[FINALIZADA] São minhas páginas...

Angustiado com esta possibilidade que lhe passou pela cabeça, Damon fechou o diário, trancando-o e o guardou no local de sempre. Sob o fundo falso, embaixo de sua cama. Ele acreditava que ninguém procuraria por um diário ali, ainda mais um dele. Ele não parecia ser o tipo que mantém um diário e para ele, isso lhe dava a vantagem de não ter ninguém tentando achar nada em seu quarto. Afinal, o que procurariam! Diário era coisa para Stefan. Ele também se lembrou de guardar a chave em outro lugar. Deixou a Montblanc sobre a cabeceira e abriu a gaveta. Dela tirou uma pequena e delicada caixinha de porcelana, muito fina, e antiga. Pôs a chave lá dentro, mas embaixo de uma almofadinha aveludada que ficava dentro da caixinha. Essa caixinha era onde ele jamais guardaria o seu anel do sol, afinal, ele tinha que usá-lo todo o tempo. Mesmo assim, ele tinha a caixinha, veio com o anel que foi um presente de Katherine e sua liberdade para andar a luz do dia. Ele respeitava isso. E era muito oportuno para guardar ali uma chave tão pequena do seu livro de capa marrom que continha todos os seus segredos e sentimentos mais profundos que ele jamais relevaria a qualquer um, quem quer que fosse. Nem mesmo Elena teria essa chance. Por mais que ele a amasse, ele não ia conseguir se relevar assim a alguém... nunca! Nunca! E mais angústia lhe invadiu o peito.
Decidiu sair ir até o grill e tomar uma bebida. Provavelmente encontraria Ric por lá. Era domingo, fim de tarde, início da noite. Perfeito! Ainda mais com seu baby brother ripper side e Barbie Klaus espreitando naquela casa... não, ele não ficaria na mansão. Elena, Bonnie e Caroline, desapontadas como estavam com seus namorados, decidiram fazer a noite das garotas na casa da Bonnie. Na realidade, a amiga bruxa era a mais triste delas, pois era recente o incidente como Jeremy e Anna e todos aqueles fantasmas. Elena tinha o problema do lado ripper de Stefan aflorado e Caroline não gostava nada da presença de Rebekah na vida do Tyler. Ficariam a noite toda juntas, assistindo a filmes românticos e sem graça.
Ele sabia disso pois recebeu torpedo de Elena mais cedo. Sendo assim, ele saiu.

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Não acredito que sou assim tão... tão... previsível e transparente como ele diz. Como ele pode saber?! Como é que ele sempre sabe! Mas que droga! E porque simplesmente não consigo me livrar dele. Porque?! Eu queria dizer que eu ele ainda vai me pagar por isto de tentar traduzir meus sentimentos e tentar encontrar minhas emoções e me desvendar dessa maneira, mas não posso. Esse Prof. de História irritante é meu amigo, e eu não me lembro de ter escrito essa palavra muitas vezes aqui. Ele é meu amigo, único amigo, e é alguém com quem eu posso contar e eu tenho, eu preciso, eu devo admitir isso. Mas detesto esta mania desagradável dele chegar de mansinho e beber para que possamos falar de mágoas e frustações e eu fico vulnerável e ele se aproveita disso e descobre tudo sobre mim. Ele é professor e um cara analítico, é acadêmico, afinal, eu sou um livro aberto para ele e eu odeio esta situação. Sei bem que posso contar com ele para qualquer coisa, e não entendo como essa amizade foi se desenvolver, eu arruinei a vida dele ao transformar Isobel em vampira, eu já o humilhei tantas vezes, eu fui indiretamente responsável pela morte de Jenna e eu o matei 2 vezes... e mesmo assim.. mesmo assim ele grudou no meu pé... e agora.. eu não... eu.. droga, eu acho que também grudei no dele, mas que merda é essa!! Ele tem toda razão, ele descreveu com perfeição tudo o que estou sentindo, shit... shit, shit... ele sabe, ele sabe... ele não precisou de fonte nenhuma de informação sobre mim, ele apenas sabe... ele sabe... e eu dei muita bandeira ao sair do grill daquele jeito... mas se não tivesse feito isso, Elena poderia ter morrido nas mãos irresponsáveis e insanas daquela vampira da idade da pedra.... Deus eu odeio ser transparente... é tão estranho, é como abrir um buraco no peito deixando seu coração à mostra a qualquer um que queira causar danos a ele... sim, é algo parecido com isso... é, me sinto impotente... e humilhado...do mesmo modo que eu me sinto quando escrevo... só sei que ele me interpreta muito bem e que isso me assusta e que ele está certíssimo, eu gelei quando ele deixou de falar comigo, quando pensei que tinha perdido a amizade dele pra sempre... o que está acontecendo comigo? Porque é que de repente...

