Love Never Dies

Manaaaaaaaaaaaaaaa saudades de ti
e ve se posta hj de noite rummmmmm
to ansiosa aqui
bjao mana linda
s2

Capítulo 39- Old Stories -Primeira parte
Histórias Antigas





Damon ainda dirigia rapidamente pela estrada quase deserta. Sim, quase. Porque à medida que avançava numa larga rodovia, mais e mais carros apareciam.

Mas não era isso que mais intrigava a garota loura. O que a intrigava era o fato de todos esses carros passarem por eles de farol apagado. Mas raramente algum passava a frente de Damon na velocidade absurda na qual ele dirigia.

Mas ainda assim aquele detalhe era estranho. Mesmo que fosse de madrugada e o sol ameaçasse aparecer a qualquer momento, eles não deviam usar o farol? Ainda mais com a neblina densa que parecia não ter fim.

Elena jurava que se fosse um humano dirigindo aquela Ferrari, certamente já teria batido no primeiro poste que aparecesse. Ou talvez nem precisasse de um poste.

O lábio dela ainda ardia, mas ela não se importava tanto quanto se importava á alguns minutos atrás.

Damon entrou numa estrada á direita da pista normal. Elena estranhou aquilo. Nunca tinha visto aquela pista e... Se bem que ela sequer sabia onde estava naquele momento. Damon estava dirigindo tão rápido e há tanto tempo que eles podiam muito bem estar em Las Vegas.

Uma música alta atraiu a atenção de Elena. Era tão alta que parecia perfurar seus tímpanos. Mas a batida era boa, ela tinha que admitir aquilo.

Damon parecia habituado com o local, como se já estivesse acostumado com tudo aquilo, o que só a irritou mais.

-Prestem atenção. –ele não as encarava, mas a voz era séria. –Não fiquem passeando por aí feito um bando de baratas tontas entenderam? Vocês são o que de mais perto chega a um café-da-manhã, então fiquem por perto e tentem não chamar a atenção de ninguém.

Elena não entendeu o que ele queria dizer, e pela expressão de Bonnie, a loura deduziu que ela também não tinha entendido absolutamente nada.

-O quer dizer? –a voz dela saiu lenta, como se estivesse cansada.

Damon não a encarou enquanto freava.

-Só faça o que eu mandei e não saiam de perto de mim.

Ele abriu a porta do carro, assim como Elena e Bonnie.

Damon andava despreocupado á frente, mas algo na postura dele o fez parecer meio tenso aos olhos de Elena. Como se estivesse preocupado com alguma coisa.

-Ele está bem?

A voz fininha de Bonnie soou atrás de Elena.

-Não sei. –disse a loura rudemente. –Pergunte para ele. Isso se você não pular em cima dele antes disso não é?

Elena não esperou por uma resposta, marchando a passos pesados atrás de Damon.

-Faça o que eu mandei, pelo amor de Deus! –ele a repreendeu.

-Eu não fiz nada. –Elena estava com a voz azeda.

Ele a encarou como se dissesse: ‘não fez ainda’.

-Certo, certo. –assentiu consigo mesmo. –Mas faça o que eu mandei só para variar.

-Onde me trouxe afinal? –resmungou fazendo uma careta. –Um covil de lobos selvagens?

Damon deu de ombros.

-Não exatamente isso, mas faça o que eu mandei se quiser sair daqui viva.
Elena ia retrucar, mas parou boquiaberta ao ver a casa enorme que aparecia aos poucos em sua visão.

Era velha, mas tinha sua beleza. Tinha proporções antigas, numa cor clara de creme, envelhecida pelo tempo. Uma videira subia pela lateral esquerda da casa, serpenteando até o alto de uma velha torre.

Parecia mais um pequeno castelo do que uma casa.

Damon não hesitou na entrada, simplesmente subiu os degraus de dois em dois e entrou sem cerimônia alguma, como se aquilo realmente fosse habitual. Elena praticamente teve de correr para alcança-lo.

O interior da casa era extremamente diferente do exterior! Tinha uma sala enorme com uma TV que Elena mal sabia quantas polegadas tinha aquela coisa, e luzes coloridas enfeitavam o lugar como se fosse uma festa daquelas. O som alto completava o visual meio adolescente da casa velha.

Damon olhou ao redor, olhando os rostos desconhecidos. Quantos vampiros havia naquela casa agora? Ele lembrava que quando ele passava noites ali, existiam vinte e sete... Mas olhando de uma forma geral, Damon contara sessenta e quatro.

Devia existir mais, disso ele não tinha dúvidas. Aquele era um tipo de refúgio para os vampiros que não tinham amuletos de proteção contra o Sol. Um lugar onde podiam se esconder durante o dia e simplesmente saírem para caçar quando a Lua surgisse no céu.

Damon já havia dormido ali algumas vezes. Não muitas, e não para se proteger do Sol. Dormia ali simplesmente pela companhia agradável, por ser respeitado ali. Por todos os vampiros daquela casa o respeitarem como seu superior, alguém muito acima deles. Gostava de ser temido e venerado.

-DAMON! –uma voz fininha e doce veio do interior da casa.

Damon mal percebeu quando braços delicados e finos envolveram sua cintura fortemente e um corpo frágil e pequeno foi jogado contra o seu, trazendo um cheiro adocicado de Orquídeas.

Ele se assustou por meio segundo, o corpo tenso, mas depois relaxou ao sentir o perfume gostoso que emanava de quem o abraçava.

-Oi minha pequena! –ele devolveu o abraço gentilmente, apertando o corpo pequeno com cuidado. –Quanto tempo!

Ele afastou-se gentilmente para avaliar o rosto da menina que sorria estonteantemente para ele. Ela continuava do mesmo jeitinho que ele se lembrava. Nem um ano mais velha. Os mesmos cabelos longos, lisos e negros, caindo até a cintura... Os mesmos olhos grandes com duas esferas cor de chocolate, os lábios rosados e pequenos. O mesmo corpinho pequeno e delicado. A mesma altura de antes, baixinha como sempre. Ela sequer chegava ao ombro de Damon. Ela seria uma típica garota de quatorze anos. Isso se não fosse uma vampira.

