Diários do Vampiro
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Mensagem por Jess Silver Qui Jul 07, 2011 2:10 pm

Jennifer escreveu:"Mais um dia de desespero, de medo, de vontade de morrer." a miuda vai entrar em depressão depois quero ver como é que é!
"Depois soltei um longo suspiro de desespero e desatei a chorar aflitivamente." dá umas trincas no jason que isso já te passa! ;D
"Já não aguentava mais. Custava demasiado, eu precisava de comer." ta a ver se morre a fome, ou enão se emagrace, já percebi a miuda ta a ver se ganha anemia pra melanie n querer o sangue aguado dela BOA IDEIA!! lol
xD


haushhausuhasuuahahushausahusha
esse comment matou-me Jennifer!!
hahahahahha que máximo
era uma boa ideia mesmo viu??
ela ficava com anemia e a Melanie dizia "oh merda, agora nao te quero nao que teu sangue ja nao tá dentro do prazo de validade" hahahahahahahah
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Mensagem por Jess Silver Qui Jul 07, 2011 4:41 pm

Genteee, vou postar o que falta do cap da Katie esta bem??
espero que gostem!! logo logo chega o cap do Jason!
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Mensagem por Jess Silver Qui Jul 07, 2011 4:43 pm

Capítulo 5 - 2ª Parte


Katie



Pus-me de novo de pé, desta vez com mais convicção, e depois cambaleei até à porta. Doía-me o corpo todo, e o medo tolhia-me o coração. O silêncio voltara. Já nem se ouvia o som da televisão. A escuridão tornou-se mais cerrada quando abri a porta e me deparei com o corredor sombrio.
Eles não precisavam de ter as luzes acesas nem o luar para verem em condições. Era apenas um dos seus muitos atributos. Respirei fundo, enchendo-me de coragem, e comecei a atravessar o corredor, até chegar ao cimo do lance de escadas. Esforcei-me por apurar a audição de novo.
Jason andava para trás e para a frente na sala de estar, impaciente. Ali, a luz do candeeiro do tecto estava acesa, mas era muito fraca. O que estaria a acontecer? Quis dar meia-volta e fugir para o meu refúgio, mas a curiosidade foi maior. Dei um passo em frente e comecei a descer as escadas, ansiosa por saber o que estava Melanie a fazer.
OK. Eu estava a aventurar-me em território inimigo, ou melhor dizendo, na toca do lobo, mas nem quis pensar nas consequências que isso podia despertar.
Deixei de ouvir os passos apressados de Jason enquanto descia as escadas, e isso fez-me parar por uns segundos, ficando à escuta. E de repente ele apareceu à minha frente, vindo do nada, pregando-me um susto tão grande que gritei o mais alto que pude. Dei meia-volta e tentei subir à pressa as escadas, acabando por tropeçar nos meus próprios pés e estatelar-me pelas escadas abaixo. Fui a rolar, sentindo as dores cada vez maiores, até o chão subitamente desaparecer debaixo de mim. Olhei à minha volta, tentando perceber o que tinha acontecido, e percebi que Jason me tinha amparado antes de chegar ao fundo das escadas. Segurou-me pelos braços e devolveu-me rapidamente o equilíbrio. Eu estava mortificada, mal me conseguia mexer.
Ele era tão quente! A sua pele escaldava, ele devia estar com cerca de 42º de temperatura, senão mais! Olhei no fundo dos seus olhos negros, sentindo o terror a crescer mais e mais dentro de mim ao lembrar-me daquilo em que ele se tinha tornado na noite da minha chegada. Jason era um lobisomem.
Afastei-me dele aos safanões e consegui que me libertasse. Corri para o outro lado da sala, a arfar para tentar recuperar a normalidade dos batimentos cardíacos, enquanto ele me fitava calmamente.
- Desculpa, não queria assustar-te.
Oh sim, muito convincente. Apoiei-me na poltrona para poder descansar um pouco o peso sobre as pernas, sem nunca desviar os olhos dos de Jason. Ele esboçou um sorriso encorajador.
- Se quiseres sentar-te estás à vontade. Fico feliz por teres finalmente saído do teu esconderijo e vires conviver connosco.
