustada, mais ansiosa e mais consternada. Não queria nada deixar Halley e Frank ali.
Claro que não lhe pedira para vir. Não o queria meter naquilo. Ao meu desmiolado, despreocupado e eterno amigo e irmão. Não o podia meter numa coisa daquelas. Pelo menos Bryan viria comigo.
Acariciou o meu rosto, colocou uma madeixa do meu cabelo atrás da minha orelha e sorriu.
- Estás pronta?
- Não. - Sorri com entusiasmo. - Mas vamos a isto.
Levantei-me num movimento ágil e gracioso, deslizando até ao roupeiro. Escolhi a primeira roupa que encontrei - felizmente eu e a Kelly-humana vestíamos o mesmo número - e arranjei-me. Bryan fez o mesmo. Durante os dez segundos que isto demorou não dissemos nada um ao outro. Sabia que Bryan estava a ensaiar o discurso que iria proclamar a Frank e Halley para lhes assegurar que ia correr tudo bem e que não deixaria que nada me acontecesse.
Halley e Frank. Sozinhos.
Nem queria pensar nisso. Não os vira desde que tinham saído nesse início de tarde. Não fazia ideia por onde andavam mas desejava imenso que ele não lhe fizesse mal. Começava a duvidar que isso fosse possível. Frank estava mesmo deslumbrado por ela, o que era muito estranho e muito reconfortante ao mesmo tempo. Pelo menos não ia matá-la.
E Halley… mostrava-se tão calma na presença dele, como se fosse um amigo de longa data e não um vampiro fatal. Teria sido a beleza dele a contagiá-la? Não, Halley não era dessas… ela confiava cegamente nele, como uma criança que confia na primeira pessoa que lhe estende uma mão amiga. Halley tinha uma inocência devastadora.
- Estás pronta? - Perguntou Bryan.
- Estou. Vamos a isto.
Saímos de casa a correr e só abrandámos quando chegámos à primeira rua da vila e vimos pessoas. Não queríamos chamar (ainda mais) as atenções sobre nós. Encaminhámo-nos para o café e entrámos a tentar passar o mais despercebidamente possível.
O cheiro das pessoas no bar atiçou a minha sede - que se andava a portar maravilhosamente nesses dois dias - e levei a mão à mala que trazia comigo. Tirei a garrafa para fora e bebi metade do líquido que a enchia até ser capaz de suportar aquele cheiro delicioso que pairava no café.
Halley estava a conversar com Frank, ela ao balcão e ele sentado na cadeira em frente dele. Halley parecia constrangida com o sorriso sedutor que Frank lhe lançava e eu não a censurava; se ele me tivesse feito aquilo também me teria deixado levar. Frank sabia sempre como encantar uma mulher, fosse de que espécie fosse.
- Kelly!
Halley correu até mim, abraçou-me e depois passou a Bryan antes de nos sorrir. Aproximei-me de Frank e esbocei um sorriso para o repreender.
- Não devias mesmo fazer isto.
- Deixa-me estar Kelly! A Hale não se importa.
Espantou-me que ele a chamasse assim, mas quando a vi encolher os ombros com um sorriso aparvalhado entendi logo o que se estava a passar. Oh meu deus… aquilo não podia estar a acontecer…
- Bem, nós temos de vos dizer algo. - Apressou-se Bryan, ao ver o meu estado.
- Oh, sim, claro… - Murmurei.
- Vamos embora. Temos de ir atrás do Darren. - Disse ele, com o máximo de calma possível.
Mas mesmo assim, Halley perdeu logo o sorriso e ficou com o ar mais chocado do mundo.
- Não… por favor não…
- Já falámos sobre isto. Vai correr tudo bem Hale. - Respondi.
Mas ela começou a empalidecer tanto que Frank quase voou na direcção dela, passando o braço em volta dos seus ombros trémulos. Halley parecia prestes a chorar.
- Vão magoar-se… podem não voltar…
- Hale, vá lá! - Bryan riu-se. - Nós somos como somos e tu sabes as nossas capacidades. O Darren não tem hipóteses.
Sorri-lhe em agradecimento. Se não fosse a sua confiança, a sua tenacidade, eu não conseguiria ir em frente. Halley libertou-se dos braços de Frank e veio abraçar-me. O seu cheiro continuava tão tentador como antes, e o seu cabelo tão suave como cetim. Sorri-lhe.
- Toma cuidado contigo. O Frank adoraria cravar os dentes nesse teu pescocinho. - Sorri-lhe.
Ela retribuiu-me o sorriso sem qualquer indício de medo. Frank riu-se às gargalhadas.
- Posso esperar que vocês voltem para o fazer! - Respondeu.
- Nem te atrevas a pensar nisso. - Rosnei-lhe baixinho.
- Vá lá, vá lá! Não comecem com isso… temos de ir, Kelly. - Acrescentou Bryan.
Halley sorriu-me e beijou-me na face.
- Boa-sorte.
- Obrigada. Toma conta do Frank por nós.
- Vou tomar, acredita! - E desatou a rir-se, com as lágrimas a escolherem-lhe pela face de menina.
Abracei-me a Frank, que me apertou com a força do aço (se fizesse aquilo a Halley já a teria esmagado) e sorriu-me, beijando-me na testa.
- Vai lá. Voltem depressa. A Hale é uma tentação imensa sem vocês aqui para a protegerem.
Beijei-o também e voltei para junto de Bryan, que também já se despedira.
- Tenham cuidado. - Murmurou Halley.
