Re: [FINALIZADA] The Choice

por bikatriz Seg maio 02, 2011 7:14 pm

Jess, como sempre
amei este capitulo

Pobre da Victoria
agora fiquei com pena dela

Concordo com a Jenny
a kath e a vicky amigas????

Acho que nem em sonhos

E não pode ser verdade quando
a Kath disse que se a Vicky
falasse com ela, soltava-a
pois não????

Eu gosto muito Rosileb
apesar de me dar raiva
por vezes
não quero ninguem a destrui-los

Amanha quero ler mais viu?
Beijãooooo damiga
P.S.

Spoiler:

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 1:28 pm

oiee meninas

bem, como eu vejo que estao gostando, vou postar mais um capítulo ta bom?
de volta aos flashbacks ^^

alguem aí quer ler?? digam e eu posto

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 2:21 pm

já cheguei!!! quero ler o próximo!! xDDD

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 2:22 pm

JENNIFER escreveu:já cheguei!!! quero ler o próximo!! xDDD

ta bom Jenny vou postar pra voce:
espero que goste

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 2:24 pm

Capítulo 9

Kaleb

Berlim, mansão de Klaus, 2004

Bem, ela era mesmo linda! Até fiquei sem jeito junto dela. Mas Victoria estava ali como convidada, e eu queria que ela se sentisse à vontade. Marcus ajudou imenso nisso.
- Então, já sabes qual vai ser o teu quarto? - Perguntou-lhe, de um modo muito gentil, para a deixar à-vontade.
- Sei. Acho que é a terceira porta do lado direito do corredor dos quartos. - Disse ela, sempre com aquele sorriso lindo.
- Ah, é ao lado do meu! - Respondi, sorrindo também.
- Ainda bem. É bom saber que não vou ficar longe de vocês. Mas afinal quem são aqueles senhores, o Mr. Garrett e o outro que estava com ele? - Perguntou ela, muito curiosa.
- Bem, eles são quem toma conta da casa e de nós. Pertencem a um grupo, chamado Irmandade de Klaus.
- Ah… porque é que tem esse nome? - Perguntou ela, e parecia cada vez mais curiosa.
- É uma história muito comprida. E nós estávamos a jogar à bola… não te importas de ficar a assistir? Depois podemos brincar a outra coisa qualquer. - Disse Marcus, encolhendo os ombros.
- Mas não posso jogar convosco? - Pediu ela, com um ar muito confiante.
- Uma rapariga a jogar futebol? - Ri-me, espantado.
Ela lançou-me um olhar fulminante e pôs as mãos nas ancas.
- Se achas que não consigo acompanhar-vos espera só para veres!
- Então está bem. Mostra-nos lá o que vales. - Cedi, queria ver do que ela era capaz.
E arrependi-me mesmo de ter achado que ela não tinha jeito para aquilo. Victoria tinha uma agilidade incrível, e sabia todas as técnicas de jogo. Parecia uma profissional. Foi muito emocionante jogar com ela, e Marcus partilhava da minha opinião.
Fomos interrompidos quando Mr. Torrence, um dos nossos "tios" da Irmandade de Klaus, chegou ao jardim e se deparou connosco e com Victoria a jogar. Foi nesse momento que ela fez um passe fantástico e marcou um golo memorável. Gritou de alegria e rodopiou à nossa volta, mesmo extasiada, mas depois reparámos na presença de Mr. Torrence e até mesmo ela ficou estática a olhar para ele.
- Olá meninos. Vejo que se estão mesmo a divertir. - Disse ele, com um sorriso, mas a olhar muito intensamente para Victoria.
- Sim… a Victoria estava a mostrar-nos que sabe mesmo jogar bem futebol. - Respondi, lançando-lhe um sorriso agradado.
Ela corou imenso mas não conseguiu impedir-se de sorrir também.
- Pois, eu reparei… costumas jogar, Victoria? - Perguntou-lhe Mr. Torrence.
- Não. Na verdade não joguei assim muitas vezes… mas toda a gente diz que tenho jeito com o desporto. - Encolheu os ombros modestamente.
- Hummm… que interessante… bem, eu vim avisar-vos que Ms. Gabborn fez chá com biscoitos para vocês. Se tiverem fome podem ir comer.
- Ah boa, chá e biscoitos! Anda daí Victoria, vais adorar os biscoitos da Ms. Gabborn, ela é a melhor cozinheira do mundo! - Disse Marcus.
Seguimos todos atrás de Mr. Torrence até à cozinha lá de casa. Quando entrámos o cheiro a biscoitos acabados de fazer fez-me crescer água na boca. Agora que reparava, estava mesmo cheio de fome. Sentei-me ao lado de Marcus e Victoria à mesa de madeira, e uma das criadas colocou a louça e a toalha na mesa e depois trouxe o prato com os biscoitos de chocolate e as chávenas com chá fumegante.
- Serve-te primeiro, Victoria. Acho que vais gostar muito destes, são os meus biscoitos preferidos. - Disse-lhe, estendendo o prato para ela.
Victoria pegou num e comeu um bocado. Os seus olhos verdes e muito cintilantes arregalaram-se de espanto.
- Uau, são deliciosos!
- Já sabia que ela ia gostar. - Riu-se Marcus, e depois nós dois começámos a comer também.