Numa situação normal teria revirado os olhos, mas estava demasiado assustada para isso. Doía-me as costas de ter caído pelas escadas abaixo. Jason apontou para a poltrona e assentiu com a cabeça. Acabei por decidir que era melhor fazer-lhe a vontade, não fosse ele passar-se da cabeça.
Sentei-me e senti-me logo melhor. Ele sorriu abertamente, orgulhoso por eu ter seguido a sua sugestão, e foi sentar-se no sofá. Tentei arranjar coragem para falar, para perguntar onde tinha ido Steven, mas foi Jason quem interrompeu o silêncio constrangedor.
- O que te levou a sair do quarto?
Abri a boca mas não saiu qualquer som. Devia ser capaz de falar, queria responder-lhe, mas a imagem do lobo assassino ainda estava tão nítida na minha mente…
- Hei, o gato comeu-te a língua? - Gracejou.
Tornei a fechar a boca e lancei-lhe um olhar maldoso. Ele ficou surpreendido, e eu também. Não achei que o conseguisse fazer.
- Não. Não comeu.
- Há ótimo! Estava a ver que não sabias falar.
Desviei o olhar do seu. Não estávamos a começar bem. Aliás, como é que eu podia esperar começar bem com um… um… monstro?!
- Então, vais responder à minha pergunta ou não?
- Sim. Eu saí lá de cima porque… bem… ouvi o que tu e o Steven disseram… - Balbuciei, ainda sem olhar para ele.
- Ah… - Disse ele, parecendo muito calmo.
Esperei que dissesse mais alguma coisa, e ele só o fez passado algum tempo, parecia estar a pensar nas palavras que me deixariam aterrorizada ou não.
- A Melanie fez asneira. Outra vez.
Nesse instante tive de olhar para ele. Jason revirou os olhos com sarcasmo. Eles odiavam-se mesmo, eu nunca tinha conhecido duas pessoas que nutrissem sentimentos tão fortes como eles.
- Mas está descansada, o Steven foi buscá-la e vai trazê-la de volta para casa dentro de pouco tempo.
Estremeci quando ele disse aquilo. Melanie ia voltar. A vampira fatal, que desejava o meu sangue mais que tudo, estaria de volta. E eu teria de voltar para o quarto. E se ela estivesse com sede? E se me fosse tentar caçar?
- Hei, tem calma, não precisas de ficar assim. - Disse Jason, estendendo uma mão na minha direção como se me quisesse consolar.
Encolhi-me, afastando-me dela. Jason suspirou com desalento e cruzou os braços, franzindo o sobrolho.
- Vais mesmo continuar com medo de mim? Ainda não te passou pela cabeça que, se eu quisesse matar-te, já o teria feito?
- O Steven estava aqui… para me proteger… - Murmurei.
- Pois, mas ele não tem estado aqui nos últimos cinco minutos pois não? - Sorriu Jason, como se quisesse acalmar-me, o que surtiu o efeito contrário.
Levantei-me instantaneamente. Ah pois, logo vi. Ele ia aproveitar que Steven tinha saído e ia matar-me. Nem que fosse só para provocar Melanie e para lhe mostrar que tinha ficado comigo e que ela não poderia sequer provar o meu sangue. As minhas mãos tremiam sem parar, freneticamente.
- Então… do que estás à espera? Vá… mata-me! - Incitei, com a voz tão fraca e a gaguejar tanto que Jason demorou apenas uns segundos até desatar a rir à gargalhada.
- A sério? Achas mesmo que é isso que eu vou fazer? - Riu-se.
Recuei dois passos, aproximando-me mais do balcão da cozinha, onde estavam quatro daqueles bancos altos que se vêem nos bares e cafés. Jason parou de rir e pela primeira vez mostrou um sorriso sincero, compreensivo, cheio de compaixão, que me espantou mais que tudo o resto.
- A sério Katie, estás à vontade. A única pessoa que tens de temer nesta casa é aquela sanguessuga nojenta, e como podes ver, vamos estar livres da sua presença hedionda por mais uns minutos.
Não sabia explicar bem porquê, mas senti-me muito mais descansada quando Jason disse aquilo. O simples facto de ele a odiar deixava-me a sentir mais segura. Suspirei e subi para um dos bancos, mantendo-me virada de frente para ele.
- O que foi que ela fez? - Murmurei.