Ele ouviu a porta da casa abrir e fechar, alguém havia entrado na casa, ele soube quem era quando ouviu a voz que gritava: - Damon?! Você me deve 350 pratas, seu filho da mãe. Era Ric!
Aparecendo no topo da escada onde já podia ser visto e ver Ric, Damon respondeu:

D: - Você só pensa em dinheiro, Ric! Desde quando virou mercenário?
R: - Desde o dia em que virei Professor de Ensino Médio e meu salário caiu pela metade.¬¬
D: - O que?! Por que esse olhar desaprovador, foi sua escolha, eu não tenho culpa.
R?: - Indiretamente, tem sim. Anda... sem disfarçar ou mudar de assunto, paga logo que essa eu não vou perdoar, até porque não posso. O seguro vai cobrir o carro, mas não adianta, vou ter que desembolsar uma grana com franquia e outro monte de porcarias burocráticas... vai... eu não estou brincando... essa grana é alta demais para mim agora para ser gasta numa garrafa de whisky, te convido pra um drink de lordes quando eu tiver metade da sua fortuna. PAGA LOGO!

D: - Mas que decadência! Você não tem reservas econômicas?! Toma aqui, velho Scrooge! Quandos os fantasmas te visitarem não reclame e não me chame, até porque eu me dei muito mal com eles. - Damon abriu a carteira que estava no bolso da jaqueta e deu o dinheiro a Ric. US$ 350 pratas na carteeeeeeeira, e havia mais. OsSalvatores não dispunham de documentos oficiais, ou cartões próprios de banco, apenas o do Zach que eles usavam para fazer saques de grande valor esporadicamente. Eles escondiam bem o dinheiro que tinham, mas não era à toa que eles e os Lockwoods eram as famílias mais ricas da cidade desde sua fundação.

R: - Você é um piadista muito ruim.

D: - Mercenário!

R: - Espertalhão...

D: - Cai fora Ric...

R: - Eu já vou indo mesmo. É...... Ficou muito chateado mais cedo, no grill?

D: - Você já foi se ferrar, hoje, Ric. Vai lá, e feche a porta ao sair.

R: - É, parece que ficou bem puto comigo. Mas é você que me deve. Estou com créditos. Boa noite, Damon.

Sem responder, Damon fez uma cara, inexplicavelmente infantil até que Ric deixou o recinto. Ele subiu e voltou para o seu diário.

*
Pouco tempo depois, outra vez a porta da casa abriu e fechou e alguém entrou. Mas desta vez, Damon estava concentrado, mergulhado em suas páginas neste momento e não notou, ou pensou que talvez pudesse ser Stefan voltando para casa.
Elena tinha ido procurar Rebekah novamente na mansão. E de fato, ela estava na sala da lareira, sentada de frente para o fogo e pensando. Ninguém a tinha visto lá antes, nem Damon quando foi receber de Ric lá embaixo. Elena pretendia obter mais informações de Rebekah. Mas aquela não era um bom dia pra isso. Um dia depois daquela cópia impertinente ter aparecido e arruinado a vida dela, Rebekah estava furiosa e triste, muito abalada mas culpava Elena, foi ela quem fez isso, que trouxe estaas terríveis notícias, ela não podia ver Elena pela frente. E Stefan não estava mesmo em casa, provavelmente se deliciava com alguma garota de Mystic Falls. Damon escrevia seu diário no quarto, não sabia que Elena estava lá embaixo, pois quando se punha a escrever suas páginas, ele se perdia em pensamentos, se envolvia de tal modo que nada o desconcentrava... bem quase.... ele despertou de súbito, com um grito que ouviu vindo lá de baixo, da sala da lareira. Ele voou até lá com sua super velocidade. Ele sabia que era ela. Era Elena.

Damon a socorreu e foi mordido no lugar dela pela vampira louca Original, que irritada com a presença da cópia, a atacou violentamente. Rebekah estava alucinada e só parou quando ouviu a voz de Stefan que chegava no mesmo momento.

S: - REBEKAAAAAH!

Rb: - WHAAAAAT?

S: - Você enlouqueceu, ia matar Elena. Klaus não gostaria disso, lembre-se! Você não devia estar cuidando de Tyler agora.

Rb: - Vá pro inferno... todos vocês... vão por inferno... - Rebekah saiu da casa e desapareceu.

D: - Vá atrás dela e a mantenha longe daqui.

Stefan arriscou chegar perto de Elena para vê-la e checar se estava tudo bem. Ela estava muito assustada, mas estava mesmo preocupada com a mordida no pescoço de Damon, e se afastou de Stefan, aproximando-se de Damon e tentando ajudá-lo com a ferida que estava curando mas, mais devagar do que de costume, afinal era um estrago causado por outro vampiro.

E: - Você vai ficar bem?! Damon, está tudo bem?!

S: - Vejo que estou sobrando aqui.

E: - Mais do que nunca.

Damon se assustou com aquela resposta, mas respondeu: - Vá embora, já disse para manter aquela lunática longe daqui. Suma.