A vinda de Victoria para a nossa casa foi o melhor que nos podia ter acontecido. Marcus e eu adorávamos tê-la por perto. Os primeiros meses que ela passou connosco foram recheados de manhãs passadas a brincar no jardim e nos campos da propriedade do meu pai, e as tardes passadas na biblioteca a estudar, para quase ao anoitecer irmos jantar e depois irmos de novo brincar para o jardim ou para a sala de estar. Victoria alinhava em todas as nossas brincadeiras, e a nossa amizade evoluiu muito depressa porque estávamos juntos todos os dias a toda a hora, fazíamos tudo juntos, quase como o Harry, o Ron e a Hermione. Tal e qual, não havia caso mais parecido com o nosso. Com a diferença de que Victoria não era tão estudiosa nem convencida como Hermione, ela era… simplesmente incrível em tudo o que fazia.
Tinha jeito para todos os desportos, subia às árvores e era tão desembaraçada como eu ou Marcus a fazer as tarefas que nós achávamos que ela nunca seria capaz de desempenhar.
Uma vez a bola com que estávamos a jogar andebol foi parar ao telhado da nossa casa e nós ficámos todos com receio de irmos contar isso aos criados, porque eles iam logo começar a resmungar, mas então Victoria teve a ideia de irmos nós mesmos lá buscá-la. E antes que pudéssemos impedi-la ela correu à volta da casa até uma zona onde se conseguia trepar com relativa facilidade e começou a subir pela parede acima, apoiando-se nas heras e outras plantas e também nos rebordos de pedra, e depressa chegou ao telhado, enquanto eu e Marcus estávamos cá em baixo, estupefactos a olhar para ela.
- Pronto, já a tenho! - Disse ela, e lançou a bola directamente para as minhas mãos.
Depois voltou a descer, ainda mais depressa do que tinha subido, só que quando chegou cá abaixo apareceu Ms. Gabborn e começou logo a ralhar connosco, completamente passada da cabeça por Victoria ter subido ao telhado, e levou-nos logo a Mr. Torrence e Mr. Garrett para ver o que eles iam fazer connosco.
Eles os dois ficaram muito surpreendidos por saberem que Victoria tinha conseguido trepar sozinha pelo telhado acima, e acabaram por nem nos castigar, só disseram para termos cuidado e não voltarmos a fazer isso, que se fosse preciso ir buscar alguma coisa ao telhado eles mandavam lá um dos criados. E depois disso voltámos a ir brincar para o jardim.
E o tempo passava. Tanto eu como Marcus encarávamos Victoria como uma irmã. Ela era sempre tão doce e alegre, e tinha uma energia sem limites. Estudávamos juntos - sim, porque Mr. Garrett e os outros insistiam que nós tínhamos de ter uma boa educação - e no tempo livre estávamos sempre juntos. Só nunca podíamos sair da mansão, mas também havia tanto espaço que não era preciso sair dali.
Só que depois as coisas mudaram. Quando eu já tinha os onze anos - Victoria tinha feito os treze há pouco tempo e Marcus também já tinha treze - aconteceu algo que veio mudar tudo na nossa vida, até aí muito calma e despreocupada… e feliz.
Um dia, durante a tarde, não tínhamos aulas e por isso eu, Marcus e Victoria estávamos no jardim, deitados na relva a imaginar imagens nas nuvens. Riamos muito com as ideias uns dos outros, por mais parvas que elas fossem, só que fomos interrompidos por Ms. Gabborn (era o que normalmente acontecia - aquela mulher desgraçada estava sempre onde não devia, e vinha sempre interromper as nossas brincadeiras para ralhar por alguma coisa) e ela disse-nos que Mr. Torrence e os outros queriam falar connosco, por isso tivemos de ir para dentro de casa.