-Você me abandonou. –ela fez um bico enquanto os olhos enchiam-se de lágrimas grossas.

Damon deu um meio sorriso, lembrando-se de como ela costumava fazer chantagem emocional com ele. E no fim, sempre dava certo.

-Desculpe Keroll. –afagou os cabelos lisos e sedosos dela. –Mas não te abandonei, sabe disso!

Ela continuou fazendo biquinho, tremendo-o levemente enquanto fungava.

-Você me abandonou sim! Nunca mais me ligou, nem veio me visitar!

Damon sorriu mais abertamente para ela.

-Estou aqui agora não estou?

-Mais de meia década depois! –reclamou.

-Mas ainda assim estou aqui agora minha pequena. –ele afagou a bochecha dela. –Podemos recuperar o tempo perdido... –ele inclinou-se até chegar ao ouvido da garota, sussurrando levemente.

-Odeio quando faz isso. –grunhiu a outra de olhos fechados.

Damon riu, voltando a posição anterior.

-Duvido muito.

Ela suspirou, entregando os pontos.

-Verdade. Adoro quando faz isso. Mas não supera aquele...

-Shhhh! –repreendeu docemente. –Depois conversamos sobre os velhos tempos.

Ela finalmente se inclinou para o lado, observando a garota loura carrancuda com os lábios vermelhos.

-Namorada nova? –tentou.

Damon moveu-se incomodado, sem responder.

-Ah, entendi. –a garota deu um sorrisinho olhando para Elena de modo repreensivo. –Deveria entender o lado dele antes de julgar. Afinal, você certamente deve ter uma conta maior do que a minha de pecados.

Elena encarou a garota de olhos castanhos sem acreditar no que ouvia.

-Certamente sua lista deve ser infinita. Tipo assassinato de inocentes. –rebateu.

A garota morena deu de ombros, um sorrisinho ainda pendurado nos lábios.

-Mato sim, não nego. Mas não inocentes.

-Keroll, Keroll, ainda querendo dar uma de justiceira? –Damon balançou a cabeça negativamente, achando graça.

-Faço o que posso. –a garota deu de ombros. –E você não devia julgar quem você não se preocupa em conhecer. –tornou a olhar para Elena de modo repreensivo. –Há um Damon por baixo de toda essa parede que você nunca viu.

Ela olhou de uma forma tão doce para o vampiro que Elena apenas ficou olhando com a boca meio aberta. Damon estava sorrindo. Sorrindo como ele não sorria há bastante tempo. Como se aquela menina fizesse bem á ele...

-E você já viu, suponho. –a voz de Elena saiu entredentes.

A garota voltou a encará-la, sem a menor piedade de poupar Elena dos detalhes de seu relacionamento ‘saudável’ com Damon.

-Você nem faz ideia! –ela sorriu maliciosa. –Mas no quesito que te falei... Conheço sim. E você?
Elena não respondeu, olhando para Damon.

Ele não a encarava, olhava para a menina com um sorrisinho corrompido nos lábios, como se a frase dela lhe trouxesse lembranças boas. Oh, pelo amor de Deus! Ela era pouco mais que uma pirralha!

Mas então por que aquela garota tinha aquele olhar? Nada infantil, nada inocente! E mesmo que seu corpo fosse pequeno, Elena sentiu um tipo de ciúme ao ver Damon colocando as mãos na cintura fina da garota, praticamente delineando suas curvas perfeitas, (/nem é tudo isso, mas estou indo pelo ciúme excessivo de Elena tá? Ela deve estar meio cega) mesmo que ela parecesse tão jovem, tão inexperiente sobre a vida, Elena ficou chocada e ainda mais irritada ao constatar que no caso daquela garota, as aparências enganavam e muito.

Ela era uma vampira! Quantos anos a mais será que teria? Quantas vezes já não teria tido algo a mais com Damon? E pela cara dos dois, Elena não queria sequer imaginar.

-Mas o que faz aqui afinal? –a voz de Damon tirou Elena de seus devaneios. –Não precisa se esconder do Sol. Você ainda tem aquele amuleto que te dei não tem?

A menina ergueu o braço, mostrando um bracelete transparente no pulso esquerdo com uma pedra grande e azul no centro e vários detalhes ao redor.

-Lógico que tenho! –ela pareceu indignada por meio segundo. –Você me deu isso. Como eu ia perder? Não tiro por nada!

Ele tinha dado um amuleto de proteção para ela? Para que ela pudesse andar ao Sol?

Elena mordeu o lábio novamente, pouco se importando quando a dor começou novamente.

-Então por que está aqui? –ele arqueou a sobrancelha negra.

A garota deu de ombros.

-Gosto da companhia.

-Namorado?

O ciúme aumentou ainda mais quando Elena ouviu o tom meio irritado com o qual Damon pronunciara a palavra.

-Não! –ela riu baixinho. –Ciúmes?

-Não gosto de marmanjos mexendo com as minhas garotas. –disse simplesmente.

-Não é namorado sabe? Digamos que é um passatempo novo.

Damon sorriu para ela, um sorriso malicioso.

-O sangue dele é bom?

Ela assentiu, recebendo um olhar de aprovação de Damon.

-Te ensinei direitinho.

Ela riu cinicamente.

-Você é um ótimo professor...

-QUEREM PARAR?

Elena gritou tão alto e tão forte que sentiu a garganta arder.

-Estamos parados. –Damon deu um sorrisinho.

-Você entendeu! O que viemos fazer aqui? Veio vê-la? Se for isso já viu! Podemos ir embora?

A morena olhou para Damon brevemente com os olhos semicerrados.

-Não veio só me visitar não é?

Damon deu um suspiro pesado, dando de ombros.

-Te encontrar foi um golpe de sorte. Vim ver outra pessoa em especial... Se é que me entende.