S: - É claro, brother, vou deixar o caminho livre pra você e Elena se entenderem, ok?! Será sem ressentimentos, podem ficar tranquilos. Vão fundo! Damon pegou Stefan pelo braço e o encaminhou para a porta com violência. Desapareça.

S: - Não. Decidi que vou ficar aqui mesmo. Elena está aqui, vou ficar aqui. - Desvencilhou-se do aperto do irmão. Meu trabalho é protegê-la, não tenho nada com Rebekah para ir atrás dela, não foi o que Klaus me mandou fazer. Vou proteger Elena.

D: - Devia tê-la protegido antes.

E: - É. O saco de sangue está bem agora e não graças a você, Stefan.

S: - Mas ainda vou ficar aqui... Divirtam-se, não se acanhem, eu não incomodo nada.
Elena olhou para Damon e decidiram subir. Ambos foram para o quarto de Damon onde Elena começou a ajudá-lo. Mas já estava tudo bem, a ferida finalmente havia curado completamente.

E: - Deixa eu fazer alguma coisa, me deixe ajudar, Damon.

D: - Elena... - bateu de leve nas mãos dela que tentava tocar-lhe o pescoço - Pára, está tudo bem, não vê! Já curou. Eu não me machuco. Eu estou bem, você é que ainda está tremendo e assustada. Eu vou pegar um pouco de água, espere aqui, quietinha, ok?! Você não pode contar com a estabilidade mental em um vampiro, Elena. - ele sorriu e saiu do quarto ouvindo o agradecimento e a confirmação de Elena.
E: - OK. Obrigada. Você está certo. - Elena sorriu.
Ele desceu as escadas sorrindo, estava admirado com a determinação e coragem de Elena. Ele nunca a viu tão empenhada em nada assim antes, nem mesmo em salvar sua própria vida, antes do sacrifício. Ela estava assim, tão madura, menos mimada e até menos exigente, mais racional e compreensiva. Era tão bom vê-la assim e, nossa, ela se preocupava com ele, de verdade, e isso era tão importante para ele, significava tanto. Ele sorriu de novo, um riso leve, suave, sereno de quem estava feliz, de repente, feliz.



Elena esperava Damon voltar quando tentando se ajeitar na cama, pisou em algo que rolava, era pequeno, ela olhou para o chão. Viu uma coisa brilhante, sim, era uma caneta, uma caneta lindíssima, toda prateada com ponta fina, de tinta preta. - Muito bonita mesma, ela observou quando a pegou do chão e antes que levantasse para colocá-la na cabeceira de Damon, ela viu, estava ali, caído no chão, embaixo da cama, um livro antigo, mas bem cuidado, com páginas amareladas pelo tempo (devia ser bem antigo mesmo), e de capa marrom. Pensando tratar-se de algum romance interessante que Damon pudesse estar lendo e curiosa pra saber qual era, ela o pegou rapidamente e procurou um título na capa. Nada. A capa era marrom e era tudo. Então ela viu que havia um detalhe importantíssimo na capa, uma mini fechadura dourada metálica, com os detalhes das extremidades da capa e contracapa do livro. A capa marrom era de couro e a fechadura estava misteriosamente aberta. Abeeeeeeeeeeeeerta!! Porque alguém deixaria um livro com chave, aberto?! E se tinha chave é porque continha anotações no mínimo importantes, talvez confidenciais... e o que podia ser confidencial? Elena entendeu só podia trata-se de uma coisa. Era um diário. De quem? De Damon? Do 'achar a caneta' até que ela abrisse a primeira página aleatória, para ler, transcorreram exatos 2 minutos e 03 segundos. Ela comprovou, era o diário de Damon. Só podia ser, a assinatura no final das páginas encerradas para cada dia era D. e Stefan não assinaria D., nem o pai deles, que era Giuseppe e ela conhecia a assinatura dele por causa do diaário antigo que Stefan e ela desenterraram há um tempo atrás. Não correspondia. Sim, era de Damon, não havia dúvida. Ela leu mais um pouco daquela página, esqueceu-se do tempo e de que Damon podia aparecer a qualquer minuto e flagrá-la.