Eles estavam à nossa espera na sala de reuniões, e tinham um ar muito preocupado com algo. Fizeram-nos sentar, aos três, em cadeiras em frente à secretária de mogno, atrás da qual eles os sete estavam sentados. Parecia um Conselho de alguma coisa, e essa ideia fez-me arrepiar. Não estava a gostar nada daquilo.
Foi nessa altura que eles nos contaram a verdadeira história da morte do meu pai e do tio Elijah.
Falaram durante muito tempo, nós não os interrompemos, mas quando eles chegaram ao fim nós estávamos os três tão revoltados e tão chocados com as notícias que nem tínhamos palavras para nos expressarmos decentemente. No meu caso, estava em polvorosa: o meu pai tinha sido assassinado! E os seus assassinos continuavam por aí, livres e sem serem punidos!
- E é por isso que nós nos vamos vingar deles. Vamos preparar-nos e quando estivermos prontos… vamos procurá-los e fazê-los pagar pelo que fizeram aos nossos queridos Klaus e Elijah. - Disse Mr. Garrett, e eu bem via a emoção nas suas palavras.
Garrett era um dos melhores amigos do meu pai, senão mesmo o melhor, e parecia ainda mais revoltado e desejado de vingança que os outros.
- Claro que sim! E nós queremos ajudar! - Disse Marcus de imediato, levantando-se da cadeira com as mãos cerradas em punhos.
Mr. Garret trocou um olhar demorado com os outros e depois voltou-se para nós.
- De certeza?
- Sim! Eu também quero. - Respondi, imitando o movimento de Marcus, com igual intensidade.
- Então muito bem. Ficamos felizes por ver que têm esse desejo de vingança tal como nós. Por isso vamos preparar-vos a ambos e quando chegar a hora… contamos convosco para os fazermos pagar pelo que fizeram aos vossos pais! - Disse Mr. Torrence.
- Sim, isso mesmo. Vou fazê-los pagar pelo que fizeram ao meu pai e ao meu tio. - Rosnei, furioso.
E para espanto de nós todos, Victoria levantou-se também, com um ar firme e confiante, a cabeça bem erguida e um olhar que não deixava ninguém contrariá-la. Eu nunca a vira tão segura de si mesma como naquele momento.
- Eu também vou lutar, ao lado do Kaleb e do Marcus.
Mr. Garrett e todos os outros olharam para ela como se não acreditassem no que Victoria tinha acabado de dizer, mas ela não se deixou ir abaixo pela pressão dos olhares deles.
- Estás segura disso? É a primeira vez que uma…
- Sim já sei. - Disse ela, interrompendo-os para choque geral. - Mas eu não sou uma rapariga qualquer. E quero vingar também a alma desses dois bons homens que nunca conheci, mas que pertencem à família dos meus amigos. Por isso sim, vou lutar. Treinem-me, preparem-me… porque quando chegar a hora eu vou provar-vos que valho mais que muitos homens juntos.
Ficámos todos espantados com a segurança das suas palavras, mas no fim Mr. Torrence e os outros tiveram de concordar com ela. Victoria sorriu, orgulhosa de ter conseguido passar por cima dos preconceitos deles, e nesse momento recebemos a nova missão das nossas vidas.
Aquela que seria a missão que nos mudaria para sempre. Porque nessa tarde deixámos de ser simples crianças, e passámos a ser guerreiros, mais maduros e conscientes do que até aí.
Estava na hora de nos prepararmos para uma vingança fatal.

