The Hunter

- Ah Elena, você nem imagina o prazer que sua presença me causa. - Ele tinha os lábios levemente levantados em um meio sorriso.

- A quem você quer enganar? O único prazer que você sentiria seria ao vê minha cabeça em uma bandeija de prata.

- De ouuro. Uma bandeija de ouro seria mais apropriado.

- Pena para você. Já que isso não vai acontecer - Disse provocativa.

- Não? - Ele riu - Quando o mestre colocar as mãos em você Elena, não demorará muito para você perder o pescoço. - Ela quase riu dele.

- Klaus precisa de mim Solomon, mas do que você imagina. - Continuou a provocação.

- Ele precisa de você? Sim. Morta. - Disse ele com um sorriso perverso.

- Você não sabe não é mesmo? - Ela riu. - Sempre se gabando de ser o servo mais fiel, mais próximo. Mas ele nem ao menos confia em você.

- Não tente me colocar contra o mestre. Meu senhor confia tudo a mim. - Ele disse com convicção.

- Você é apenas um fantoche nas mãos de Klaus. E sempre será. - Aquilo era verdade. Infelizmente. - Me diga Solomon, o que Klaus fez ao saber que você falhou e me deixou escapar? - Ela tocou na ferida. Por um pequeno momento o corpo dele contraiu, porém logo relaxou-se.

- O que ele fez foi necessário. O mestre tinha que dar o exemplo. Eu falhei, mereci a punição. Mas ele me perdoou, tanto que me deu uma nova missão. - Fez uma pequena pausa - Encontrar Katherine. - Sorriu - E oha como eu fui bem sucedido? Encontrei não só a original como a cópia.

- Eu acho que não. Katherine deve estar bem longe daqui agora. - Ela sorriu vitoriosa.

- Você realmente achou que eu acreditei naquele truque? - Sua garganta ficou seca. - Apesar que o toque de "beijar" o vampiro dela, foi digamos, interessante.

Não, não podia ser. Isso não podia estár acontencendo. Respirou fundo. Tinha que ficar calma. Não podia entrar em pânico.
Não agora.

- Nesse momento tem alguém seguindoo-a de perto. Não se preocupe, o seu namorado não será morto agora. Ele servirá como
um presente ao mestre.

Se aquilo fosse verdade. Damon estaria em perigo.

- Damon. O que você fez com ele Solomon? Se você se atraver... eu vou te matar. - Um rosnado saiu dentro do seu peito.

- Cuidado Elena, você não quer perder o controle agora. Não com a vida do seu preociso Damon em risco. - Provocou.

Ela tentou se acalmar. Se matasse Solomon agora, nem Stefan, nem Damon, teriam uma chance.

- Você o deixará livre. Ele e o Stefan. - Exigiu dele.

- E porque eu faria isso?

Ela ficou sem reação.

Conhecia Solomon. Ou pelo menos achava isso.

Se não fizesse alguma coisa, logo ele estaria morto, ou pior ...

- Você não vai querer que eu o solte vai? Nós sabemos o que aconteceria. Eu não consigo te derrotar, mas ele ... - Disse desesperada.
Aquele era um blefe, e ele sabia. Mas ela não conseguia pensar direito. Não sabia exatamente o que fazer.

- Ameaçar usar seu demônio em mim. Golpe baixo. - Ela percebeu o tom de diversão na voz dele. - Mas o que eu ganho deixando seus vampiros livre?

- Sua vida. Eu deixarei você viver em troca.

- Muito pouco não? Porque não aumentamos o prêmio?

- Diga. O que você quer? - Algo bom não viria daquilo. Mas o que ele pedisse ela daria. Era de Damon que estavam falando.

- Você deve se entregar ao mestre. Deve voltar comigo. - Ele sorriu e o coração dela quase parou.

Não. Não isso não. Mas ... e o Damon?

- Como saberei que você cumprirá o nosso acordo? - Perguntou.

- Não saberá. Minha palavra terá que ser o suficiente. - Não queria aceitar. Não podia aceitar. Muito menos sem garantias.

- Deixe-os ir, os dois e eu irei com você. - Disse por fim.

- Sabia que não ia me decepcionar. - Ele sorria ainda mais. Provavelmente imaginava o fim dela.

- Preciso de alguns dias pra me preparar. - Tentou. Se ele aceitasse, ela poderia ir atrás do seu vampiro.

- Não Elena. sem negociações. Se aceitar deveremos ir agora.

Ela engoliu em seco.

Faria aquilo.