July, 21. 2011

"Hoje é o aniversário de Elena. Era pra ter sido um dos melhores dias da minha vida. Eu lhe devolvi o colar que stefan lhe deu como lembrança, eu a levei para sua festa, ainda que 'levar' tenha sido descer com ela, de braços dados, pelas escadas desta mansão. Ela estava tão linda naquele vestido branco. 18 aninhos ela fez. Eu fiquei feliz, muito mesmo. Tudo ia tão bem. Eu estava animado. Até encontrar Stefan. Porque?! Porque isso teve que acontecer. Foi uns dos piores dias da minha vida. Vê-lo naquele estado, ele matou Andie com tanta frieza, não ligou para mais nada, meu irmão se foi. Meu irmão se foi pra sempre. Meu Deus onde eu estava. Porque não o ajudei. A culpa é minha, se eu não tivesse sido mordido... se ao menos eu não tivesse estragado tudo, eu seria o vampiro do sacrifício nem mesmo Jenna teria morrido, e Elena, Jeremy e Ric não teriam sofrido tanto. Eu sei que não. E Stefan não ficaria assim. E Ele não... Stefan, Stefan... eu te amo tanto... porque isso teve que acontecer com você, porque está agindo assim, você precisa lutar e voltar pra casa. E ela, eu fui tão rude com ela, logo hoje. No seu aniversário, eu fui tão desprezível com ela, eu a fiz chorar, eu a magoei como nunca antes. Eu... eu não sei o que fazer, só queria não estar sozinho agora... não queria... estar sozinho... mas estou... como sempre, estou sozinho"

Neste ponto Elena parou. Ela percebeu um relevo que marcava aquele pedaço do texto. Era uma bolinha, uma bolinha que afundava no papel e indicava que aquele trecho foi molhado, mas não por água, ela compreendeu, aquela bolinha no meio do texto era uma lágrima de Damon... sim... ele tinha chorado. Com o choque Elena fechou as páginas do Diário de Damon e ficou desesperada e ao mesmo tempo agradecida. Ainda bem que Damon estava demorando com essa água. Passaram-se 4 minutos e 12 segundos e ela ouviu os passos dele, ele se aproximava no corredor. Ela não teve dúvidas com uma agilidade quase vampírica, deixou o diário onde estava. Não se preocupou de deixá-lo na mesma posição, mas o jogou debaixo da cama, na verdade. A caneta, bem, ela ia colocar no chão tb., mas não deu tempo. Ela põs na cabeceira ao mesmo tempo em que ele entrava.

D: - O que está fazendo? - Ele perguntou em tom de alerta.

E: - Nada. Estava em cima da cama, eu quase sentei nela. - Ela mentiu e se sentiu péssima, estava mentindo pra ele e esta era uma das coisas que ela mais detestava, não apenas a mentira em si, mas mentir sobretudo para ELE, era terrível, ele não merecia e ela sabia como ele se chateava de verdade quando alguém mentia para ele e ele descobria. Ele perdia totaltamente a confiança nessa pessoa. Era por isso que ele provavelmente não confiava em niguém... Até com Stefan ele arranhou a relação por causa de confiança. Deus, se ele soubesse, se ele cogitasse a possibilidade dela ter lido apenas esse trecho do diário dele, seria suficiente pra ele nunca mais lhe olhar no olhos e ela não queria isso, não podia perdê-lo pra sempre, não, ele era amigo dela, ela gostava tanto dele, ainda mais agora com Stefan nesse estado e ele tão mais presente, ela pôde perceber que ele fazia a diferença na vida dela, e a fazia sentir-se mais FELIZ mesmo quando tudo parecia desmoronar sobre sua cabeça. E agora! Ele era muito importante para ela, ela tinha muita estima para ele e machucá-lo era a última coisa que ela queria, muito menos agora que estavam tão mais próximos. Ela sorriu um sorriso amarelo e fingido que despaçou seu próprio coração por dentro.

D: - Ah... é... é só uma caneta...

E: - Eu percebi esta parte. - sorriu novamente. - É de família? - perguntou curiosa e tentando mudar o foco da atenção sobre qualquer assunto que tivesse relação com texto, página, caderno, livro, diaááário.

D: - Não... eu mesmo comprei. - Ele sorriu, porque a pergunta?

E: - Ah, nada de mais, só curiosidade, é que ela é muito bonita e diferente... é simples e sofisticada, toda prateada, e tão fina.

D: - é uma Montblanc especial, vê a estrelinha branca na ponta..

E: - Sim, vi... mas o que tem?!

D: - Nada... ela é prateada assim porque é mesmo de prata... É antiga, Elena, só uma caneta... gosto de canetas, coleciono. Você está melhor?! Beba a água que eu demorei pra trazer porque passei na biblioteca e selecionei um título para você se distrair.

E: - Como? É sério? - Elena bebeu um gole da água.

D: - Sim. Tome.

E: - Elena pegou o título e leu. - O médico e o monstro - Eu já tive de ler este no ano retrasado, para a escola.

D: - Hummm... provavelmente foi uma versão juvenil, uma adaptação. Esta é a obra contém o texto original. Acho que você gostará, mas é terror, se não estiver a fim, pego o Diário de Bridget Jones?! - sorriu sarcástico.

E: - NÃÃÃO! - Aquela palavra não, Diário não! Ah meu Deus!! Ela gritou 'Não', ele ia perceber agora que algo estava errado, será que descobriria?? Pense rápido Elena, uma desculpa para esse 'Não' maluco que você deu.

D: - O que foi?!

E: - Não, nada. Desculpe, eu só, é que eu odeio Diário de Bridget Jones (outra mentira, ela até que gostou bastante quando leu o primeiro volume).