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 2:38 pm

não se conta uma coisa dessas a três crianças coitadas!!
xDDD

a vitoria sempre dominante!! xDD

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 2:40 pm

JENNIFER escreveu:

não se conta uma coisa dessas a três crianças coitadas!!
xDDD

a vitoria sempre dominante!! xDD

teve de ser Jenny
teria de arranjar maneira de na história eles passarem a saber kkk
sim, a Victoria é dominante sempre
mas isso quer dizer que gostou??

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 2:42 pm

Jess Silver escreveu:
JENNIFER escreveu:

não se conta uma coisa dessas a três crianças coitadas!!
xDDD

a vitoria sempre dominante!! xDD

teve de ser Jenny
teria de arranjar maneira de na história eles passarem a saber kkk
sim, a Victoria é dominante sempre
mas isso quer dizer que gostou??

eu sei jess, eu só to comentando a crueldade dos dos personagens não a sua Shocked

e claro que gostei!!! eu gosto de flashbacks, dá pra gente contruir melhor a personalidade dos personagens e a sua evolução ao longo do tempo!! xDD

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 2:44 pm

JENNIFER escreveu:
Jess Silver escreveu:
JENNIFER escreveu:

não se conta uma coisa dessas a três crianças coitadas!!
xDDD

a vitoria sempre dominante!! xDD

teve de ser Jenny
teria de arranjar maneira de na história eles passarem a saber kkk
sim, a Victoria é dominante sempre
mas isso quer dizer que gostou??

eu sei jess, eu só to comentando a crueldade dos dos personagens não a sua

e claro que gostei!!! eu gosto de flashbacks, dá pra gente contruir melhor a personalidade dos personagens e a sua evolução ao longo do tempo!! xDD

ahh assim fico mais esclarecida
entao como gosta de flashbacks
julgo que vá ficar contente com o resto
porque vao haver muuuitos flashbacks até ao fim da história
que eu já acabei de escrever ^^

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 2:45 pm

já acabou? A FIC TODA?TA FALANDO SÉRIO? Shocked

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 2:46 pm

Falta-me só rever pra ver se dá tudo certo, mas sim, já terminei tudiiinho

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 2:51 pm

caralhoo!! que rapidez e criatividade!! não quer acabar de escrever a minha tambem não?
xDDD

posta mais aí!! tive uma prova hoje e tou precisando de levantar o animo!!! xDD

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 2:53 pm

JENNIFER escreveu:caralhoo!! que rapidez e criatividade!! não quer acabar de escrever a minha tambem não?
xDDD

posta mais aí!! tive uma prova hoje e tou precisando de levantar o animo!!! xDD

ta bom flor kkkk
eu vou postar o proximo cap pra voce
porque nao sei se logo à noite posso vir à net ou nao
depende de uma coisa por isso vou postar agora