Assenti com a cabeça e Bryan acenou-lhes, enquanto saímos do café. Sentia um nó enorme a formar-se na garganta por os ir deixar para trás mas não quis pensar nisso. Não podia meter Halley naquilo por ser potencialmente fatal para ela, e Frank não a abandonaria ali. Nem pensara sequer em pedir-lhe tal coisa.
Fomos à cozinha encher uma mochila com as últimas garrafas que tínhamos com o sangue de reserva. Teríamos de caçar em Westlok e não faltaria muito. Bryan entendia o meu nervosismo.
- Tens mesmo a certeza que queres fazer isto?
- Tenho. Isso nem se questiona.
- Então vamos. Temos de lhe apanhar o rasto enquanto ainda está fresco.
Saímos de casa quase a voar, devido à nossa rapidez, e corremos pela floresta até encontrarmos um rasto do cheiro de Darren. Era inconfundível: forte, masculino e causava-me uma raiva que nem sabia descrever. Parei, cheirei o ar à minha volta e sorri para Bryan.
- Ele foi por aqui.
- Muito bem… acho que se dirige para o aeroporto.
- Vai de avião hein? Pensa que não o podemos apanhar… está muito enganado.
Corremos durante imenso tempo, atravessando bosques, pequenas elevações e aldeias até chegarmos ao aeroporto de Toronto. Lá, tivemos de abrandar por causa da multidão. Circulámos por entre eles. Era difícil concentrar-nos no cheiro de Darren quando tínhamos tantos odores a rodear-nos. Mas pelo menos Bryan tinha mais prática naquilo que eu.
- Vamos por aqui… ele ainda não levantou voo.
- Como é que sabes?
- O cheiro continua forte… ele só passou por esta zona há cerca de duas horas. Até conseguir embarcar vai demorar algum tempo.
Entrámos no aeroporto e procurámo-lo em todas as filas para as bilheteiras, portas de embarque e zonas de espera. Nada. Mas o rasto indicava que ele estivera numa das bilheteiras, provavelmente a comprar o bilhete. Avançámos para o primeiro lugar, ignorando as pessoas descontentes. A mulher que estava a aviar os bilhetes arregalou os olhos quando nos viu chegar.
- Queremos saber para onde foi Mr. Darren Foster.
- Desculpem, mas não posso dizer-vos algo assim…
- Ouça, a menos que queria morrer neste preciso momento é bom que se despache… - Rosnou-lhe Bryan.
Ela ficou tão atarantada que começou a teclar com uma rapidez assustadora. Eu ouvia o seu coração a bater apressadamente no peito, e estava a suar com o terror que sentia. Ao fim de uns segundos lá conseguiu encontrar os dados de Darren.
- Foi para Paris…
- Qual é a porta de embarque?
- Os senhores não têm bilhete!
- Então passe-nos um, JÁ! - Gritei-lhe, furiosa.
Ela passou-nos um, e quando nos viu correr para longe suspirou de alívio. Humanos… tão medrosos…
- Vamos Kelly, o avião está quase a partir…
Corremos - a tentar imitar a corrida dos humanos, algo que se tornava quase impossível com a carga de adrenalina que nos fluía nas veias - e encontrámos a porta de embarque para Paris.
- Deixe-nos entrar! - Vociferou Bryan.
- Lamento, o avião já está cheio…
Bryan deu-lhe um murro fortíssimo no estômago - deve ter-lho encostado às costelas ou partido algumas de certeza absoluta - e entrámos a correr no nosso passo.
A hospedeira obrigou-nos a sentar-nos logo nos primeiros lugares e não tivemos remédio senão aguentar até que o avião aterrasse. Tentei localizar o cheiro de Darren mas não consegui, com os outros a camuflá-lo. Esperei as duas horas e meia de viagem com uma raiva crescente. Aquele assassino nojento estava ali, algures naquele avião, e eu não podia fazer nada para o matar. Teria de esperar até que o avião aterrasse.
Quando isso finalmente aconteceu, a multidão era tanta que mal conseguimos localizar o cheiro dele. Eu estava a desesperar, cheia de sede e furiosa, e se não fosse Bryan a controlar-me teria morto toda a gente no aeroporto até encontrar aquele monstro.
De repente, o seu odor veio direito a mim e foi como se a minha sede gritasse em agonia. Senti um rugido a querer formar-se na minha garganta e Bryan pegou na minha mão e apertou-ma.
- Aqui não Kelly. Está cá muita gente.
Franceses. Na maioria, parisienses. Que nervos! Assim não ia conseguir encontrá-lo…
Mas começámos a furar a multidão, atrás do seu odor persistente. As pessoas resmungavam mas nós não lhes ligávamos nenhuma.
Parecia que estávamos a jogar ao gato e ao rato: ora o cheiro aparecia, ora deixávamos de o sentir. Aquilo estava a deixar-me fora de mim; só queria matar aquela besta e voltar para casa, fazer justiça.
- Kelly!
Virei-me para Oeste e vi-o. Darren olhava para uma mulher com ar de quem achava que ela era a sua bóia salva-vidas. Como estava de costas, não percebemos logo a início quem era. Avançámos até Darren e empurrámos a mulher para o lado. Agachei-me, prestes a saltar sobre ele, e ouvi-o gritar aterrorizado.
Mas foi aí que a mulher se pôs à frente dele.
Fiquei boquiaberta com a sua atitude, mas entendi logo que tipo de mulher ela era. Alta, elegante, com um porte majestoso, cabelo castanho e olhos pretos. Pele branca como a neve. Mas Bryan ainda ficou mais espantado que eu quando a viu. No seu rosto espelhou-se a confusão e o espanto.
- Andrea?!