D: - Eu estava brincando, nem tenho esse livro aqui. Relaxe. É que nem todas as garotas gostam de terror, mas em virtude de tudo que você tem passado, esse livro será fichinha...

E: - Porque você escolheu este título específico?

D: - Porque O médico e o monstro conta a história do Dr. Jekyll, um cientista que acaba se tornando um monstro por causa de uma de suas 'invenções'.

E: - Sim, eu sei...

D: - Então pronto, está aí?!

E: - O que?

D: - Você vai poder enxergar, os dois lados de alguém.

E: - Damon, por favor, você... - foi interrompida delicadamente.

D: - Stefan não é assim Elena, ele é diferente. Você só precisa dar uma chance a ele. Alguma coisa deu errado, mas dá pra resolver, dá sim.

Elena deu um pequeno sobressalto, ela pensou que Damon estivesse falando dele mesmo, mas não, era de Stefan, ele falava de Stefan. - ela sorriu suave e assentiu com a cabeça. - Eu sei, Damon. Eu sei, nunca desistirei de trazer Stefan de volta... mas... obrigada de novo. Muito obrigada por estar tão presente, e me ajudando tanto. Eu não sei o que faria se não tivesse você por perto. Ela se levantou da cama e aproximando-se lentamente de Damon, lhe abraçou ternamente. Desta vez ele correspondeu, ainda estupefato por ter sido abraçado.
D: - Você sabe que pode contar sempre comigo, e me tem com você a hora que quiser, sempre que quiser, é só me dizer Elena. Estou aqui para você, só pra você, por você. Eu.. - Elena o interrompeu com o dedo nos lábios dele.
E: - Shhh... - E voltou a abraçá-lo. Era tão bom, tão acalentador, ela ouvia os batimentos do coração dele assim tão perto... era delicioso estar com Damon, ela se sentia extasiada. Em sua mente ela repetia: * - me desculpe, me desculpe por invadir suas emoções, me perdoe por ter sido sempre tão egoísta e nunca ter percebido como você se sentia. Inocentemente, eu quis acreditar no que você dizia quando falava que não sentia nada... eu acreditei porque era tão egocêntrica e individualista. Me perdoe, Damon*. Ela o puxou para a própria cama, e eles se deitaram nela, sorrindo um para o outro, ou melhor, estavam rindo agora, porque Elena tinha tropeçado ao tentar arrastá-lo para cama, e eles caíram nela. Ele ficou um pouco assustado com esse gesto dela. O que ela pretendia?! Mas ele acalmou o coração logo ao perceber que não havia malícia em Elena. Ela estava brincando, como se fossem crianças, irmãos... Ela pegou o travesseiro fofo e bateu na cara dele. Fingindo ficar bravo com ela, ele pegou uma almofada menor e provocando-a, chamou para um duelo de travesseiros... Ele esqueceu completamente do diário que estava escrevendo... Deixou-o lá, embaixo da cama. Ninguém o acharia lá, absolutamente ninguém. E continuaram brincando até que ela se cansou, e bocejou... e encostou a cabeça no ombro dele e se deixou adormecer ali mesmo, aconchegada nos braços dele, que a esquentaram. Ele, mais feliz do que nunca, talvez um pouco desapontado, pois percebeu que ao menos naquele momento, o amor de Elena por ele, era apenas o de uma irmã mais nova, que confia sua vida ao irmão mais velho, sabendo que este a protegeria a qualquer custo. E era o que Damon faria, com toda a certeza, ele jamais deixaria que algo acontecesse a Elena. Ele a apertou mais forte contra o corpo, respeitosamente, carinhosamente, e lhe beijou a testa. Em seguida, deitou-a na cama, e a cobriu. Dormiu ao lado dela, olhando-a dormir. Como aconteceu há duas noites atrás, mas no quarto dela, na cama dela e ela havia dito aquelas palavras tão verdadeiras e tão lindas para ele. Ele se agarrou aquelas palavras. Ela dormia tão tranquilamente. Estavam felizes, ela, ele... era maravilhoso, um momento maravilhoso o que ele estava vivendo agora.

***

Elena acordou cedinho, umas 6h30. Damon já estava acordado olhando pra ela. Com ternura.

D: - Bom dia! Dormiu bem?

E: - Oh my God, eu dormi aqui na sua cama? Desculpe, Damon.

D: - Deus, não se desculpe Elena, foi a melhor coisa que me aconteceu! Acredite! Eu gostei muito de ter você aqui comigo.