Ela olhou para ele completamente desconfiada.

-Me admira que você não tenha visto isso. –zombou. –Perdeu seu dom?

Ela fez uma careta enorme.

-Não. Mas não fico vigiando sua vida. E você sabe que não é assim...

-É eu sei! –Damon revirou os olhos. –Só pode ver pouco tempo á frente não é?

-Mais ou menos. Mas você sabe que não gosto de usar a clarividência.

-Ainda vendo os mortos quando faz isso?

Ela tremeu levemente.

-Às vezes. Mas a Dê me ajudou muito. É mais fácil entender como isso funciona.
Elena revirou os olhos, ainda magoada por ter sido tão ignorada.

-É sério K... –ele usou um tom doce com ela. –Preciso ver sua prima.

-E eu poderia saber por quê?

Damon ficou sério, os olhos endurecendo.

-Tenho que salvar uma pessoa muito importante para mim... E acho que ela pode me ajudar nisso. Já que ela sempre ajudou.

Manaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiiii
kkkkkkk isso ai mana mostra pra lena que se ela nao cuida bem do Damon tem quem cuide kkkkkk
wonnnt mana AMEI sua conversa com Damonzito kkkkkkk
se prepare leninha que agora vc vai aprender a tratar bem nosso Damon kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
mana esperando o proximo
nao demora que to mega curiosa e to torcendo pra ter tres post kkk
bjao mana linda

Uauuu..
Eita Elena mordendo labio ..Que masoquista ela kkk.
E Bonnie toda alegrinha só pq o Damon falou que presisa dela..bobona
E esse cap com a Keroll gostei dessa menininha kkkk
Adorei a reação da Elena no dialogodos dois ..Aguardo o resto

Capítulo 40-Old Stories -Parte dois
Histórias Antigas


A garota não pensou duas vezes ao guiar Damon pelos enormes corredores da mansão. Bonnie vinha calada atrás, fascinada com a beleza estranha do lugar. Já Elena estava tão emburrada que não estava prestando atenção em detalhe algum.

Estava irritada demais com aquilo. Mais uma ‘garotinha’ de Damon! E aparentemente não era dela que ele falava antes. Era a ‘prima’ dela! Ele teve um caso com a prima dela! Prima!

Sem falar que sempre que passavam por um novo corredor, vampiros de todos os estilos falavam com Damon como se ele fosse um tipo de deus ou algo do tipo. Ele era respeitado ali, isso era óbvio. E a menina também era. Falava com todo mundo com um pequeno aceno de cabeça e um sorriso fraco nos lábios.

-Use palavras fáceis com ela hoje. –a menina continuava andando. –Ela não acordou de bom humor.

-Não se preocupe com isso. Eu posso fazer o humor dela melhorar imediatamente.

Depois eles não falaram mais nada enquanto ela os guiava por outro imenso corredor. O barulho na casa era ainda pior do que antes, mas não parecia incomodar tanto aos vampiros, como se eles já estivessem acostumados com aquilo.

Por fim eles entraram em um salão enorme, com vampiros dançando o tempo todo ao som da música alta. Pareciam alheios ao que acontecia ao seu redor.

A garota os guiou até uma mesa reservada do canto, passando despreocupadamente pelos vampiros que paravam para olhar para Elena e Bonnie. Agora ela entendia o que Damon quisera dizer com aquela história delas serem o mais parecido ali de um lanche.

Elena só pôde visualizar duas garotas sentadas na mesa, uma com um copo cheio de um líquido vermelho-vivo, e a outra com um copo do que parecia ser vinho.

A loura imediatamente enrijeceu ao reconhecer um daqueles rostos. A garota loura que estava de frente era facilmente reconhecível! Aquela atirada que havia beijado Damon naquela maldita festa! A tal Denise!

Ela estava vestida de vermelho como antes, um vestidinho vermelho colado ao corpo e com um decote cavado. Os longos cabelos louro-escuros estavam presos num rabo-de-cavalo alto, mostrando o alvo pescoço da garota e nele, um colar de ouro com uma pedra azul. Lápis-Lazúli novamente?

Ela conversava distraidamente com a outra garota sentada á sua frente, de costas para Elena e os demais. A outra garota era morena, os cabelos pretos e lisos como o da menina que vinha com Damon. Apenas um pouco mais curtos, ficando na altura dos ombros.

-Vicky, olha só quem veio te ver!

A morena ao lado de Damon o puxou pela mão rapidamente, dando pulinhos de alegria.

A outra morena, Vicky se virou imediatamente para trás, abrindo um largo sorriso para Damon. Ela levantou-se com graça, dando um forte abraço no vampiro.

-Damon! Quanto tempo! –ela apertou o rosto contra o peito do moreno.

-Realmente Vi... Muito tempo. –ele a abraçou apertado. –Senti falta de você e das minhas pequenas!

Minhas.

Elena o encarou por um instante, sem conseguir entender, até que ele deu uma piscadela para a tal Denise sobre o ombro da tal Vicky.

-Hei Dê! –disse quando a morena o soltou. –Quanto tempo! Não nos vemos desde aquela festa não é?

Ela sorriu, levantando-se e andando com um sorriso sacana em direção á ele.

-Com certeza Damon.

-Hei Damonzito! –a menina, Keroll, o chamava, abraçando-o de lado. –Você disse que era importante...

Damonzito? Quem ela pensava que era para chamar Damon daquela maneira tão... Tão... Tão... Íntima e depravada?

-Oh, sim...

Ele olhou para a tal Vicky, e Elena ficou mais enciumada do que antes.

Será possível que só existiam mulheres bonitas em torno de Damon?! Aquela garota tinha cabelos lisos, sedosos e negros, batendo até a altura dos ombros. A pele dela era clara, o corpo perfeito e esguio... E que roupa era aquela? Um vestido curto, preto, com decote em V... Será que elas tinham que se vestirem de forma tão... Tão... Depravadas?