- Ah, o costume, foi matar gente inocente para satisfazer a sede dela e agora vai voltar a queixar-se que tem uma vida muito infeliz. - A sua voz estava cheia de sarcasmo. - Cabra…
Senti o meu queixo a descair-se. Melanie… matara alguém… foi como se a cena toda se formasse na minha cabeça: alguém inocente, provavelmente uma criança, que nem se apercebera do que lhe ia acontecer antes de Melanie chegar e cravar os dentes afiados no pescoço dela, antes de deixar o corpo sem uma pinga de sangue.
Jason levantou-se, movendo-se muito devagar, provavelmente para não me assustar, e aproximou-se de mim, com as mãos estendidas à sua frente como que em sinal de rendição, como se quisesse mostrar-me que não me fazia mal, mas o facto de se estar a aproximar fez com que, instantaneamente, me contraísse de medo.
- Tem calma. És mesmo muito impressionável, não és? - Ele tentava controlar o riso.
- Desculpa.
Nem sei bem por que é que estava a pedir desculpa. Mas faria de tudo para o manter longe de mim, não queria as suas mãos quentes de novo no meu corpo. Desci os meus olhos pelo seu corpo. Aquele abdómen cujos músculos eram tão desenvolvidos, aquele corpo tão trabalhado, ainda o fazia parecer mais perigoso que tudo o resto.
- Hum… será que… podias fazer-me um favor? - Pedi, num murmúrio.
E se ele levasse a mal? E se se chateasse comigo e me matasse de uma vez por todas? Não, eu queria acreditar que ele não o faria, que estava do meu lado.
- Claro, diz.
- Será que podias… vestir uma t-shirt, ou algo assim?
Ele hesitou e depois franziu o sobrolho. Estremeci, já à espera de o ver perder o controlo, mas ele limitou-se a encolher os ombros.
- Claro, mas ainda não percebi qual é o teu problema por me veres em tronco nu. Não sabes apreciar uns bons músculos? - Respondeu, enquanto dava meia-volta e se lançava a correr pelas escadas acima.
Três segundos depois estava de volta, já vestido. Fiquei mais satisfeita assim, era mais fácil encará-lo. Jason revirou os olhos ao ver o meu ar e foi sentar-se de novo no sofá, ficando a olhar intensamente para mim.
- Não tens fome? - Perguntou, por fim.
Encolhi os ombros. Nem conseguia pensar em comida, quando o tinha ali à minha frente.
- É que não comes nada há mais de 40 horas, partindo do princípio que não comeste o que o Steven te foi deixar ao quarto. E estás a ficar pálida e mais frágil ainda. Daqui bocado estás da cor daquela sanguessuga horrorosa.
Arrepiei-me com a comparação. Jason estava a comparar-me a ela? Como podia fazê-lo? Ele riu-se à gargalhada da minha reação, o que me fez perder toda a ligação que já achara que estava a criar com ele. Jason era tão mau como dantes.
- A sério, não queres comer nada?
- Não é preciso. Já comi lá em cima.
- Pronto, está bem.
Hesitei um pouco antes de perguntar o que mais curiosidade provocava em mim naquele momento, mas queria mesmo saber, queria que ele me dissesse para ver se conseguia entender de uma vez por todas.
- Hummm… Jason?
Ele ficou surpreendido por eu finalmente pronunciar o seu nome, mas senti que também ficava contente com isso.
- Diz.
- Por que é que odeias tanto a Melanie?
O nome dela foi mais difícil de pronunciar, era como se me queimasse a língua. Jason fez uma careta de desagrado.
- Não és capaz de chegar à resposta sozinha?
Senti-me a corar e baixei o olhar.
- Ela é horrível. É uma assassina. E já reparaste como se arma sempre em boa, em importante? Eu sou muito melhor que ela e não é por isso que ando para aí a provocar toda a gente.
Decidi não o chamar à atenção para o facto de também ser um pouco convencido. O facto de andar sempre em tronco nu era uma prova muito forte, mas ficar calada era o melhor a fazer naquela situação.
- Não tens de ter medo dela, Katie, eu e o Steven protegemos-te de tudo e de todos.
Levantei o olhar para o fixar no seu. Ele estaria a dizer a verdade? Agora eu tinha um lobisomem como guardião? Oh perfeito, eu não podia pedir um melhor presente de aniversário!