Elena enrubeceu sem querer. E Damon ficou sem graça de ter dito aquilo, mas foi espontâneo, sem premeditar, ele não pensou antes de dizer, e quando percebeu, já tinha dito. Dava pra ver que até ele tinha corado um pouco. Mas se recuperou rápido antes que Elena pudesse perceber de verdade. Ele estava sendo transparente de novo. Isso estava acontecendo com tanta frequência ultimamente. Porque?! O que estava acontecendo com ele, por dentro, que o fez 'soltar-se' tanto assim. Ele estava apaixonado. Era isso, ele estava cada vez mais apaixonado por Elena. E não havia o que ele pudesse fazer pra esconder isso, às vezes ele simplesmente não podia e ele se declarava assim, sem nem se dar conta. Mas tudo bem.

E: - Posso usar o seu banheiro, preciso lavar o rosto e ai, como vou trocar de roupa. Você me leva pra casa? Eu tenho aula hoje!!! É segunda!! É segunda! Eu pensei que fosse final de semana!! Eu.. minha nossa!

D: - Calma, calma! É claro que levo você pra casa! Me permite só uma coisa antes, prometo que dá tempo, é rápido!

E: - O que??!! Damon, eu vou me atrasar! Tenho que sair às 7h30 no máximo!! Já são o que... 7h?!

D: - São 6h45... é muito cedo e dá tempo sim, se eu levá-la de carro pra casa e depois pra escola. Aproveito e levo seu Prof. de História sovina também, ele ainda está sem carro. - Sorriu. - Eu só preciso tomar uma ducha, me espere aqui. Não saia do quarto porque Stefan ou a Barbie Klaus podem estar por aí. Fique aqui.

E: - Tá.. tá legal... e.. TE ESPERAR AQUI?!! É melhor eu descer, não?!

D: - Não se preocupe, sei o que está pensando. Eu não vou causar hoje. Prometo que te aviso quando puder olhar. - outro sorriso, desta vez malicioso.

E: - Ok.. Ok.. Então tá..

D: - Damon foi tomar um banho, levou as roupas para o banheiro. Não pretendia, não hoje, sair nu de novo e aparecer para Elena do jeito que veio ao mundo. Não cabia naquela situação na qual eles estavam se dando tão bem. Ele não queria provocá-la.
Então ele fechou a porta e ligou o chuveiro.

Elena ficou meio aflita enquanto esperava por ele. Já eram quase 7h agora. Ela ia se atrasar... ela não gostava disso. Incrível que com tudo que ela estava vivendo, ainda pensava na sua vida comum, de estudante senior do High School. Ela se preocupava. Era talvez o desejo de ser 'normal' de novo. O mesmo que acometia Matt. Mas desde quando ela era o tipo Caxias. Ah, seria influência do Stefan?! Enfim. Ela não queria se atrasar, não queria... e pensou em como seria seu dia hoje, como estava chateada com Stefan, como era possível que ele tivesse se transformado tanto, que pesadelo era esse. Mas em Damon, ela confiava e estava cheia de esperanças de conseguir ter o Stefan de volta. E ela se lembrou do livro, O médico e o monstro que Damon lhe entregara na noite anterior. De como aquela história falava sobre compreender melhor as pessoas... de como era possível identificar uma outra pessoa num mesmo alguém... dava pra conhecer mais profundamente alguém... que as aparências podiam enganar e ... PIM! Ela lembrou do diário.. o diário de Damon.. Não, não! A tentação de ler um pouco mais passou pela sua cabeça e antes que ele saisse do banho, que ela monitorava pelo barulho do chuveiro ligado, ela o pegou debaixo da cama e começou a folhear as páginas amareladas... foi pra anotações mais antigas... Fazia mais ou menos um ano que Damon e Stefan tinham "aparecido" em Mystic Falls. Ela voltou folhas, e folhas e chegou em novembro de 2010.