Foi aí que ela finalmente prestou atenção no vestuário da tal Keroll. Ela não usava um vestido, mas sim uma calça de couro preta, com uma blusa também de couro e da mesma cor. Ambas as peças coladas ao corpo.

Será possível que até ela era tão... Ousada?

-Vi, preciso da sua ajuda. Aconteceu uma coisa, e eu não sei exatamente como resolver. –ele suspirou. –Acho que envolve uma coisa que eu desconheço. E talvez você possa me ajudar. Na verdade... –ele olhou para as três. –Vocês todas.

As três arregalaram os olhos, surpresas com aquilo.

-Eu? –Denise parecia insegura.

-Você é uma bruxa Dê. Tenho uma bruxa aqui, mas ela ainda precisa treinar... Então preciso que me ajude...

-E eu? Você não precisa de mim né? –Keroll parecia ainda mais insegura que a outra.

-Você pode ver o futuro se quiser. E sabe de coisas que ninguém mais sabe! Vê coisas que ninguém mais vê!

-Mas para isso... Eu teria que ver aquelas coisas de novo! –choramingou.

Damon deu um suspirou pesado.

-Eu sei... E não vou te forçar a nada. Eu sei que não gosta de ver o que não deveria ver. Mas preciso de você minha pequena...

Uma careta de dor passou pelo rosto dela, mas a garota deu um suspiro, erguendo o queixo, completamente decidida.

-Não se preocupe com isso. Eu sempre vou ajudar você. E isso não está em negociação.

Damon sorriu para a garota, orgulhoso de certa forma.

-Obrigado minha linda.

-E eu não vou nem perguntar... –Vicky o encarou divertida.

-Você pode ser mais nova, mas ainda assim sempre soube do mundo sobrenatural. Leu tantos livros, sobre tantos assuntos que te tornou a melhor expert nesse assunto. Preciso de você Vi. De todas vocês. Você Dê, com sua magia. Você K, com seus dons especiais. E você, Vi, com seu conhecimento.

-Me convenceu Damon. –a morena de pele clara sorriu. –Conte-me os detalhes.

-Não sei tudo, mas sei o básico.

Ela assentiu.

-Que tal me contar os detalhes que te deixaram desconfiado?

O vampiro assentiu.

-Primeiro estranhos desaparecimentos e assassinatos. Isso sim é bem esquisito. Bem... O clima às vezes parece mais frio e do nada fica mais quente. Isso não faz muito sentido... E tem aquela garota que vi na floresta. Só vi uma vez, mas ela me deixou curioso...

Elena mordeu a língua para não reclamar.

-Como ela era? –a tal Vicky não parecia se importar pelo fato de Damon estar falando de outra mulher bem na frente dela.

-Bem... Os cabelos dela eram num tom estranho de cobre, algo assim. Era branca, e os olhos pareciam mudar de cor... Era magra, não muito alta, cabelos longos...

-Não me é muito familiar... Meninas? –ela olhou para as outras duas.

-Eu acho que sei quem pode ser. –Keroll estava com os olhos semicerrados. –Mas a questão é o quê ela está fazendo aqui.

-Quem é ela? –Damon perguntou curioso.

-Vanessa Radcliffe. Ela meio que fez uma coisa que não deveria. E por isso foi condenada á morte pelos parentes da ruivinha.

-Meus parentes? –Bonnie falou pela primeira vez. –Os Druidas?

A outra assentiu.

-Pelo que sei, ela era sedenta demais por poder, então usou uma magia proibida retirando um dos selos de magia negra que existiam no mundo. Esse selo era importante, pois dava equilíbrio nas forças do bem e do mal por assim dizer. Ela o rompeu, e para fazer o ritual necessário, roubou a alma de treze crianças entre zero e dois anos para realizar um círculo de almas puras. Apenas o sangue e a alma da bondade e da pureza, poderiam romper o selo e assim liberar toda a magia negra escondida no interior da terra primitiva.

Elena piscava sem conseguir entender direito.

-E ela conseguiu esse poder? –perguntou finalmente.

A morena apenas negou com a cabeça.

-Parte dele sim. A outra parte foi retirada pelos Druidas, e de uma forma muito dolorosa. A parte final seria a morte definitiva dela... Mas algo atrapalhou tudo e ela está viva até hoje. Mas os Druidas não a encontraram nunca, então apenas desistiram com o tempo.

-O que mais você sabe Damon? –Vicky parecia ansiosa.

-Bem, pra começar acho que talvez Katherine esteja com essa garota esquisita. E as duas roubaram o corpo de uma amiga de Elena que foi assassinada. E pelo que o idiota do meu irmão disse, também sequestraram uma ruiva da escola... E também... Margaret.
Ela o encarava preocupada.

-Quem é essa Margaret? Quantos anos ela tem?

Ele deu um suspiro.

-Três e meio.

Ela prendeu a respiração, enquanto as outras apenas se mantinham caladas.

-Damon... Ela é importante para você não é? –perguntou afagando o rosto do vampiro.

Damon demorou meio minuto para responder.

-É sim. Muito. E eu fiz uma promessa Vi. Eu não vou deixar que ela morra.

-E agora eu te prometo Damon: Vamos ajudar você até o fim.

Ela falou com uma convicção tão forte que não havia como duvidar daquilo.

-Faço minhas as suas palavras Vicky. –Denise tocou o braço do vampiro gentilmente. –Por você vou até o fim, sabe disso.

Ele sorriu para elas. Nunca tinha recebido tanto apoio quanto naquele momento. De garotas que deviam odiá-lo com todas as suas forças por tê-las abandonado, por tê-las usado... Apenas se aproveitado de cada uma delas. E ainda assim elas estavam ali com ele. Estavam ali para ele. E estavam topando qualquer maluquice que ele pedisse naquele momento. Até estavam se comprometendo em ajudar alguém que sequer conheciam, como Margaret.