Voltaria para Klaus.

Pelo seu amor.

Por Damon.


- Eu aceito.

Capítulo IX

Quase não podia acreditar nisso.

Estava voltando para Klaus.

Havia feito aquilo por Damon. Somente por ele.

E no fundo sabia que era o melhor. Mas não queria que fosse assim.

Tinha arriscado tudo indo para Mystic Falls. Sua vontade de se libertar do passado havia sido mais forte que sua prudência.

Com isso colocara todos em risco. Apenas por querer ser "normal" e voltar a ter seu irmão de novo.
Jeremy.

Droga.Havia ido sem avisá-lo. Ele estaria louco de preocupação agora. Esperava que ele a procurasse na mansão Salvatore e Damon ou Stefan inventasse algo.

Se é que eles estariam por lá.

Apesar de Solomon garantir que os dois estavam livres - por agora - ela não sabia realmente se era verdade.

Não havia como checar, e não tinha como entrar em contato.

- Gostando da viagem? - Ele sentou a seu lado. Ela não o olhou. Não sabia o que poderia fazer com ele, se o olhasse.

O ódio dentro de si só crescia. A raiva só aumentava. O que era perigoso.

- Vamos Elena, para que esse silêncio? Afinal fomos parceiros. - Ela olhou pela janela do avião.

Ele não precisava lembrá-la de seu erro. Se tivesse sido mais corajosa. Se tivesse enfrentado Klaus anos atrás. Nada disso teria acontecido.

Não, provavelmente ela teria trazido mais um monstro para o mundo.

Fugir tinha sido o certo. O seu pecado era ter voltado para casa.

Casa.

Queria tanto uma. E olha o que isso lhe havia custado. Tudo.

Não fazia idéia de quanto tempo estava dentro do avião. Também não sabia qual era o seu destino.
Mais sabia que estava, bem longe de casa.

- Uma pena que vocêr não quer conversar. A viajem é longa. - Aquilo a interessou.

- Para onde vamos? - Perguntou. Ainda olhando para fora do avião.

- Para casa. - Ela não tinha isso. Se ele se referia a casa dele, então só podia ser um lugar.

- Romênia? - Havia sido lá que tudo havia começado. Havia sido ali, que tinha sido mantida prisioneira. Onde havia sido torturada. Onde havia casado.

- Sim. Para Castelo de Peleş. - Ela não conhecia esse lugar.

- O que aconteceu com Castelo de Bran? - Perguntou curiosa.

O Castelo de Bran era a residência "fixa" de Klaus.
Não era irônia o fato dele ser conhecido como o "Castelo do Drácula". Havia sido exatamente isso que interessou o rei-vampiro. Ela lembrou-se do apelido que Damon havia dado para ele. Nada mais acertado.
.
- O mestre o destruiu depois da sua fuga. Agora é apenas ruinas. - Ele disse com pesar.

- Hum... - Resmugou. Havia gostado do castelo. E havia o conhecido bem. Poderia ter chances de fuga. Como não conhecia o novo castelo, suas chances eram nulas.

- Com todos dentro. - Continuou ele, contando o que aconteceu.

- Eu deveria me importar com isso? - Perguntou rude. Ela sabia o que ele tentava fazer. Não ia funcionar.

- Não finja que não sente. Você não se lembra como tudo era maravilhoso? - Ele perguntou sonhador. Seu rosto se contorceu em uma careta.

Maravilhoso?

- Acho que nossas lembranças são bastante diferentes. - Ela só lembrava de sentir dor, solidão e raiva. Muita raiva.

- Você nuunca foi capaz de apreciar o presente que lhe foi dado. - Comentou ele.

- Presente? - Ela riu sem humor - Dividir o corpo com um demônio não é o que eu chamaria de presente.

- Você não entendi. Não percebe como é privilegiada. Você tem um grande poder. Essa criatura com quem compartilha o corpo é perfeita. - Os olhos dele brilhavam - Imagine o que você poderia se tornar? Você é a rainha dos vampiros. E com o mestre ao seu lado, não demorará a ser rainha do mundo.

Quando ele havia ficado tão maluco?

Ela lembrava dele como o vampiro cruel e sádico nos momentos de tortura. Fora disso, ele era apenas um cão fiel que só pensava em agradar o dono.

Ele nunca havia sido assim. Piradoo.

Parecia até outro vampiro.

Ela deveria tomar cuidado.

Havia pego-o desprevinido uma vez.

Duvidava que acontecesse de novo.

Castelo de Peleş