por **Laala saalvatore ;)** Qui Jun 09, 2011 6:28 pm

OH MEU DEUS
Não gostei dessa Andrea!! Primeiro que esse nome já não me trás coisas boas, é uma longa história..
Segundo que, porque defende esse idiota, ele tem que morrer mesmo! De preferencia, mata essa andrea tambem!
Kelly, reajaaaa!! E Bryan deixa de lenga lenga!!
Jess, estou cada vez mais vidrada nessa historia!

E o Frank e a Halley?? O que eles vão fazer na ausencia do Bryan e da Kelly, ein!

por **Jenn** Qui Jun 09, 2011 9:01 pm

hum, e quem será essa andrea!!
bem eles tavam num nervos desgraçados!
continuo a adorar o frank e a hale!adoroo!! estou pra ver se se vão "entreter" na ausencia da kelly!! xDD
eles a seguir o cheiro por montes e vales foi medonho!!
e a ameaçar a mulher no aeroporto foi demais!
espetacularrr...
xD

por **Jess Silver** Sex Jun 10, 2011 4:07 pm

Jennifer escreveu:hum, e quem será essa andrea!!
bem eles tavam num nervos desgraçados!
continuo a adorar o frank e a hale!adoroo!! estou pra ver se se vão "entreter" na ausencia da kelly!! xDD
eles a seguir o cheiro por montes e vales foi medonho!!
e a ameaçar a mulher no aeroporto foi demais!
espetacularrr...
xD

brigada pelo comment Jenny, gostei muito
ainda bem que gostou do cap
é pena que tá quase acabando né... :c
beijoos

por **Jess Silver** Sex Jun 10, 2011 7:48 pm

Bem meninas, vou postar mais um cap, espero que gostem!!