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 2:54 pm

brigadaaaaaaaaaaaaa xDDDDDDDDDD bounce

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 2:58 pm

Capítulo 10

Victoria

Berlim, mansão de Klaus, 2005

Esse foi o dia que mudou a minha vida para sempre.
Nunca mais vou esquecer o que senti quando eles me contaram a história de Elijah e Klaus. Há muito tempo que sabia que Marcus e Kaleb eram meio-vampiros, filhos de vampiros, mas foi a primeira vez que tive a certeza que, acontecesse o que acontecesse, ia vingar a morte de um deles. Ia fazer o que fosse preciso, para nunca mais ver aquela expressão de choque e revolta e tristeza profunda na cara dos meus dois irmãos.
A partir desse dia a nossa rotina alterou-se. De manhã já não brincávamos no jardim, treinávamos a sério e no duro para nos tornarmos em guerreiros imbatíveis. Eu só tinha treze anos, tal como Marcus, e Kaleb até era mais novo que nós (embora só no papel, porque em mentalidade era igualzinho a nós, eu raramente me lembrava que ele era mais novo que nós dois) mas todos partilhávamos a nossa maturidade e confiança que tinham depositado em nós. Porque deixámos de ser crianças tão depressa, tendo de lidar com o peso da responsabilidade de não desiludir os nossos mestres… foi uma transição brusca e que teve consequências boas e más. Mas, desse como desse, nós já tínhamos mudado.
O ano seguinte das nossas vidas passou como essa primeira semana depois de sabermos a verdadeira história. Todos os dias treinávamos, à tarde estudávamos para nos mantermos a par da escola e não nos descuidarmos dos estudos, e à noite voltávamos aos treinos.
Estes eram sempre tão intensos, física e psicologicamente, que eu chegava ao fim do dia completamente estafada. Assim que caía na cama adormecia de imediato, e na manhã seguinte tinha de me levantar para fazer de novo o mesmo. Era uma rotina exaustiva e eu sentia-me no limite das minhas forças, mas não ia desistir. Tinha de lhes provar que o que tinha dito naquela tarde era mesmo verdade. Ia provar a todos que era mais forte e resistente do que eles pensavam.
Kaleb era quem mais confiava em mim. Treinávamos quase sempre juntos, uma vez que Marcus ou treinava com Kaleb ou com outro dos nossos "tios", mas eu só lutava contra Kaleb, o que de certa forma, ainda nos aproximou mais.
Lutar contra alguém de quem gostamos muito é provavelmente a coisa mais estranha e moralmente errada que nos levarão a fazer, mas era necessário. E quando entrávamos em terreno de treinos deixávamos de ser os irmãos inseparáveis que éramos no exterior, e encarnávamos aqueles aprendizes de assassinos que eram, cada vez mais, as nossas verdadeiras personalidades.
Até aos meus treze anos eu era uma pessoa doce, despreocupada, sempre sorridente e cheia de alegria para dar e vender; a partir do momento em que soube daquela tragédia, em que decidi que esta seria a minha vida, tudo mudou. E era frequente que eu me fosse abaixo nas minhas forças, mas nunca à frente deles, não queria que me apanhassem nos meus ocasionais momentos de fraqueza. E esta constante provação diária tornou-me mais resistente do que era antes, e deixei mesmo de chorar por tudo e por nada.
Porque eu estava a transformar-me na guerreira imbatível que sou hoje em dia.
Os treinos eram cada vez mais intensos. Lutávamos corpo a corpo, com espadas e outras armas, aprendíamos todas as técnicas que devíamos saber para lutar contra os Salvatore e os seus ajudantes. Foram tantas as horas que passei a disparar para um alvo pintado no tronco das árvores, tanto com balas de madeira como as outras normais, ou até a atirar estacas de madeira para ver se a pontaria nunca me decepcionava. Tive de fazer isso vezes sem conta, até a pontaria ficar perfeita. Depois tinha de treinar os movimentos de espada e de luta, e as batalhas corpo a corpo com Kaleb eram sempre muito renhidas.
Nunca conheci ninguém que lutasse com tanto afinco como ele, além de mim. Por isso éramos uma dupla perfeita, e o outro só ganhava por desistência de uma das partes, o que só acontecia quando um de nós já estava mesmo muito cansado. Se assim não fosse (uma vez aconteceu mesmo) ficaríamos a lutar durante mais de três horas, sem nunca pararmos, sem nos cansarmos, sem darmos o braço a torcer ao outro. E embora eu estivesse exausta não me ia render, eu nunca me rendia. Nesse dia lutei com uma determinação tão intensa que no fim até os nossos mestres aplaudiram entusiasticamente.
Kaleb era um lutador formidável: incansável, muito ágil e com uma capacidade incrível para se escapar aos ataques dos outros. Quando eu finalmente conseguia apanhá-lo sentia uma felicidade tão grande por ter conseguido vencê-lo que quase explodia de alegria. O sentimento era mútuo, eu bem via como ele ficava orgulhoso por me conseguir deitar abaixo.
A minha mãe não concordava com muitos dos exercícios que nos colocavam no dia-a-dia, mas não tinha ordem para pôr e dispor, porque eu já deixara de ser a sua menina, passara a ter naquela casa o mesmo papel que Kaleb e Marcus tinham, e podia (e tinha) de lutar e treinar sempre, mesmo que ela não aprovasse muitas das técnicas utilizadas.
Mas aquele dia mudou para sempre a minha relação com Kaleb. Algo que até aí nem sequer me passara pela cabeça, aconteceu mesmo.