- Obrigada. - Foi tudo o que respondi.
Jason sorriu e antes que eu pudesse dizer mais o que quer que fosse a porta de entrada abriu-se de rompante e Melanie entrou, com o seu ar todo-poderoso do costume. Passou o olhar pela divisão, parando em mim. Quando aquele olhar vermelho como o sangue se cruzou com o meu, senti-me a encolher. Oh meu Deus, era agora, ela ia matar-me… mas Steven estava com ela, vinha logo atrás dela, talvez fosse o suficiente para ela se sentir intimidada e não me saltar para cima. Olhou também para Jason, com o ódio patente no olhar, e depois dirigiu-se rapidamente para o lance de escadas que descia, provavelmente para a cave da casa. O que é que ela ia lá fazer?
Steven fechou a porta com um suspiro cansado e Jason levantou-se da poltrona, cruzando os braços sobre o peito. Steven dirigiu-lhe um olhar comprometedor e depois fitou-o dos pés à cabeça.
- Uau Jason, estás a usar uma t-shirt? Que grande progresso!
- Foi a Katie que pediu.
Steven olhou para mim, apercebendo-me finalmente da minha presença na sala, o que o deixou realmente estupefato. Veio para junto de mim, movendo-se devagar, mais uma vez para não me assustar, e parou à minha frente.
- Sentes-te bem?
- Sim. Eu vim… cá abaixo só para saber… o que tinha acontecido, ouvi-te a sair… - Expliquei, tentando manter a voz firme.
Ele sorriu encorajadoramente, parecendo contente com a minha decisão de sair do refúgio.
- Ainda bem. Tens fome?
- Não. Comi o que… deixaste lá em cima… no tabuleiro.
- Aquilo era muito pouco, apenas um aperitivo antes do jantar. Queres que te faça um bife com batatas fritas? Ou outra coisa parecida?
- Não, a sério, não tenho fome.
Era bem capaz de vomitar as tripas se Melanie me voltasse a olhar daquela maneira. Como… se me quisesse comer… devorar a essência da minha vida… afastei esses pensamentos sombrios.
- Tu é que sabes. Jason?
- Já comia qualquer coisa, mas deixa estar que eu faço.
Foi para o outro lado do balcão e eu mantive-me calma, observando enquanto ele preparava a frigideira para fritar qualquer coisa. Steven sentou-se num dos bancos ao lado do meu.
- O que se passou com… ela? - Perguntei, sem querer pronunciar o seu nome, mas sabendo perfeitamente que Steven adivinharia a quem eu me referia.
- Ah… ouve um incidente no bosque.
- Quem é que ela matou desta vez? - Perguntou Jason, tão descontraído como se estivesse a perguntar as horas a alguém.
Por amor de Deus, como é que ele se podia mostrar tão calmo quando Melanie tinha morto alguém?! Juro que não percebo.
- Um casal. Eram dois, um rapaz e uma rapariga. Depois disse que não queria vir para casa mas eu convenci-a. - Explicou Steven, com o olhar fixo nas mãos.
Arfei, quando o meu coração falhou uma batida. Oh não… por que é que ela tinha de ser assim? Por que é que era tão má? Jason virou-se de frente para mim com um olhar enervado.
- Pois. Estás a ver, não estás? Ela é horrível.
- Pois…
- Jason, queres fazer o favor de não tentar virar a Katie contra a Melanie? - Resmungou Steven.
- Oh, ela não precisa da minha ajuda. Já reparaste como ela fica quando se toca no nome da sanguessuga?
Steven olhou para mim. Já não estava a gostar nada da conversa. Precisava de ir embora, voltar a estar sozinha. Já tinha falado demais para uma noite só.
- Vou para o meu quarto. - Respondi, saltando do banco abaixo.
- Porquê? Fica mais algum tempo connosco. - Pediu Steven.
- Não… quero estar sozinha…
E depois dirigi-me às escadas, não lhes dando tempo para dizer mais nada. Já tinha sido demais para mim. Entrei no quarto, fechei a porta e voltei a encolher-me junto da parede. Enrolei os braços em volta dos joelhos e suspirei longamente.
Tinha aguentado mais um dia. Melanie ainda não conseguira o que queria. Mas quanto tempo mais eu aguentaria ali dentro?
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Mensagem por Delena.forever11111 Qui Jul 07, 2011 4:51 pm