Nov. 17, 2010

Ontem foi o dia da festinha dos fundadores desta cidade. E teve aquela semana de festividades idiotas e cretinas organizadas por Caroll Lockwood. Elena esteve no desfile e essa foi a única coisa boa que houve em todo aquele dia. Ela estava radiante, lindíssima com as roupas típicas da época dos fundadores. Mas ontem, ontem foi um 'primor'. O dia terminou agitado com Stefan em meio a uma crise de abstinência de sangue. Meu irmão não sabe lidar com a falta de sangue humano. Ele não tem controle. Tanta dificuldade. Eu nunca tive problemas com controle, e não entendo isso, costumo ser muito mais impetuoso que Stefan e mais tempestivo. É minha natureza. Mas ele, eu não entendo essa necessidade de ter o sangue a qualquer custo, porque tanto desejo, porque somos tão diferentes se somos o mesmo tipo de.... COISA... ambos somos o que somos.. o que nos tornamos por causa dela... mas ele está sempre tão perdido quando se trata de sangue... ele fica tão violento... ele deveria estar fraco por não ter bebido sangue humano há anos, mas me derrubou com tanta facilidade quando tentei impedi-lo de se alimentar daquela garota. Eu me assustei, ele naõ deveria ser tão forte, não bebendo apenas sangue animal. Se ele é capaz disso, agora, nesta cidade, ninguém pode segurá-lo e não podemos nos expor aqui. Seria arriscado demais. Pra mim, mas principalmente para ele. Não posso conviver com a possibilidade de não ter STefan por perto. Foi por isso que voltei para Mystic Falls. Me apeguei ao fato de, de repente, ter nossas vidas antigas de volta. De ter meu irmão de volta, e Katherine. Se eu tivesse conseguido tê-la volta. Não! Isso magoaria Elena. Eu não posso mais querer Katherine porque magoaria Elena e... Elena tem se tornado cada vez mais especial para mim... sempre tão doce e carinhosa, mesmo comigo. Eu fiquei muito decepcionado com ela quando me traiu com Stefan escondendo o grimório de Emily Bennet. Mas e daí! Já passou, ela foi me tirar da tumba. Ela... ela... nós... eu gosto muito da presença dela, é muito bom estar com ela por perto, só não gosto do jeito que ela sempre me repreende como se eu fosse uma criança. Eu me sinto mais idiota ainda quando ela faz isso. Eu sei que talvez não seja a melhor pessoa do mundo. Mas realmente acho que ela teria gostado de mim se me conhecesse antes... se me conhecesse em 1864. Eu acho que sim. Mas, isso não importa, Stefan e Elena estão juntos e eu me preocupo demais com ela.. e com ele... estou seriamente preocupado, e não sei bem como agir, conversar com ele nunca dá certo conosco... ele não me escuta, porque eu não sou o melhor dos irmãos e agora ele está lá embaixo, no porão.. Elena passou a noite aqui, do lado de fora do porão, eu fiquei com ela, não queria deixá-la sozinha com isso e repito, me preocupo com STefan também. É meu irmão caçula e tudo era tão diferente antes de katherine aparecer em nossas vidas, porque eu deixei que ela destruísse nosso relacionamento. Agora é tão difícil recuperar o tempo perdido. E tempo não é problema pra mim, ou pra ele, mas está tão complicado conquistar Stefan, seu respeito e amizade, outra vez. E novamente, tem Elena. Ela está se tornando cada vez mais especial para mim e tenho medo do que isso possa ser. Tenho palpitações quando penso nela, sozinho. E isso não é bom! Ela não é Katherine, é tão diferente. Mas não posso negar que... que.. acho que estou cada vez mais apaixonado por ela... Elena... Elena...

Elena parou de ler na mesma hora em que ouviu o chuveiro desligar. Droga, logo agora que as palavras falariam sobre ela. Ela já nem se importava em ter invadido a privacidade de Damon desta forma tão agressiva. Ela mesma sabia o que significava quando alguém lia seu diário. Ela também escreve diários e ficaria furiosíssima se alguém o lesse. Então porque ela estava lendo o de Damon? POrque ela simplesmente não podia evitar. Estava tão ávida por conhecê-lo melhor, saber quem ele era realmente, o que ele escondia por trás das armaduras. Imediatamente, antes que ele saísse do banheiro e a visse, ela jogou o diário embaixo da cama mais uma vez, como na noite anterior. E fingiu que o esperava sentadinha na cama, calada e quieta. Lembrou-se de pegar o livro recomendado por ela na cabeceira e fingiu (outra vez, fingiu/mentiu) que o lia compenetradamente. Isso era dissimulação demais, mas não tinha remédio, ou ela fingia, ou perderia a confiança de Damon pra todo o sempre. Ela pensaria num forma de ajeitar as coisas. Precisava ser abrir com alguém sobre isso e já sabia exatamente com quem ela o faria.

Damon saiu do banheiro pronto. Eram 7h20.

D: - Vamos?

E: - Meu Deus, Damon, que banho demorado. Eu também tenho que tomar banho e trocar de roupa e tudo o mais. E já são 7h20. Não vai dar tempo!

D: - Dá sim, se você se levantar e não ficar aí se lamentando. Vamos!

E: - Ok.

Ambos entraram no carro e rapidamente chegaram na casa de Elena, onde um atordoado Ric fazia café na cafeteira e tirava torradas queimadas da torradeira. Jeremy dava risada enquanto tomava um copo de suco. Ric achou que Elena estivesse em e por isso mesmo, arregalou os olhos como nas animações de Tex Avery quando a viu entrar com Damon aquela hora da manhã.

R: - VOCÊ DORMIU FORA?! DAMON?! VOCÊ TEM ALGO A VER COM ISSO?

D: - Qual é, mãop de vaca, não é o que está pensando. Me dê mais crédito!

R: - Faça por onde e páre de me chamar de sovina, mão de vaca e essas coisas, eu já disse que não sou pão duro. Só não sou milionário!

E: - Parem, os dois por favor. Eu vou subir, tomar uma ducha rápida, pego minhas coisa e já desço, eu prometo!

J: - Se quiser, podemos ir na frente, Ric, vamos com meu carro. E Elena vai com o dela.