Kaleb

Berlim, Mansão de Klaus, 2006

Amanheceu sob uma intensa chuvada que não dava tréguas a ninguém. O céu exibia um tom de cinzento tão escuro que mal se notava a transição da noite para o dia, e a pressão era tão forte que eu mesmo conseguia senti-la no exterior, era como se o céu fosse abater-se sobre nós. Um ambiente incrível e terrível ao mesmo tempo. Não passava uma aragem, o ar estava abafado e quase irrespirável, mas chovia muito, mesmo muito.
Arranjei-me para mais um dia e saí do quarto, descendo até à cozinha. Marcus e Victoria já se encontravam lá. Quando entrei na enorme cozinha eles viraram-se para mim e vi como estavam, tal como eu, descontentes com este temporal.
- Bom-dia irmão. Já viste bem o que vai lá fora? Vai ser difícil lutar assim. - Cumprimentou-me Marcus, quando me sentei ao seu lado à mesa, para o pequeno-almoço.
Victoria assentiu, concordando com ele, e estendeu-me a cestinha do pão. Olhei realmente para ela, e senti-me a retesar todo. Ela estava tão bonita nesse dia… usava o bonito cabelo cor de fogo apanhado numa bela trança, que lhe pendia do lado direito pelo ombro até meio do braço (o cabo dela era mesmo muito grande) adornada com pequenos ganchos de flores verdes, para condizer com os seus olhos, que eram… bem, os olhos mais bonitos que eu já tinha visto. Usava uma camisola de manga curta, verde escura e justa ao corpo, a marcar-lhe bem as curvas pronunciadas, e umas calças de ganga escuras e igualmente justas às pernas, enfiadas por dentro de umas botas pretas. Estava tão bonita que fiquei sem grande jeito para dizer coisas coerentes. Ela corou imenso quando reparou que eu estava a olhar assim para ela.
Victoria arranjava-se sempre bem, embora não houvesse cá em casa nenhum rapaz que ela quisesse realmente impressionar, mas andava sempre bem vestida e super bonita, claro. E isso não ajudava nada ao que eu sentia por ela.
Eu sabia que estava apaixonado por Victoria, há longos meses, mas não tinha coragem de lhe dizer nada. Ela só olhava para mim como um irmão, o melhor amigo. Desde quando é que eu teria hipóteses com ela? Além de que não queria admitir que me apaixonara por ela, e que Victoria rejeitasse o meu amor, pois isso faria com que a nossa relação ficasse completamente diferente, e para muito pior. Por isso era melhor eu nem lhe dizer nada. Mas eu dava imensas indirectas e esperava que ela um dia percebesse por fim o que se passava.
- Então o que vamos ficar a fazer, já que não podemos treinar? - Perguntou Marcus, dando uma dentada na sua torrada.
- Não sei. E que tal se ficarmos a ver um filme na sala de estar? - Sugeri, encolhendo os ombros.
- É uma boa ideia. Vamos lá a ver com o que é que a Ms. Gabborn vai reclamar desta vez. - Riu-se Marcus em resposta.
Mas eu bem via que a ideia não tinha agradado muito a Victoria, e depois de acabarmos o pequeno-almoço ela desculpou-se que não queria ver o filme e que preferia ficar a ler um livro no seu quarto, por isso eu e Marcus fomos para a confortável sala de estar da nossa casa, sentámo-nos em frente ao ecrã enorme da televisão e ficámos a ver um dos nossos filmes de acção preferidos.
Quando estava quase no fim - e como eu já tinha visto e já sabia o que ia acontecer, não era obrigatório ficar à espera do final - dei conta que Victoria não aparecia nem dava sinais de existência há demasiado tempo. Por isso levantei-me do sofá, determinado a saber qual podia ser o livro tão interessante que ela estivesse a ler e que a mantivesse afastada de nós durante mais de duas horas.
- Onde vais? - Perguntou Marcus quando me levantei.
- Ver da Vicky. Já volto, não te preocupes.
Saí da sala de estar e dirigi-me ao quarto dela. Quando cheguei à porta bati e esperei que ela me desse permissão para entrar, mas isso não aconteceu. Voltei a bater e nada, pelo que decidi entrar, não era a primeira vez e Victoria não era picuinhas ao ponto de fazer um escabeche enorme por eu lhe entrar pelo quarto assim sem mais nem menos.
Mas o quarto estava vazio, e nem sinal dela nem de livro nenhum.
Fiquei desconfiado, e corri a casa toda à procura dela, sem dar nas vistas claro, mas não a vi em lado nenhum. Então desconfiei que ela só podia estar no jardim, por isso enchi-me de coragem para sair debaixo da chuva constante e intensa, e assim que dei a volta pelas traseiras da mansão e cheguei à zona do jardim, dei com ela.