Jess amei, amei , amei!
Essa fic tá muito boa,
eu vou terminar de ler...
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Mensagem por Jenn Qui Jul 07, 2011 4:55 pm

"Será que podias… vestir uma t-shirt, ou algo assim?" affraid a sério alguem de um estalo a esta miuda pra ela aprender a nao mandar homens como jason VESTIREM nada, no maximo ela poderia pedir pra ele tirar o resto, dah.
a melanie matou duas pessoas e dai? eles ja n sabiam que ela ia caçar? qual a crise?
o jason ta ser a ser simpatico com a katie mas nem assim a miuda relaxa, mas eu percebo, ele é um lobo, literalmente MORDE!
xD
continuo a achar que ela ta empenhada em ganhar anemia!! xD
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Mensagem por Jess Silver Qui Jul 07, 2011 4:58 pm

Jennifer escreveu:"Será que podias… vestir uma t-shirt, ou algo assim?" affraid a sério alguem de um estalo a esta miuda pra ela aprender a nao mandar homens como jason VESTIREM nada, no maximo ela poderia pedir pra ele tirar o resto, dah.
a melanie matou duas pessoas e dai? eles ja n sabiam que ela ia caçar? qual a crise?
o jason ta ser a ser simpatico com a katie mas nem assim a miuda relaxa, mas eu percebo, ele é um lobo, literalmente MORDE!
xD
continuo a achar que ela ta empenhada em ganhar anemia!! xD



kkkkkkkk oh Jenny ela ta aterrorizada demais pra reparar nos abdominais do rapaz
mas ele é uma simpatia realmente, nao tem é noçao do quanto se torna assustador rsrrsrs
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Mensagem por Miriam Salvatore Qui Jul 07, 2011 6:07 pm

A Katie ja esta mostrando progresso..
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Mensagem por Laala saalvatore ;) Qui Jul 07, 2011 7:23 pm