por **Jess Silver** Sex Jun 10, 2011 7:50 pm

Capítulo 18

Traição

A vampira sorriu-nos com malvadez e Darren parecia uma criança, a tentar esconder-se atrás dela. Deve ter ficado aterrorizado ao ver-me. Bryan estava tão atónico que nem se mexia, tinha petrificado como uma estátua.
- Olá Bryan. Que prazer é ver-te de novo!
- Andrea… como…?!
- É uma longa história. O que eu gostava de saber é o que fazes tu e essa louca a tentar matar o Darren.
Rosnei-lhe furiosamente quando a ouvi chamar-me louca e Darren soluçou aflitivamente. Andrea sorriu-lhe apaziguadoramente e voltou a concentrar a sua atenção em nós os dois.
- Vão demorar muito a explicar?
- O tempo não é problema, Andrea. - Vociferou Bryan.
- Pois, para ele é. - Rosnou ela, inclinando a cabeça na direcção de Darren - Por isso, lamento imenso mas esta é a nossa deixa de saída.
- Oh, nem penses nisso! - Rugi, mostrando-lhe os dentes com uma vontade imensa de lhe arrancar o pescoço.
- Olá, olá… parece que arranjaste uma companheira, Bryan. - Sorriu Andrea, com aqueles olhos malévolos de vampira sedenta. - Como te chamas?
- Cala-te! Passa para cá esse verme e desaparece! - Rosnei-lhe, cada vez mais furiosa.
- Kelly, tem calma… podemos estar a entender isto ao contrário. - Murmurou Bryan, confuso e aturdido pelo reencontro inesperado.
- Kelly, hein? Mais uma vez, é uma pena que nos tenhamos conhecido assim. Até podíamos tornar-nos grandes amigas. - Respondeu a outra.
- Não me parece. - Sentia-me a tremer pela fúria que me consumia.
Darren tremia também, mas de pavor. Ele sabia que não lhe restava muito tempo até eu perder as estribeiras e me lançar a ele. Iria matá-lo em menos de um segundo e ninguém me podia impedir. Nem queria saber de todos aqueles humanos no aeroporto. Eles eram insignificantes naquele momento.
- Andrea, o que significa isto? Por que estás a protegê-lo? - Perguntou Bryan, mais controlado que eu.
Ele conhecia-a, claro. Andrea era a amiga de Frank, a de Paris. Mas na verdade não parecia tão amistosa como eles a tinham descrito. Sorriu diabolicamente a Bryan e cruzou os braços.
- Ele é meu. Mais nada.
- Parece que não vai durar muito mais tempo. - Rosnei-lhe baixinho.
- Não estou a compreender… têm imensos humanos aqui no aeroporto. Por que é que querem o meu Darren?
A maneira afectiva como ela se dirigia a ele fazia-me ficar ainda mais furiosa que antes. Aquele monstro… aquele verme… ela protegia-o! E eu não sabia lutar contra outros vampiros. Todos os que conhecera até à data eram amigos de Bryan e Frank e não nos queriam fazer mal. Mas de certeza que se eu tentasse atacar Darren, aquela parva viria logo em defesa dele.
Porquê?!
- Bryan, Bryan… o teu amigo devia ter pensado melhor antes de me dar com os pés. Fiquei dois dias à espera dele, aqui no aeroporto. À espera que ele viesse. Petrificada como uma estátua. E ele não apareceu.
O tom de ódio com que se referiu a Frank fez-me rugir outra vez. Bryan previu a minha reacção e rodeou a minha cintura com os seus braços. Por mais que me tentasse soltar ele não me deixava. Eu tinha os olhos cravados em Darren, que parecia lívido de medo, tal e qual um fantasma. Bastava um curto salto e matá-lo-ia… aquela estúpida é que estragava tudo!
- Aconteceram coisas importantes… e o Frank não pôde vir. - Respondeu Bryan, tenso e com a voz dura como gelo.
- Oh, que pena… entretanto reencontrei o Darren. E nem pensem que abdico da minha comida.
Foi nesse momento que Darren entrou em pânico, literalmente. Ai ele estava à espera que ela o protegesse? Que fizesse toda aquela fita para depois não o matar logo de seguida? Julgava que ela era o quê, uma santa?
- Andrea… por favor… - Gemeu ele, aterrorizado.
- Cala-te. Eu trato disto.
Ele virou-se e preparava-se para fugir quando ela lhe prendeu o braço, cravando as suas longas unhas vermelhas nele. Darren berrou de dor e ela deu-lhe um esticão para que se calasse.
- Andrea deixa-nos ficar com ele. Como tu bem disseste, há muitos humanos aqui. Podes ficar com um qualquer.
- Não, nem penses. - Sorriu ela. - Este é meu.
- Eu tenho de o matar… foi por isso que aqui vim… - Vociferei.
- Pois, parece que perdeste uma oportunidade.
Rugi e debati-me nos braços de Bryan mas ele não me soltou. Andrea sorriu ainda mais, e Darren deixou de tentar libertar-se da mão dela, que de certeza o estaria a prender com a força do aço.
- Andrea… por favor… ela é louca… - Choramingava ele.
Mas Andrea não o ouvia. Tinha o olhar fixo no de Bryan, a tentar prever a sua atitude, a tentar ler os seus pensamentos. Bryan estava rígido mas mantinha-se calmo, a testar o ambiente.
- Por que nos estás a fazer isso? A Kelly tem contas a ajustar com o Darren. Podes caçar quem quiseres… mas deixa esse para nós.
- Não. - Foi a sua única palavra, dita com tanta raiva que me fez estremecer.
- Porquê? - Gritou Bryan, subitamente irritado.
- Nunca acederei a favor que tu ou o Frank me peçam. Pensassem nas consequências antes de me abandonarem, de me virarem as costas, ao fim de tantos anos de amizade. O Darren é meu.
E nisto, largou a correr à velocidade de um tornado, furando a muralha de pessoas que ficava aturdida à sua passagem, uns a olharem para os outros, todos com a mesma expressão de pasmo no rosto.
Tentei libertar-me de Bryan, esperneei e gritei, mas ele não me deixava ir. Estava tenso e tinha os maxilares cerrados, com ar de guerreiro. Nem quis pensar nele, só me queria libertar e matar Darren.
- Bryan, deixa-me ir! Não me faças isto outra vez!
- Não Kelly. Não vale a pena.
- O QUÊ?! Fizemos esta viagem toda e dizes que não vale a pena?! - Berrei, furiosa.
- A Andrea está a protegê-lo. E não nos vai deixar chegar até ele. É a vingança dela.
- Mas… não… não pode… eu tenho… de matá-lo… - Balbuciei, parando de me debater.
Não podia acabar assim. Eu viera ali para o matar, o fazer pagar pelo que fizera à Jenny. Não o podia deixar ir assim, só porque uma vampira rancorosa pensava nele como um prémio. Eu tinha de acabar com ele. Custasse o que custasse. Nem que tivesse de lutar contra aquela parva da Andrea.

por **Laala saalvatore ;)** Sex Jun 10, 2011 8:53 pm

Affs odiieeeei essa Andrea!!!!! Não aguento mais ouvir esse nomee BAH!
Meu Deus, que vaaca, pelo amor de Deus Kelly, mata ela tambem
e Bryan, voce me irrita quando faz isso :@

por **Jenn** Sex Jun 10, 2011 11:29 pm

ah coitado do bryan, ele sempre tem que or juizo na cabeça da kelly!
oh kelly n ves que a andrea rovavelmente é muitooo mais forte que tu?
e tb ela vai mata lo e vai pk que tas ai com coisas?
deixa te de cenas pega no teu marido vampiro e arranja um quarto que isso é tudo TPM!!
tas muito agressiva rapariga!
xD

por **Jess Silver** Dom Jun 12, 2011 9:35 am

Bem, aqui vai mais um capítulo de "A Vingança"
espero que gostem!! Já estamos na contagem decrescente pra o grande final!!