E isso era tão... Verdadeiro. Por que ele não podia sentir algo bem mais forte como ele sentia por Elena por aquelas garotas? Elas não duvidariam dele. Nunca o julgariam daquela maneira como Elena o julgou. Nunca olhariam nos olhos dele com repulsa... E jamais diriam que ele era um assassino.

Seria tão fácil amá-las como ele amava Elena. Então por que ele não conseguia? Por que ele não sentia algo mais profundo?

Ele amava todas elas a sua maneira. Talvez da mesma forma que amasse, ou quase, a pequena Margaret.

Então ele percebeu que faltava uma se pronunciar.

-K? Eu vou entender se...

Ela o silenciou, colocando o dedo indicador em seus lábios.

-Eu sei que vou me dar mal nisso Damon. Estou ciente dos riscos e do que pode acontecer. Todas nós estamos. Mas não vamos deixar você enfrentar sozinho um bando de malucas! Estamos com você Damon, para sempre. Não esqueça que temos um tipo de ligação de sangue. Você me criou, e criou Vicky também. Denise pode ser humana, mas ainda assim partilhamos do mesmo amor por você. Não é agora que vai se livrar de mim ou delas.

Ela apontou para as outras duas que assentiram e sorriram em concordância.

-Estamos aqui com você baby. –Vicky piscou.

-Pode contar conosco Damonzito.

Elena observava a cena completamente sem reação. Elas o entendiam... Elas cuidavam dele. Estavam prometendo cuidar dele, irem até o fim por ele... E salvar alguém que sequer conheciam, apenas confiando no julgamento dele se a pessoa valia ou não a pena ser salva.

Coisas que talvez ela jamais fizesse por ele.

-O que mais te aflige Damon? –Vicky tornou a perguntar, séria dessa vez.

-Não é nada demais. Não criem caso por isso...

-Damon. –Denise o encarou.

-Te conhecemos Salvatore. Desembucha. –Keroll o encarava preocupada.

Damon revirou os olhos.

-Parecem minha mãe. –resmungou.

-Fala logo! –Denise insistiu.

-Tinha um pirralho lá. –Damon por fim falou. –Não sei quem era, mas era estranho. E eu tive a sensação de que o conhecia... Mas isso é improvável. E ele sentiu quando eu senti que Elena estava em perigo. Ele sabia que eu estava dividido. E disse que me conhecia melhor do que eu mesmo.

As três se entreolharam, pensando instantaneamente numa resposta.

-Um mentalista talvez? –sugeriu Denise.

-Pode ser. –Vicky assentiu. –Ou pode ser um vampiro também... Quem sabe?

-Como ele era? –Keroll disse por fim.

Damon só precisou de um segundo.

-Era uma peça rara, admito. Pálido, muito pálido, vestia roupas pretas e uma capa enorme com um capuz. Tinha olhos negros, mas tive a sensação de que mudavam de cor também. Tinha cabelos negros que por incrível que pareça, pingavam sangue. E o mais estranho é que não passava de um garoto de quatorze ou quinze anos. Não sei ao certo.

-Espera aí! –Vicky arregalou os olhos. –Cabelos pingando sangue? Criança? Sentiu o que você sentiu e ainda teve a sensação de que o conhecia?

Damon assentiu.

-Ele era um demônio?

Vicky deu de ombros, ainda assustada.

-Não sei ao certo Damon, mas o que você viu não era uma criança comum, e nem um ‘demônio’ comum. Há uma razão para que ele esteja aqui, e coisa boa não é. E se você acha que o conhece, e ele disse que conhece você melhor do que ninguém... É porque de fato vocês se conhecem sim. E partilham um laço forte de alguma coisa...

-Como isso aconteceu? –perguntou desconfiado. –Quem é aquele anão?

-Ele não é um anão Damon. Você não devia nem brincar com isso. –ela falou de forma sombria. –Ele é Aodh. O deus celta do fogo e da morte.

Meninas o prxm só amanhã tá? Bjins!

Minha mana lindaaaaaaaaaaa
adorei
e uau a mamy fez algo realmente ruim
e soube escapar direitinho ainda ne kkkkkk
adorei rever Damonzito e ainda mais poder ajuda-lo
ja mencionei o tanto que gosto das suas descriçoes mana? kkkkkkk me adoro na sua fic kkkkkkk ainda mais por ter o Damon tao perto kkkk
pode deixar Damon eu a mana e a dinda iremos te ajudar sim, com todo prazer
e com certeza entendemos nosso damon e nunca iriamos julga-lo igual a elena fez
ate que enfim ela começou ao menos se tocar do erro que cometeu rummmmmmmmm
manaaaaa adorei, adorei, adorei
eu sou uma bruxa \o/ kkkkkkk
e seus caps tao cada vez mais incrivel
fico cada vez mais viciada mana aiaiaia
ansiosa pela cont mana
te amoooo
bjao

Mãe , tá mto boom!...
O Aodhh é um deus?
Quer diser q o fim do Damon tá próximo ou algo assim?
Por isso ele conhecia o pirralho...
Beijinhosss...

msninha, mals pela demora, mas né...
eu sou mtmtmtmtmtmt atrasada, e nem tava em casa, aí complica!
enfim... amei amei!
nossa, a Elena ta pedindo pro Damon se irritar mesmo!
Elena, deixa de ser burra, please?
mas agora ela ta percebendo que ta sendo idiota, que mancou, que ta se dando mal...
ela merece sofrer um pouquin.
e a Bonnie é uma fura olho mesmo, pelamor!
pelo menos ela não ta tooooda enciumada por causa das outras meninas né...
e as meninas aceitaram ajudar ele incondicionalmente... subiram mtmtmtmtmtmt no meu conceito.
Elena devia ser assim tbm!
Damon e Aodh tem ligação? medo!
amei, maninha do <3.
sempre perfeito né...
quando tem mais amr? não demora, pq eu preciso de unhas, e se demorar eu não vou ais ter-las.
amucê maninha linda!