Jess, a Katie saiu do quarto, aeeeeeeeeee *o* e fooi conversar com o Jasoon !! uauuu.
Essa Katie tem problema? Primeiro, ele tá ali dizendo que não vai machucá-la, todo gentil e cavalheiro, e ela fica se afastando, OMG, o que ela tem??
Depois, manda ele vestir uma camiseta?? O.O como assim, vestir?? Ela tinha era que apreciiar o que é bonitoo!
E tambem não entendi... A Melanie matou duas pessoas, mas do normal, ela é proibida de matar humanos, tipo os Cullens? Acho que sim, nãoo, o Steven é todo santoo, não ia gostar muuito..
E enfim, a dona Katie voolta ao seu refúgioo.. Vai ficar sem comer de noovoo? ¬¬ OMG Jess, dá um jeito na Katiiee!
Adooorei : ) próximo cap é do meu JASOON!
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Mensagem por Jess Silver Qui Jul 07, 2011 7:26 pm

Laala saalvatore Wink escreveu:Jess, a Katie saiu do quarto, aeeeeeeeeee *o* e fooi conversar com o Jasoon !! uauuu.
Essa Katie tem problema? Primeiro, ele tá ali dizendo que não vai machucá-la, todo gentil e cavalheiro, e ela fica se afastando, OMG, o que ela tem??
Depois, manda ele vestir uma camiseta?? O.O como assim, vestir?? Ela tinha era que apreciiar o que é bonitoo!
E tambem não entendi... A Melanie matou duas pessoas, mas do normal, ela é proibida de matar humanos, tipo os Cullens? Acho que sim, nãoo, o Steven é todo santoo, não ia gostar muuito..
E enfim, a dona Katie voolta ao seu refúgioo.. Vai ficar sem comer de noovoo? ¬¬ OMG Jess, dá um jeito na Katiiee!
Adooorei : ) próximo cap é do meu JASOON!


Não querida, a Mel nao tá proibida de caçar humanos
mas o Jason e principalmente a Katie ainda não estão habituados
nem conformados, que a Mel faça isso, daí o choque e a revolta deles
e o Steven tambem nao acha muita piada, pronto...
vou postar agora a parte do Jason!!
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Mensagem por Jess Silver Qui Jul 07, 2011 7:30 pm