D: - Eu vou levá-la. Na realidade, vim para levar a todos. Sei que Prof. Scrooge está sem carro ainda.

R: - Estou sem carro, mas aceito carona de Elena ou Jeremy. A sua eu dispenso.

D: - Mas que simpatia, você heim?!

J: - HAHAHAHAHA Vocês são comédia! É sério... quem observa de longe, acha que isso dá em casamento... HAHAHAHAHA E aí, Ric, vem comigo ou vai com Damon?

Damos fez cara de expectativa. Ele queria que Ric fosse com ele. Não tinha motivo, mas ele queria, simples assim. - deu um sorrisinho maroto.

R: - Vá na frente. Eu vou com estes dois, preciso ouvir a explicação de Elena sobre isso de não ter dormido aqui e nem ter avisado.

Damon sorriu e foi até a cozinha conseguir algo para comer. Colocou duas fatias de pão na torradeira e separou manteiga, e queijo que encontrou na geladeira. Pegou duas laranjas e espremeu com as mãos, fazendo rapidinho, sem nenhum esforço, um suco.

R: - Mas você é um folgado mesmo!

D: - O que é, vai negar comida também?! - desligou a torradeira, passou manteiga nas fatias quentinhas e põs num prato sobre a mesa. Cortou duas fatias de queijo também. E sentou-se no sofá.

R: - Para com isso!! Esse só não é o seu típico café da manhã! E...

D: - E quem disse que é pra mim, seu cricas!

R: - o.o' Não é pra..

D: - Nope! É para Elena.

R: - Mas estamos atrasados, Damon. São 7h48. As aulas começas as 8h. Eu deveria ter ido com Jeremy. Vou me atrasar. Tenho aula no primeiro horário. São apresentações dos seminários do 2º ano.

D: - Eu sou rápido no voltante.

Elena desceu correndo, esbaforida pelas escadas e nem olhou pra mesa da cozinha. - VAMOS EMBORA!! VAMOS EMBORA!! Hoje tem aula da Sra. Kinsey e ela é uma pedra no sapato com alunos indisciplinados, o meu caso, se chegar atrasada! Ela correu para porta, e abriu e que susto!!! - AAAAH!!

E: - Stefan!!!!!!!

S: - Você vai à escola, eu vou com você, tenho que ficar na sua cola, esqueceu! É meu trabalho!

E: - Sim, Stefan, já sei, Klaus, e blá blá blá... pare de falar e interromper, estou com pressa.

Damon riu daquele jeito dela.

Stefan a pegou pelo braço e disse: - Está bem! Segure-se! - Num flash ambos desapareceram. Chegaram na escola antes das 8h.

Ric ficou aborrecido, irritado e não acreditava no que tinha acontecido. Stefan estava insuportável! Damon ficou desapontado, porque o café que ele tinha feito para ela, ficou ali, em cima da mesa, totalmente esquecido. Mas ele entendeu isso. O que foi difícil aceitar, foi Stefan aparecer do nada e tirar Elena dali. Ele ia levá-la para escola, ele tinha combinado com ela e ele tinha estragado tudo. Seus pensamentos foram interrompidos bruscamente por Ric que resmungou alto!

R: - PUTA MERDA! QUE MERDA!!

Damon nunca tinha visto o amigo daquele jeito tão vulgarmente nervoso. Ele riu! Não pode se conter!

R: - O que é tão engraçado! São 8h! Já estou oficialmente atrasado! Eu sempre chegou antes dos alunos na sala! Merda!!! Eu... como isso é possível.. Ric saiu de casa, checando se desligou as tomadas da cozinhas, ele era péssimo com isso, e trancou a porta. Damon continuava rindo. Pára de rir!!! Não tem graça!! Você não leva nada a sério, porque não tem responsabilidades assumidas. O que você faz o dia todo?! Fica se coçando, não?! Vá se ferrar!!

D: - Ouch! - Damon tinham se ofendido mais do que deixou transparecer e pediu desculpas por ter rido. - Sorry, Scrooge. Eu te ajudo com isso.

R: - COOOOOMO???!!

Damon não explicou como. Usou a mesma técnica de Stefan. Pegou Ric pelo braço e quando o professor percebeu, estava na porta da escola. Tontinho, foi se recompondo aos poucos...

R: - Meu Deus. O que você fez?! Ai... Onde estou?!

D: - Na escola. Bom dia pra você! - Damon desapareceu.

*
Na escola, nos corredores do colégio, enquanto Elena ia pra sua sala, ela esbarrou em Ric e disse que explicaria tudo com detalhes pra ele mais tarde, mas alertou pra algo mais. Ela disse:

E: - Preciso falar com você sobre algo muito importante. Uma besteira gigantesca que eu fiz e não sei como consertar. Não sei sequer se tem conserto. Estou ferrada e preciso de um conselho, Ric.

Ric apenas arqueou as sobrancelhas e pensou: - *Meu Deus, o que será agora?*