por **Jess Silver** Dom Jun 12, 2011 9:37 am

Capítulo 18 - Parte 2

* * *

Ainda não conseguia acreditar bem no que me estava a acontecer. Bryan estava tão aparvalhado como eu. Mas ambos sabíamos que não ia ser tão fácil como pensáramos. Ele sabia onde Andrea morava, e tinha uma estranha impressão que ela levara Darren para sua casa. O que ele não sabia era o que ela tencionava fazer com ele.
Sentámo-nos num dos bancos do aeroporto e ficámos imóveis, como estátuas de mármore, a tentar acalmar-nos o suficiente para decidirmos o que fazer. Não podíamos demorar muito tempo a decidir, se ainda queríamos apanhá-la a tempo de ela não matar Darren.
- Não penso que ela o vá matar. - Disse Bryan.
- Por que não?
- Nós não defendemos os humanos com tanto afinco para depois nos alimentarmos deles, Kelly. - Respondeu, revirando os olhos.
Ele tinha razão. Na verdade, eu devia ser a única vampira da história a ter protegido uma humana por gostar dela, por ser sua amiga. Eu era mesmo um caso estranho. Bryan acariciou-me a face e tentou sorrir, mas não se saiu lá muito bem.
- Acho que ela disse aquilo para nos iludir.
- Temos de ir lá buscá-lo. - Murmurei.
Falávamos tão baixo que seria impossível, para qualquer humano presente no aeroporto, ouvir o que dizíamos. Ao menos isso. Se eles julgassem que nós planeávamos a morte de alguém ainda alertavam a polícia, e não precisávamos mesmo nada de lidar com isso, naquele momento.
- Ela pode ter-se antecipado. Tens de contar com todos os cenários, Kelly. - Alertou-me Bryan.
- Eu sei… mas não vou conseguir derrotá-la sozinha.
- Derrotá-la?!
Levantei os olhos para os de Bryan. Agora que reparava, eles estavam negros como o carvão. Mas não quis pensar na sede que eu própria sentia.
Era óbvio que Bryan não queria matar Andrea. Tinham sido amigos durante muito tempo. Mas eu não o conseguia fazer sozinha e precisava da ajuda de alguém, de outro vampiro pelo menos. E chamar Frank também seria inútil.
Alan? Claire? Marrie? Não, nem quis pensar nisso… não os podia meter naquilo. Tinha de deixá-los viverem na sua paz e quietude em Pequim. Eu tratava daquilo sozinha. Fora eu a ter a ideia de ir matar Darren e de atravessar um oceano inteiro para o fazer. Ia conseguir, ia conseguir.
- Bryan, sê racional… se ela não me deixar matar o Darren a bem terei de a destruir também.
Bryan estava ainda mais pálido que o normal para a nossa espécie, o que me assustou. Parecia em estado de choque, de boca entreaberta e olhos arregalados, paralisado como uma estátua. Peguei na sua mão e apertei-a entre as minhas.
- Kelly… é impossível… - Murmurou ele, tão baixinho que até eu tive dificuldade em ouvir.
- Eu sei que somos imortais mas… tenho de fazer alguma coisa. Está em causa a morte da minha irmã. Tenho de acabar com aquele monstro para poder viver em paz o resto da minha eternidade.
- Mas querida… matar a Andrea? Não vais conseguir!
Baixei o olhar. Sentia-me um bocadinho mal pelo pedido que lhe iria fazer, mas não o podia adiar muito mais. Bryan não iria concordar comigo mas pelo menos tentaria convencê-lo.
- Não estava a pensar em fazê-lo sozinha. - Sussurrei, sem o olhar directamente.
Cinco minutos depois, Bryan acordou do transe e engoliu em seco, olhando-me estupefacto.
- Queres que eu te ajude?!
- Sim… estava a contar com isso…
Mas ao ver o seu olhar atormentado apressei-me a abanar a cabeça em desacordo.
- Desculpa, desculpa… nem devia ter dito isto… não tens obrigação nenhuma de me ajudar e não quero criar uma guerra entre ti e o Frank… quando ele descobrir que eu a matei vai odiar-me, quanto mais a ti…
- Estás maluca?! - Disse ele, de repente.
Não estava a entender a sua atitude. O que queria ele afinal?
- É óbvio que te ajudo a matá-la! Como pudeste pensar que te deixaria enfrentar uma vampira mais velha e experiente que tu, sozinha?!
Ah… OK… ele estava aborrecido por eu ter pensado que ele me deixaria fazer aquilo sozinha. Sorri-lhe, em agradecimento.
- Bryan… se não quiseres fazer isto não és obrigado…
- Claro que faço. Nem que seja para ensinar àquela menina que não brinca connosco. Nem comigo, nem com Frank, nem contigo. Ela vai pagá-las.
Sorri-lhe e agarrei o seu rosto belo de mais entre as minhas mãos.
- Obrigada Bryan. Nunca conseguirei agradecer-te totalmente por isto…
- Nem precisas meu amor. Estou ao teu lado para o que precisares.