Victoria estava completamente encharcada, com os cabelos a pingar água assim como as roupas, mas ainda assim continuava a executar os movimentos com a espada que tinha nas mãos, a cortar o ar com ela, como se estivesse realmente a lutar. Aproximei-me muito devagar, sem querer que ela desse pela minha presença e se desconcentrasse, porque ela estava de tal maneira centrada no que fazia que nem deu por eu me aproximar dela.
Victoria não conseguia passar um dia sem treinar. Às vezes eu achava que aquela rotina tão violenta a estava a afectar demasiado, ela tinha deixado de ser feliz e sorridente como era antes, e agora era como se andasse sempre debaixo de fogo, atenta ao mínimo sinal. Falei disto a Marcus mas ele disse-me que era melhor não a chatear ao tocar no assunto, por isso mantive-me calado, mas a verdade é que Victoria estava mais temperamental e vingativa que nunca.
No entanto, naquele instante em que a vi a lutar e que reparei que ela estava a chorar, senti o coração a cair-me aos pés. Aquela imagem nunca mais me vai sair da cabeça: a minha amada a lutar contra a tempestade, com a espada a cortar o ar em movimentos flexíveis e muito elegantes, e Victoria a pingar água sem parar e a chorar desalmadamente.
Decidi que não conseguia esperar mais. Queria consolá-la, queria dizer-lhe de uma vez por todas o quanto a amava. Nem me importava se de seguida seria rejeitado ou não, mas eu precisava de tirar a dúvida. Queria saber o porquê de ela estar a chorar - Victoria nunca chorava - e queria ajudá-la. Queria que ela me confiasse os seus problemas, que me deixasse apoiá-la.
Por isso deixei para trás a cobardia e o primeiro passo que dei na sua direcção foi mais uma prova interior que superior, mais uma prova de que era mais forte do que pensava, e isso deixou-me orgulhoso naquele instante: ser capaz de ultrapassar as minhas barreiras de receio e avançar sem medos para o que não sabia se correria bem ou não.
Aproximei-me de Victoria por trás, e consegui apanhá-la num momento em que ela estava de costas, mas quando me preparava para lhe colocar uma mão sobre o ombro ela virou-se bruscamente de frente para mim e encostou-me a espada à garganta, um movimento tão rápido que eu teria pensado que ela tinha agilidade vampírica, se ela não fosse tão completa e adoravelmente humana como era. Os nossos rostos ficaram a escassos centímetros, os nossos corpos separados pela lâmina afiada da espada que ela mantinha encostada à carne do meu pescoço. Ambos arfávamos, a respirar com dificuldade, ensopados pela chuva que continuava a cair sem dó nem piedade. Não sei quantos segundos tão longos passaram enquanto ambos ali estivemos, até eu levantar a mão e afastar a espada do meu pescoço, tirando-a lentamente das mãos de Victoria e lançando-a para o chão ao nosso lado.
E ela tremia dos pés à cabeça, sem parar de chorar, e durante aquele momento pareceu-me tão inocente e frágil, a precisar tanto de consolo, que não tive medo de me aproximar mais. Cheguei-me a ela, coloquei as minhas mãos em redor do seu rosto bonito e aproximei-o mais do meu.
- O que vais… fazer? - Balbuciou ela, entre dois soluços, enquanto colocava as mãos nos meus ombros.
Tive de me baixar um pouco para que os meus lábios ficassem à altura da sua boca divinal - porque já naquela altura era alguns centímetros mais alto que ela - mas quando falei soava mais seguro do que me sentia na verdade.
- Algo que já devia ter feito há muito tempo.
Não lhe dei tempo de recusar: segurei-a com firmeza e intensidade e beijei-a de uma maneira que nenhum de nós algum dia irá esquecer.
E Victoria correspondeu ao beijo desde o início, como se estivesse à espera daquilo tanto como eu. Beijou-me com intensidade, o melhor beijo que eu alguma vez dei, e os seus braços enrolaram-se à volta do meu pescoço enquanto eu a enlaçava pela cintura e puxava o seu corpo mais para o meu. Aprofundei o beijo, a língua dela roçava na minha enquanto ambos arfávamos de emoção, e depois deixámo-nos cair de joelhos em frente um ao outro, com a chuva a cair sobre nós como se fosse o fim do mundo. Victoria deitou-se para trás na relva molhada, sem nunca separar os lábios dos meus, e deitei-me por cima dela, continuando a abraçá-la contra mim, a beijá-la com todo o amor que sentia e que escondera durante tanto tempo, e quando finalmente separei a minha boca da sua, ela já não chorava.
- Amo-te… e isso nunca vai mudar… aconteça o que acontecer. - Disse-lhe, e ela respondeu-me com um sorriso tão doce e tão apaixonado que me fez lembrar da pessoa inocente e alegre que ela era no princípio.
Deixámo-nos ficar deitados na relva, abraçados e a ficar ainda mais ensopados, e eu nunca me sentira melhor na minha vida toda.