Capítulo 6


Jason




Mais uma noite se passou, sem nada de especial ter acontecido.
Desde que Melanie chegou e foi para o quarto ainda não tinha saído. Deveria de estar com os remorsos da…merda que fez. Também não víamos maneira de tirar Katie do seu quarto. Esta casa estava mesmo a tornar-se secante.
Já eram seis e tal da manhã. E o sono já me estava a pesar nas pálpebras, tentando fechá-las, e eu lutava para que isso não acontecesse.
Steven e eu víamos as repetições e noticiários de desporto. Comentando de vez em quando mas nada de muito interessante. Era assim na maioria das noites desde que eu viera morar com eles.
Pelo que decidi que seria melhor ir para meu quarto dormir um bocado. Sim, desde que chegámos a esta casa tivemos de mudar de horários. E só pela simples e estúpida razão de Melanie viver na noite, pois se estivesse ao Sol desfazia-se. O que eu muitas vezes adorava de ver a acontecer. Mas não o veria tão depressa. E só de pensar que ela matara alguém inocente me dava voltas ao estômago.
Steven estava sempre a dizer que a culpa não era dela. “Ela não teve culpa, não estava preparada e como lhe apareceu um humano inesperado, é obvio que ela tenha perdido o controlo da situação”. Já me chateava toda aquela conversa de necessidades e tretas do género! Ela matava! E é só isso? Saía sempre impune, mesmo que matasse pessoas desconhecidas que provavelmente tinham uma excelente vida?
Sim, apetecia-me mesmo atirá-la à luz mais forte do Sol, para que ela morresse e não magoasse mais ninguém.
Perdi-me completamente nos meus pensamentos com toda esta conversa e nem tinha reparado que Steven estava a falar para mim.
- Jason? Tu por acaso ouviste alguma coisa do que eu te disse? – Perguntou ele com um sorriso por me ver tão atarantado e cheio de sono.
- Hã? Desculpa, não estava a prestar atenção. – Disse eu esfregando os olhos e bocejando.
- Pois eu reparei. – A voz dele era incrivelmente doce e estava na maioria das vezes calma. Nunca vira ninguém assim.
- O sono dá nisto. – Foi só o que consegui dizer, visto que estava mortinho para ir dormir e não me apetecia continuar a falar com ele. -Mas continua…ou mais, repete lá o que disseste. – Pedi.
- Eu estava a dizer que a próxima noite é noite de Lua Cheia.
Abri os olhos rapidamente para prestar mais atenção antes que Steven desse por mim a roncar.
Steven já me tinha explicado o que acontecia nas noites de Lua Cheia. Mas ele só se lembra de falar quando eu estou mesmo quase a dormir pelo que não ouço nem metade do que ele diz na maioria das vezes.
- Eu queria acompanhar-te. Para te ajudar ou algo do género visto que é a primeira vez que passarás pelas noites de Lua Cheia. Mas…- Olhou por cima do ombro e fitou os dois lances de escadas, um que dava acesso aos nossos quartos e ao de Katie e outro que dava acesso ao quarto daquela criatura que não me apetecia mencionar.
- Hum… - Foi só o que disse.
Reflecti um pouco nesse pormenor de Steven não me puder ajudar.
- A não ser que eu faça qualquer coisa a Melanie para que ela fique quieta… - O seu olhar não inspirava muita confiança nessa ideia. Ele tinha mesmo medo de que… aquela criatura fosse atirar-se ao pescoço de Katie.
- Não faz mal. Eu safo-me bem sozinho. E tu nunca conseguirias manter aquela… - Ia-me preparar para a insultar mas lembrei-me de que Steven iria começar a refilar. Steven era irritantemente imparcial quanto a nós dois. Mas bem que podia abrir uma excepção. E odiar aquela reles vampira como eu!
Mas parece-me que isso nunca iria acontecer.
- Lembras-te do que eu te expliquei certo? – Anuí com a cabeça, sabendo que na verdade pouco ouvira das suas explicações.
- Bem, agora deverá ser melhor irmos dormir. – Disse ele começando já a levantar-se da poltrona onde estava sentado. – E não te esqueças de te levantar antes do pôr-do-sol e de levares pelo menos duas mudas de roupa.
- Sim, não me esqueço. – Respondi, coçando a parte de trás da nuca e cambaleando até às escadas.
Fechei a porta do quarto sem fazer muito barulho, pois Katie podia estar a dormir. Mas duvidava solenemente disso. Todavia não me dei ao trabalho de verificar o seu ritmo cardíaco para ter a certeza de que ela estava acordada como sempre tem estado desde que cá chegou. Ainda me pergunto como é que ela aguentou tanto tempo sem dormir e comer. Mas pelo menos já tinha comido minimamente hoje o que acalmou muito Steven. Mas dormir? Isso ela não fazia. Deveria estar horrorizada com a ideia de alguém lhe entrar pela porta e matá-la. Mas todos nós sabemos que o mais provável era ser a sugadora a entrar pela porta do quarto de Katie adentro e lhe cravar os dentes no pescoço.
Não me mantive muito mais tempo acordado. Pois assim que me atirei para cima da cama grande de casal que estava colocada no canto superior esquerdo do quarto, adormeci logo. Não precisava que ela estivesse no meio do quarto ou algo assim, visto que só precisava de um lado para me deitar na cama. Então esta podia estar encostada à parede.