Depois uniu os seus lábios aos meus e beijou-me com paixão, com urgência e com força a mais. Parecia querer esmagar os meus lábios com tanta ferocidade, mas nem me importei. Ele estava descontrolado e era natural que me beijasse assim. Sentei-me ao seu colo e ele enrolou os braços em volta da minha cintura. Nem quis pensar nas outras pessoas, presentes no aeroporto, que de certeza olhavam para nós com espanto ou até aversão. Estava feliz de mais para pensar nelas.
Quando separei os meus lábios dos dele, sorri mais uma vez, para lhe agradecer por estar a fazer aquilo por mim. Bryan era mesmo o melhor vampiro do mundo.
- Obrigada. - Sussurrei-lhe.
- De nada querida. Mas primeiro… acho melhor alertámos o Frank.
- Ele não vai… tentar impedir-nos?
- Não sei… mas nunca chegará a tempo de nos travar. Mesmo que apanhasse o próximo voo só nos encontraria quando já estivéssemos a tratar da Andrea.
Saí do seu colo e inspirei fundo para tentar controlar-me. Foi um erro. O cheiro intenso do sangue humano fez a minha garganta rugir em agonia. Levei lá uma mão e massajei o pescoço para tentar controlá-la, mas Bryan apercebeu-se.
- Não há mais sangue de reserva?
Tirei a garrafa de dentro da mala e observei a gota solitária no fundo dela. Tive de morder o lábio inferior para não desesperar. E agora?
- Vai caçar. Leva alguém para as casas de banho do aeroporto e trata dele enquanto eu ligo ao Frank. Vai.
Assenti com a cabeça e parti. Lá se ia a promessa que fizera em como não tornaria a matar ninguém. Era impossível para um vampiro não matar para sobreviver. Era a nossa natureza. Aproximei-me das casas de banho femininas. Se lá estivesse alguém dentro seria mais fácil. Para minha sorte, estavam lá duas mulheres dentro, a pentear-se. Aproximei-me do espelho, que se encontrava por cima dos lavatórios, e fingi estar a ajeitar o cabelo. Elas olharam para mim com espanto. O odor de uma delas era tão intenso e tentador que a minha garganta se convulsionava com a sede, ansiando por sugar o seu sangue.
Uma delas falou comigo - estúpida, tão estúpida - mas em francês e eu não entendi o que ela me dizia. A outra assentiu com a cabeça, mas ao verem que eu não compreendia uma aproximou-se de mim e tocou ao de leve no meu cabelo, sorrindo.
Ah, gostavam do tom do cabelo, era? Bem, não teria muito mais tempo para o apreciar. Sorri abertamente a uma dela, mostrando os meus dentes afiados de vampira, e antes que começassem a gritar rodeei o pescoço de uma com a minha mão, asfixiando-a em menos de dois segundos, e lancei a outra contra a parede com toda a minha força. Quando embateu com a cabeça no chão, já estava morta. Uma poça de sangue começou a formar-se junto à nuca dela. Não esperei nem mais um segundo. Deixei a outra cair aos meus pés, com os olhos a revirarem-se pela falta de oxigénio, e saltei graciosamente até à outra, uma loura, que se encontrava ao fundo da casa de banho. Curvei-me e cravei os dentes no seu pescoço indefeso.
Quando o sangue encheu a minha boca quase gritei de alegria. Sabia tão bem, tão quente e apetitoso, que deixei o seu corpo exangue em menos de cinco segundos. Depois virei-me para a outra e fiz o mesmo. Quando já estava saciada, levantei-me e aproximei-me dos lavatórios. Abri a torneira e passei a boca por água para que os vestígios da minha caçada saíssem por completo. Ajeitei o cabelo e sorri.
Elas nem tinham feito estardalhaço nenhum. Estava mesmo a tornar-me numa predadora silenciosa e infalível, apesar de Bryan ser ainda melhor que eu. Ele era melhor que eu em muitas coisas.
Saí da casa de banho e aproximei-me dele. Bryan parecia tenso, preocupado com algo. Comecei logo a sentir medo. O que dissera Frank sobre a nossa ideia de matar Andrea? Ele iria opor-se?
- O que disse ele? - Murmurei, ao chegar perto de Bryan.
- Está tudo bem. Ficou enervadíssimo com o que ela disse e… acrescentou que se aqui estivesse nos dava uma ajuda a acabar com ela.
Sorri. Sabia que podíamos contar com ele. Frank não nos desiludiria. O meu amigo, quase irmão, vampiro que não me deixava mal. Mas nesse momento lembrei-me de outra coisa que podia não estar a correr tão bem.
- Bryan… que cara é essa? Eles estão bem?
Bryan pousou as mãos nos meus ombros e tentou sorrir com maior pacificidade mas não conseguiu mentir-me.
- Claro que está tudo bem.
- É a Hale não é? - Murmurei, subitamente receosa. - O Frank fez-lhe alguma coisa?!