[FINALIZADA] The Choice - Página 7 Lindsay-lohan-penteada-maquiada-735784

[FINALIZADA] The Choice - Página 7 Lindsay-lohan-penteada-maquiada-735784

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 3:12 pm

que lindo jess!! gostei muito! xD já dava pra ver que eles gostavam muito um do outro mas com flashback fica o maximo!!! xDD

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 3:12 pm

JENNIFER escreveu:que lindo jess!! gostei muito! xD já dava pra ver que eles gostavam muito um do outro mas com flashback fica o maximo!!! xDD

aah brigada flor
fiquei babada agora lendo isso :$
ainda bem que gostou

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 3:29 pm

:: COMUNICADO::

OIEE, boa-tarde a todas!!
venho aqui avisar que JÁ TERMINEI DE ESCREVER "THE CHOICE"
Pois é isso mesmo! já tenho os últimos capítulos escritos, e agora tenho um pedido a fazer a vocês:
as primeiras pessoas a comentar esta notícia vão receber o nome de uma personagem que só vai aparecer no prólogo, ou seja, na explicação do que aconteceu no fim do livro
vão ser personagens das quais nem vou falar, vou apenas mencionar, mas se ainda assim quiserem ter vosso nome na família Salvatore, podem dizer!!
adorei escrever essa fic, adorei cada comentário que recebi, obrigada por todo o vosso apoio, vocês são AS MELHORES FÃS DO MUNDO!

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 4:49 pm

Bem... parece que ninguem aqui tá com vontade de ler o resto né...?

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 5:21 pm

que covardia jess! postou isso quando a minha net foi pro espaço!! acho que agora voltei! xDD

por **Nat Salvatore Dobrev** Ter maio 03, 2011 5:25 pm

Nova leitora Jess !
to amando a história !

por **Nat Salvatore Dobrev** Ter maio 03, 2011 5:26 pm

Jess Silver escreveu:
:: COMUNICADO::

OIEE, boa-tarde a todas!!
venho aqui avisar que JÁ TERMINEI DE ESCREVER "THE CHOICE"
Pois é isso mesmo! já tenho os últimos capítulos escritos, e agora tenho um pedido a fazer a vocês:
as primeiras pessoas a comentar esta notícia vão receber o nome de uma personagem que só vai aparecer no prólogo, ou seja, na explicação do que aconteceu no fim do livro
vão ser personagens das quais nem vou falar, vou apenas mencionar, mas se ainda assim quiserem ter vosso nome na família Salvatore, podem dizer!!
adorei escrever essa fic, adorei cada comentário que recebi, obrigada por todo o vosso apoio, vocês são AS MELHORES FÃS DO MUNDO!

Oi Jess , eu terminei de ler Rosileb-Um Amor Impossivel ! ameii , a história é muito boa Very Happy

já to lendo aqui The Choice I love you

Você escreve super bem ! tem muito talento !
to louca pra ler o resto !! POSTA !
e bota meu nome na família Salvatore .PLIS ??
fui uma das primeiras a comentar Crying or Very sad

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 5:27 pm

JENNIFER escreveu:que covardia jess! postou isso quando a minha net foi pro espaço!! acho que agora voltei! xDD

covardia nao, se chama falta de pontaria hahahahah
entao voltou, ainda bem
pronta pra ler mais uma parte ou nao te apetece?

por **Jess Silver** Ter maio 03, 2011 5:31 pm

Nat Salvatore Dobrev escreveu:
Jess Silver escreveu:
:: COMUNICADO::

OIEE, boa-tarde a todas!!
venho aqui avisar que JÁ TERMINEI DE ESCREVER "THE CHOICE"
Pois é isso mesmo! já tenho os últimos capítulos escritos, e agora tenho um pedido a fazer a vocês:
as primeiras pessoas a comentar esta notícia vão receber o nome de uma personagem que só vai aparecer no prólogo, ou seja, na explicação do que aconteceu no fim do livro
vão ser personagens das quais nem vou falar, vou apenas mencionar, mas se ainda assim quiserem ter vosso nome na família Salvatore, podem dizer!!
adorei escrever essa fic, adorei cada comentário que recebi, obrigada por todo o vosso apoio, vocês são AS MELHORES FÃS DO MUNDO!

Oi Jess , eu terminei de ler Rosileb-Um Amor Impossivel ! ameii , a história é muito boa
já to lendo aqui The Choice
Você escreve super bem ! tem muito talento !
to louca pra ler o resto !! POSTA !
e bota meu nome na família Salvatore .PLIS ??
fui uma das primeiras a comentar

oiee Nat!!
bem fiquei mesmo feliz de saber que voce leu Rosileb
e que ta gostando desta fic tambem
fiquei mesmo babada agora, tenho leitora nova!!
e sim, eu vou dar seu nome a uma das personagens do prologo kkk pra fazer a vontade a voce
e vou postar agora mais um capitulo ta bem??
e aviso ja que é enormeeeee
beijoo

por **Jenn** Ter maio 03, 2011 5:31 pm

prontissimaaa!! vou só postar mais um capitulo da minha fic e já volto aqui rapidíssimo!!

Spoiler:

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