Kerolll du céu!!!
oque é isso menina??
quer me matar??
amei post duplo..
por mim seria triplo, quadruplo, quintuplo e por ai vai.. mais tds nós temos responsábilidades né?? (infelizmente)
Leninha se ferro, agr vai ter que correr atrás do prejuizo.. kkk
Agr a concorrerncia amumentou da Bonnie pra tres vezes mais, (isso se for pouco, pela a quantidade de mulheres que Damon já teve, ela tá ferrada)
Aiinnn que fofo, ele gosta mt d vdd a Marg, quem nao gosta daquela fofuxa..
Aogh é fod@.. Deus celta do fogo e da morte? humm menino.. Tá podendo Heim?? kkkkk
Keroll my Sweet girl, quer mais loguinho, nem que tenha que ir na sua escola e caçar um por um dos seus professores.. onde já se viu?? me deixar na seca desse jeito??
Isso nao é coisa que se faça..
Bjoooss minha linda... Amo a fic e nunca iria abandorar tao cedo..
Love U girl..

Keroll,
Adorei o cap.
Ah, eu acho Bonni e Damon fofos no livro
Mas nada nunca vai se comparar a Delena
Por favor, Elena se toca!
Bjs

Adorei essas meninas do Damon kk
Eleninha não ta com nada contra elas kkkk
OMG Damon tem um laço com Aold????
OMG poste logo ..

aiii.. que resposta mais fofa que vcme deu.. amei my honey
ahh éso 6 esqueci da Kathy e d Vanny.. kkkk
o Aodh é d++ msm.. mtmtmtmtmtmt msm... TEAM AODH.. kkkkkk
é msm... menina tu apece a Alice cullen de crepusculo vendo o futuro assim.. kkk
vou caçar ele sim.. pode deixar que aprof d história se livra.. ugosto dos meus prof.eu só nao gosto das matérias.. kkkk
nao vou te abandonarñ, jmais, never....
sério.. msm se a fic fosse ruim (o que nao é) eu nao abandonaria.. vc é mt Sweet e honey.. nao te abandonaria... bjsssmy litlle beaty.. fofuxa d++
LOVE U!!!!!

Capítulo 41- Old Stories -última parte
Histórias antigas



Damon caiu na gargalhada sem mais nem menos.

-Qual é a graça Damon? –Denise se controlava para não rir junto com o vampiro.

Ele respirou fundo, limpando uma lágrima que quase saiu de seus olhos de tanto rir.

-Fala sério Vicky! –Damon encarou a morena que tinha as sobrancelhas unidas de confusão.

-Sobre o quê? Do que você está rindo?

Ele balançou a cabeça negativamente.

-Ah, qual é! Vai dizer que esse tal de André tem uma reputação tão legal? Ah, fala sério Vi! Ele é um moleque!

A garota não estava achando a menor graça.

-Damon, não estou de brincadeira. E o nome dele é Aodh, e não André. E se engana se acha que ele é uma criança, pois essa é a última coisa que ele seria.

O vampiro finalmente parou de rir.

-Não tem como leva-lo á sério com um nome desses, vamos combinar!

-Pode ser que esse nem seja o nome verdadeiro dele Damon, como saber? Mas era assim que os celtas o chamavam. Aodh.

-E quem é essa coisa? –Elena deu um passo inseguro em direção ás garotas. –O que ele faz com minha irmã?

A morena avaliou Elena com os olhos semicerrados.

-Conheço você? –perguntou confusa.

Elena a encarou também confusa.

-Acho que não.

-Não é que... Eu tive a sensação... Ah, deixa pra lá. –ela revirou os olhos. –Dê, pode pegar aquele seu livro enorme? Aquele que contém as histórias narradas pelos Antigos?

A loura encarou a amiga com os olhos meio arregalados.

-Por que aquele livro Vicky? Você disse para que eu não o usasse. Que continha histórias proibidas e magias...

-Eu sei Dê, eu sei. –ela assentiu. –Mas é o livro mais velho que nós temos. É lá que estão algumas coisas sobre nosso novo visitante.

A outra deu de ombros, assentindo.

-A questão é achar. –suspirou. –Keroll, pode me dar uma dica?

A outra morena fez uma careta, mas assentiu.

-Olha Dê, você sabe há quanto tempo não uso isso, então... Tenha paciência. Pode não funcionar da primeira vez.

A loura revirou os olhos.

-Já te expliquei como funciona né?

-E você sabe que eu não uso.

A loura deu de ombros.

-Não vai ver o que não queira.

A morena fuzilou a loura com os olhos.

-Lógico! Não é você que tem que ficar vendo aquelas coisas horrorosas!

-Você supera isso querida. –a loura sorriu. –É pelo Damon, lembra?

A morena fez uma careta enorme, olhando de relance para o moreno que sorria para ela.

-Oh Deus! É até pecado ele ser tão gostoso! –sussurrou como se lamentasse. –Tá! O.K! Vou tentar!

Ela fechou os olhos lentamente, tentando se concentrar na imagem de Denise e do tal livro que ela tinha a intenção de procurar. Era complicado. Keroll não sabia exatamente como manter o controle entre o real e o mundo onde os Outros ficavam. E tinha que tentar manter uma imagem estável o suficiente para que ela mesma pudesse entender, e não flashes sem sentido que ela geralmente fazia.

Aos poucos ela sentiu a familiar vertigem que sempre sentia quando tentava fazer aquilo. A sensação de estar flutuando no espaço, sem chão, sem onde pudesse se apoiar ou se agarrar caso precisasse. Num momento, todas aquelas pessoas haviam sumido, e em sua mente apenas imagens correndo sem sentido passando todo o tempo.

Ela se viu sozinha no escuro, apenas as imagens passando ao seu redor.

Denise. Insistiu ela. O livro que Denise vai procurar. Onde está? Onde ela vai encontrar?
Sua mente parecia não querer cooperar, voltando para a realidade aos poucos.

A garota travou a mandíbula, fechando as mãos em punhos enquanto tentava obrigar sua mente a entrar naquele estado de transe novamente.