- Não Kelly, acalma-te! A Hale está óptima. E o Frank também.
- Não devíamos tê-los deixado lá sozinhos… - Baixei o rosto, a sentir-me um pouco culpada.
- Devíamos sim. Eles estão bem, acredita em mim. Agora vamos enfrentar a Andrea ou nem por isso?
Comecei a ficar nervosa. Tentei não pensar que Frank pudesse ter magoado Halley ou feito algo para o seu mal. Ele não seria capaz de nos trair dessa maneira. Não, o traidor não era ele. Sorri com confiança para Bryan e ele retribuiu-mo.
- Assim está melhor.
- Bryan… tens de me ensinar a lutar primeiro.
- O quê?
- Se vamos destruir a Andrea, não posso chegar lá e improvisar. Tens de me explicar como se faz.
- Não. Nem pensar. Eu fico com a Andrea. Tu vieste tratar do Darren e é isso que vais fazer. Eu quero ter a minha própria vingança.
A imagem dela, furiosa, a saltar para cima de Bryan para o matar, deixou-me louca de pavor. Tentei mostrar-me calma para Bryan não se aperceber do medo que me consumia.
- Mas… afinal, como é que se mata um vampiro?
- Nunca fiz isso com nenhum mas… as lendas contam que o único inimigo dos vampiros é o fogo.
- O fogo?! - Perguntei, surpreendida.
- Sim. Tem de se despedaçar um vampiro e deitar os pedaços numa fogueira. Só assim se termina de vez com ele.
Desviei o olhar do dele, impressionada. Ele teria de desmembrar Andrea e lançar os pedaços para uma fogueira? Como é que tencionava fazer isso?!
- Não te preocupes. Limita-te a matar o Darren. Isso é fácil, não é?
- Bryan não estou preocupada comigo! - Disse, quase a gritar de tanto terror, tanta ansiedade. Ele não podia sair magoado!
- Então… - Depois entendeu o que eu queria dizer e sorriu com convicção. - Querida, não precisas de estar preocupada comigo.
- Preciso sim. Ela vai magoar-te… pode atacar-te também…
- Não penses nisso. Vai correr tudo bem.
Suspirei. Não queria pensar nisso sequer. Na ideia de o perder. De aquela doida sedenta lhe fazer mal. Eu própria a mataria de ela magoasse o meu amor.
- Não vamos fazer isso hoje. Vamos arranjar um quarto e ficamos lá. O dia vai nascer não tarda nada.
- Concordo. Na próxima noite tratamos da Andrea.
Bryan passou-me o braço em volta dos ombros e caminhámos pelo aeroporto cheio de gente. Saímos para o exterior e apanhámos um táxi. Felizmente, o condutor sabia falar inglês e Bryan conversou com ele durante algum tempo até chegarem a uma conclusão. Depois recostou-se no banco, ao meu lado, e abraçou-me. Fechei os olhos.
Seria normal um vampiro sentir-se cansado? Eu não tinha dúvida alguma de que era assim que me sentia: exausta. A precisar de entrar rapidamente no transe. Já me habituara de tal maneira a fazê-lo que era quase como se dormisse realmente. Ajudava-me a não pensar nos problemas.
Bryan beijou-me na testa algum tempo depois e abri os olhos. A luz do sol batia no vidro do meu lado e encolhi-me instantaneamente.
- Está tudo bem, vamos lá para fora.
Ele pagou ao condutor e levou-me, ainda com o braço em volta da minha cintura, para dentro de uma casa. Só quando o táxi arrancou outra vez pela estrada ele deu a pancada na porta, partindo a fechadura. Esta abriu-se logo e entrámos. Era um edifício velho mas não ficaríamos ali por mais que um dia e não precisávamos de hotéis de luxo.
Subimos as escadas à nossa velocidade habitual, mal pousando os pés no chão e batemos à porta. Uma jovem mulher veio abri-la e Bryan apressou-se a asfixiá-la. Ela caiu aos nossos pés e ali ficou, sem se mexer mais.
- Um aperitivo para mais tarde. - Murmurou ele, com um sorriso triunfante.
Entrámos. Ela parecia estar sozinha em casa. Os tons predominantes na decoração eram o creme e o castanho. Agora que me sentia menos cansada nem conseguiria cair no transe outra vez. Levei a mulher para o sofá e deitei-la lá. Ainda não tinha sede que justificasse beber já o seu sangue, podia aguardar.
Bryan trancou a porta e pegou-me por uma mão, levando-me consigo para o quarto. Inspirei fundo antes de entrar - e embora o cheio da mulher fosse delicioso e me causasse alguma sede - entrei com ele e beijei-o. Não quis pensar no que teríamos de fazer nessa noite, enquanto estava ali com ele. Levou-me para a cama e deitou-se sobre mim.
- Não penses muito nisso. Vai correr tudo bem, Kelly.
- Só espero que sim. Estou tão cheia de medo…
- Eu vou estar contigo. Vai correr tudo muito bem, e depois teremos a nossa merecida eternidade sem problemas.

Bryan acariciou-me a face com ternura e eu abri os olhos. Estava há mais de duas horas a "dormir" depois de ter feito amor com ele. Fitei o seu rosto com apreensão e uma onda de medo apoderou-se de mim.
Oh não…
A hora estava perto. A batalha quase corria na nossa direcção. E olhar para ele, para o seu rosto deslumbrante, sem saber como acabaria essa noite, fazia-me quase entrar em paranóia. Engoli em seco e tentei afastar os pensamentos tenebrosos da minha mente.
- O que se passa? - Perguntou ele.
- Estava a pensar na batalha. Logo à noite. E… no medo… que tenho de te perder… - Balbuciei, abraçando-me a ele.
Enterrei a cara no seu peito macio e morno e suspirei. Não queria perdê-lo. Talvez aquilo fosse um erro, devêssemos voltar para Oregän e esquecer a minha obsessão em matar Darren. Andrea acabaria por o fazer, mais tarde ou mais cedo.
- Já te disse que não precisas de ter medo. Vai tudo correr bem.
- Mas e se ela te magoa?
- Não te preocupes comigo. Sei cuidar de mim. Só tens de matar o Darren, deixa o resto comigo.
- Não vou ficar quieta se ela te atacar. - Resmunguei.
- Eu sei, já te conheço suficientemente bem para saber que não o farás. Vale de alguma coisa pedir-te para ficares sossegada?
- Não.
- Bem me parecia.
Agarrou o meu rosto entre as suas mãos e beijou-me. Eu estava transtornada de mais para me controlar. Beijei-o com ansiedade e com ferocidade, como se aquela fosse a última vez que estaria com ele, em paz.
Desejava mesmo que assim não fosse.
- Que horas são? - Perguntei, quando separámos os nossos lábios.
- Seis da tarde. A noite vai cair em pouco tempo. Temos de nos despachar.
Assenti com a cabeça, mas não me libertei dele. O tempo que tinha para estar junto dele era escasso, parecia cada vez mais importante.
- Vá lá Kelly… quando isto acabar poderemos voltar para Oregän. Não tens saudades da Halley e do Frank?
Se as tinha… custava cada vez mais estar longe deles, mas naquele instante só me importava com a segurança de Bryan, nada mais.
- Sim, tenho, mas tu és mais importante.
- Obrigado. Isso é óptimo de se ouvir. Mas vamos despachar isto, querida… e depois vai correr tudo muito melhor.
Levantou-se e ajudou-me a fazer o mesmo. Foi ao armário e tirou um conjunto de calças de ganga desbotadas e camisola azul, para senhora, e passou-mas. Vesti-me rapidamente e ele fez o mesmo, com a roupa do dia anterior. Ajeitei o cabelo - tremia sem parar, devia estar a enlouquecer - e saí com ele para a sala de estar. Bryan sentou-se ao meu lado no sofá. Peguei na mulher morta pelo pescoço e levei-o aos lábios, começando logo a beber-lhe o sangue. Tive o cuidado de deixar uma quantidade igual àquela que bebera, para Bryan poder sugar. Quando também ele acabou, levantámo-nos e seguimos porta fora.
A noite parisiense era bonita, fria mas agradável. Os candeeiros iluminavam as ruas. Apanhámos um táxi quase assim que saímos do prédio. Bryan indicou a morada de Andrea ao condutor e tentou acalmar-me durante a viagem.
O meu "coração mental" batia sem parar, descompassado, assustado. Tremiam-me as mãos, as pernas, o auto-controlo. Mesmo com o braço de Bryan em volta da minha cintura, sentia-me insegura.
O que faríamos quando estivéssemos frente a frente com Andrea? Ele saltaria para o seu pescoço, o que lhe faria? Não conseguia prever a acção de Bryan. Nunca assistira ao desmembrar do corpo de ninguém. Era um espectáculo terrorífico, disso tinha a certeza.
- Trata do Darren. Eu fico com a Andrea. - Repetiu Bryan.
O táxi parou. Solucei uma única vez. Inspirei fundo - o cheiro do condutor era mesmo delicioso - e saí do táxi, logo seguida por Bryan.
Estávamos em frente a uma mansão rodeada de árvores de fruto, uma espécie de pomar. Bryan tinha o sobrolho franzido, os maxilares rígidos e os olhos a faiscarem de ódio.
- É aqui. Tenho a certeza. - Murmurou.
O táxi afastou-se pela rua sombria e deixou-nos sozinhos em frente à casa onde morava a nossa inimiga. Inimiga essa que teríamos de destruir o mais rapidamente que pudéssemos. A nossa vida dependia disso.
- Confia em mim, Kelly. Vai correr tudo bem.
Bryan sorriu-me e tentei retribuir-lho, mas não consegui. O pânico alojara-se no meu corpo e temia não conseguir nem matar Darren. Mas não podia falhar. Bryan contava comigo.
Jenny contava comigo.

por **Laala saalvatore ;)** Dom Jun 12, 2011 5:34 pm

Aqui vai o comentário:

Eu imagino a Kelly e o Bryan se agarrando no aeroporto e as pessoas olhando ' kkkkkkkkk
Depois, lá se foi a promessa da Kelly... Coitada das mulheres, ainda elogiaram o cabelo dela, e acabaram todas mortas e sugadas!
E o que aconteceu com o Frank, o que ele falou ao telefone? Tem coisa ai, Jess, eu sei!!! E estou curiosa para saber, foi algo com a Halley?
E sim, tomara que eles matem mesmo essa Andrea, e que a Kelly acabe com o Darren. Só espero que quando chegares, o Darren já não esteja morto. E que essa andrea não faça nenhum mal a Kelly e ao Bryan, se não eu acabo com ela! :@
E eles mataram mesmo a mulher da casa ;s Imagine uma cena assim, voce esta na sua casa, abre a porta, e puuf! MORREU! Fantastico, Jess, vc sempre me surpreende, mesmo!
E Kelly, acalma-te!! Você é poderosa e diiva *--*

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[FINALIZADA] A Vingança

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