Dessa vez, porém, ela conseguira o que tanto queria.

-Me deve uma das grandes Damon. –sussurrou abrindo os olhos.

O vampiro que estava tenso apenas observando-a desde que tentara ver o que Denise queria, relaxou com um sorrisinho de canto pendurado nos lábios perfeitos.

-Te pago quando quiser.

-Foco! –Vicky se meteu rapidamente. –Eu sei no que isso vai virar. Então... Onde está o livro?

A outra morena assentiu.

-Segunda prateleira da esquerda, na última fileira de cima, ao lado do livro da Dê sobre fantasmas e almas pagãs. –disse satisfeita.

-Na última? –Denise franziu a testa com uma careta. –Vou demorar meio século para pegar!

-Isso é o que dá ser uma bruxa sem vassoura. –Keroll revirou os olhos.

Denise fuzilou a garota com os olhos.

-Eu. Não. Uso. Vassoura. –sussurrou entredentes.

-Claro que não! –a menina deu um sorrisinho cínico. –Desde que ela quebrou em pleno ar por você ter batido em uma árvore você tem trauma de voar de vassoura. Melhor usar o rodo.

Elena fez uma careta enorme. Aquela garota certamente tinha aprendido algumas coisinhas nada divertidas com Damon. Tipo aquela piada sem-graça que tinha acabado de falar.

-Ah, vamos logo sua anã de jardim em miniatura! –a loura puxou a garota pelo braço escada acima.

-Claro vassourinha, claro. –a menina sorria enquanto se deixava levar pela outra.

Elena ficou encarando a escada por onde elas tinham sumido por um certo tempo, antes de ver Damon e Vicky conversando animadamente. Aquilo só a irritou ainda mais do que antes.

-Achei que não fosse te ver mais! –ela sorria para ela.

-Eu sempre volto não volto? –ele fingiu-se de magoado. –Não ia esperar por mim Vi?

-Lógico que eu ia! Ou vou... –ela olhou para Elena e sussurrou para ele: - Mas você já tem outra.

Damon deu um suspiro pesado enquanto falava entredentes.

-Não sei se as coisas são assim.

A morena arqueou a sobrancelha esquerda.

-Ah, jura Damon? Então que cara é essa de cão que chupou limão?

-Eu não estou com cara nenhuma Vicky. –revirou os olhos.

-Está sim, mas finge que não. O que ela fez?

Dessa vez, a morena estava com os olhos semicerrados.

-Nada. –o moreno disse ainda de mal humor.

-Fala logo Salvatore!

-Não foi nada Vicky! Eu dou um jeito nisso, mas só depois.

Ela o ignorou, indo para perto de Elena.

-O que você fez? –perguntou na lata.

Elena se assustou com a proximidade da morena. Não gostava dela mais do que gostava das outras garotas. Para ela, todas elas eram um bando de atrevidas, atiradas e indecentes que Damon tinha arranjado por aí.

-Eu não fiz nada. –o modo como Elena dera ênfase à palavra, indicava que ela culpava alguém sim.

-Oh, entendi. Então deixe-me reformular minha pergunta: O que você acha que ele fez?

Elena encarou a morena ainda irritada.

-Eu não acho nada. Ele fez e ponto.

Damon olhou para ela por uma fração de segundo, os olhos negros ardendo de fúria. Mas assim que percebeu que ela o encarava, ele virou a cara para o lado oposto.

-E você tem provas de que ele o fez?

-Minha irmã está aqui? –rebateu azeda.

-E quem é sua... –Vicky deixou a frase morrer enquanto compreendia. –Ah, pelo amor de Deus! Pare de ser tão mesquinha e hipócrita!

Elena se assustou com aquilo.

-Como é que...

-Você ouviu bem sua egoísta mimada! Damon está aqui para salvar sua irmã! A garotinha, Margaret, que foi levada por Aodh! –ela estava furiosa, os olhos castanhos assumindo um tom quase de vermelho, enquanto seu rosto mudava aos poucos, mostrando o monstro que existia dentro dela. –Ele está fazendo de tudo! De tudo! E você ainda acha que sabe de alguma coisa! Pelo amor de Deus, pare de só pensar em você e em como você se sente e comece a pensar nele também! Porque caso ainda não tenha percebido, ele pensa o tempo TODO em você! E ele está aqui, querendo enfrentar um tipo estranho de demônio só para ajudar sua irmã! Acha que ele não corre perigo com isso? Acha que Damon não pode morrer? Pois vou te contar uma coisinha: ele pode morrer sim! Porque caso ainda não saiba, Aodh não está sozinho. Ele tem mais seis irmãos com ele! Seis criaturas parecidas com ele!

A loura não conseguia falar, os olhos arregalados pela reação da morena. Ela estava tão brava daquela maneira por causa de Damon?

-E você ainda desconfia dele? –Elena viu a ponta das presas dela separando seus lábios levemente. –Ele é que deveria desconfiar de você! Como por exemplo, por que mesmo tendo sido atacada por alguma coisa você não tinha ferimentos e...

-Chega Vi! –Keroll estava entre ela e Elena, segurando a morena pelos ombros. Ela era bem mais baixa que Vicky, mas ainda assim conseguiu contê-la. –Francamente, saio por cinco minutos e vocês já se preparam para refazer o cenário da Segunda Guerra Mundial?

-Você não sabe o que ela fez pra ele. –a morena mais alta rosnou para Elena.

-Eu sabia que ele tinha sido uma panaca com ele. Só não sabia como. –corrigiu a morena mais baixa. –Além do mais Vi, esse é um assunto dela e do Damon. Não temos que nos meter. Pelo menos por hora.

Denise vinha descendo as escadas ofegante, com um livro grosso de capa vermelha nas mãos.

-O que... Eu... Perdi? –sussurrou sem fôlego.

-Nada. –Keroll jogou os cabelos para o lado. –Vamos ver essa droga de livro logo. Vi, você vai na frente.

-Não vou mata-la Keroll. –a morena revirou os olhos, olhando para a outra.

-Melhor prevenir do que remediar. –disse simplesmente. –Anda logo. Damon não ficaria contente se você fizesse da cara dela um sapato novo. Eu sei que a tentação é demais sabe?

-Ela tem razão Vi. –Denise olhou para Elena de cara feia. –Eu já pensei em atirá-la de um penhasco. Só não fiz isso ainda por Damon.

Por mais que Elena sentisse medo, ela ainda sussurrou para a menina morena à sua frente:

-Obrigada.

A garota a encarou por um breve segundo.

-Não agradeça ainda. Eu disse que não faríamos nada por hora. Me irrite, ou fale daquela maneira dele novamente, que aí sim você terá problemas.

***

-Átkozott! Az átkozott pióca!

Margaret olhou para Aodh ainda meio assustada por seu novo ataque de fúria.

-Odeio quando você fala assim. –sussurrou com uma careta. –Eu não consigo entender.

-Entender? Claro, por que não? –a voz dele se elevou enquanto ele grunhia furioso. –MALDIÇÃO! MALDITA SALGUESSUGA!

Ah, então era aquilo que ele estava falando...

-De quem está falando A.D? –perguntou ainda o encarando.

-Daquela vagabunda e... –ele parou sua caminhada colérica. –Do que me chamou?

A voz dele não estava mais irritada, mas sim confusa. Muito, muito confusa. E a expressão dele a divertia. Os olhos meio arregalados, meio fechados, a testa franzida, os lábios num tipo de biquinho. Os cabelos caindo sobre os olhos, enquanto gotinhas vermelhas ainda caiam das pontas. Mas por incrível que parecesse, nunca sujavam o rosto dele.

-A.D. –repetiu sorridente.

-Quem está xingando quem agora? –sussurrou ainda meio confuso.

-Xingar? –a menina pareceu ofendida. –Não, não! Não estou xingando! É um apelido! Um nome menor ou mais carinhoso do seu próprio nome. O meu é Maggie, ou Marg, ou Mag, ou anjo. Mas esse é do tio Dam.

-Tio Dam? O sanguessuga? –ele arqueou as sobrancelhas negras.

-Sim. O nome dele é Damon, mas eu o chamo de tio Dam! E às vezes ele chama minha mana Elena de Eleninha, ou Lena, Leninha, ou Elle, Lelê...

-Tá, tá! Ele a chama de muitas coisas. –ele fez uma careta. –E o que isso tem a ver comigo?

-Seu nome é complicado. –explicou tímida. –É só uma abreviação. Não achei que você fosse me deixar te chamar de Aodhzinho mesmo...

-COMO É? –ele praticamente gritou, a voz fazendo eco. –Garota, olha pra mim!

E ela olhou. Não com tanto medo como costumava ter antes. Estava acostumada com aquele rosto. Tanto que já se tornava familiar para ela. Os mesmos olhos negros, os lábios pálidos, a pele branca, os cabelos negros e lisos bagunçados. Ela não via nada demais.

-Eu não sou um humano garota! –a voz dele era fria e controlada. –Meu coração não bate, e acho que sequer tenho um. Eu não sou vivo, e nunca vou ser. Isso que você vê, essa forma que uso... Eu posso ser o seu pior pesadelo. A razão pela qual você se encolhe à noite por ver a escuridão de seu quarto. Não sou bom Margaret, e você tentar enxergar alguma coisa boa dentro de mim é seu maior erro. Não seja estúpida. Eu não sou seu amigo. Nós não somos amigos. Você vai morrer entendeu? É isso que vão fazer com você! E meu trabalho depois de te deixar com Vaanny será simplesmente impedir que Damon chegue até você á tempo. Comece a contar seus segundos Margaret, pois a ampulheta do tempo começou a escoar contra você.

Ela não conseguia falar, a voz presa na garganta.

-Você... Vai... Me... Matar?

-Eu não. Mas vou deixar que façam. Isso é ser humano, Margaret? Assistir ao assassinato de pessoas ‘inocentes’? Ouvi-las gritando e gritando por socorro e se deliciar com isso? Eu não me importo com nada e com ninguém. Então pare de tentar fazer com que eu pense que me importo! Você vai morrer, fim da história. A humanidade morre, e nós reinamos. É simples assim!

-Agora eu sei por que ela te deixou! –gritou entre lágrimas.

Aodh entendeu na hora o que ela quisera dizer.

-Você não sabe de nada. Cala essa boca antes que eu arranque sua língua.

-Ela deixou você porque você era e é egoísta demais! Mau demais! Você tenta repelir qualquer bem que tentam fazer para você! –ela fungou enquanto chorava. –Você não quer aceitar os fatos Aodh! Não quer entender! Ela deixou você porque você não podia dar a ela o que ela queria! O que ela precisava! Você disse que o maior erro dela foi ter amado, e realmente deve ter sido! O maior erro dela foi ter amado você, se prendido a alguém que não podia dar a ela o que ela precisava! Ela queria amor Aodh, mas você só deu amargura e sede de poder!

-Você não sabe de nada! –gritou para ela, os olhos tornando-se vermelhos. –Eu sempre cuidei dela! Sempre fiz tudo o que ela queria! Eu não matava, por que ela sempre me encarava com ódio quando eu fazia algo assim! Ela tentava me mudar, me fazer ser alguém que eu não era! Que eu não sou! E ela não me amou! Ela amou um maldito de um miserável humano!

Ele empurrou Margaret com força, fazendo-a cair em pleno ar.

Ela gritou alto, o vento passando rapidamente por ela. Até que ela se viu levitando novamente, com Aodh parado de pé com os olhos negros cintilantes.

-Eu sei o que você é... –disse de repente, encarando-o meio assustada. –E você não é um monstro. Você quer ser um, mas não pode ser! Por que você...

-Querido, chegamos! -uma voz animada entrou na campina, fazendo Aodh suspirar e Margaret fechar os olhinhos com força.

Continua...

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