Odiava aquele ruído ensurdecedor. Passei a mão por cima do maldito despertador, que foi uma sorte não se ter partido com a força a mais em que carreguei no botão para o desligar.
Sentia-me estranho. Como que um pouco incomodado com alguém ou alguma coisa.
Tentei afastar essa coisa estranha que estava dentro de mim mas, nada… passado mais uns cinco minutos de moleza levantei-me. A muito custo, dirigi-me à minha casa de banho privativa, à qual se acedia apenas pelo meu quarto, e lavei a cara com água bem fria para ver se acordava de vez. Quando voltei a levantar a cabeça vi o meu reflexo no espelho. Os meus olhos ainda estavam meio fechados, e o meu cabelo muitíssimo despenteado. Passei só com a mão para lhe dar uma aparência menos leonina. Olhei para as minhas calças meio rotas nos joelhos e nas bainhas. Desde que ali entrara que nunca liguei muito ao que vestia pelo que me deixei estar com aquelas calças e a camisola que Katie me pedira ontem para vestir.
Fui tomar o meu suposto pequeno-almoço. Onde é que já se viu tomar o pequeno-almoço às quatro da tarde. Uma enorme taçada de cereais. Se bem que um bom bife mal passado caía melhor. Mas isso era só ao “almoço” que era de noite e por vezes ao “jantar” que era quase de madrugada. Suspirei em desaprovação daqueles estúpidos horários por causa da estúpida da vampira. Sensação estranha aprofundou-se ao pensar odiosamente em… Melanie. Ainda me custava dizer o nome dela depois da noite de ontem.
Mas tentei desviar o mais rapidamente possível as imagens dela, para que aquela coisa estranha não piorasse.
Enchi duas vezes a tigela visto que ontem não tinha jantado.
Voltei para a casa de banho e lavei bem os dentes. Depois fui ao meu quarto, peguei na minha mochila da Nike (coisa mais básica não há) e comecei a pôr lá para dentro várias calças e boxers. Quando já tinha tudo coloquei-a às costas. E desci as escadas. Agarrei numa garrafa de água de litro e meio e também a coloquei dentro na mochila.
Saí de casa e corri a uma velocidade louca. Tão rápido que era quase impossível o olhar de um ser humano me captar.
Eu podia simplesmente ter ficado ali naquele bosque mas achei melhor afastar-me o mais que pudesse da nossa casa. Não sabia bem o que iria acontecer e não queria correr quaisquer riscos de encontrar alguém ou coisa assim.
Ia para Norte, até podia passar a fronteira de Estado e tudo. Lá havia uma enorme floresta. E dava perfeitamente para ficar longe o suficiente dos humanos. Além de que, quanto mais me afastasse de casa, menores seriam as hipóteses de Melanie se cruzar no meu caminho.
O sol já se estava a pôr por detrás das nuvens negras quando lá cheguei pelo que deveriam ser umas seis, sete horas da noite.
Parei mais ou menos no ponto central da grande e densa floresta.
Tirei a mochila das costas e pousei-a junto de uma árvore robusta… que para dizer a verdade, eram quase todas. Mas não tinha importância pois eu sabia muito bem onde estava a mochila. No meio da floresta.
A sensação não tinha passado, antes pelo contrário. Piorava cada vez mais. E comecei a sentir um grande nó da garganta. Sentei-me com as costas junto de outra grande árvore.
Esperei que o tivesse que acontecer simplesmente acontecesse.
Mas o tempo agora parecia passar muito lentamente.
Não fazia ideia de como ia começar. Das outras vezes tinha sido demasiado rápido para que eu entendesse o mecanismo, ainda por cima motivado pela raiva que sentia por Melanie. Agora ela não estava aqui para servir de motivador à metamorfose. Por isso devia ser bem diferente. Comecei a tremer compulsivamente como se estivesse a entrar em hipotermia. Se não fosse lobisomem podia ter acreditado que estava mesmo a congelar. Mas não, a minha temperatura não baixara nem um milésimo de grau. Antes pelo contrário. Subia. Sentia-a subir como um humano a começar a ter febre. Tentei pensar se os lobisomens poderiam ter febre. Mas esse pensamento logo fugiu quando um nó me apertou fortemente no único órgão ainda disponível. O coração.
De súbito olhei para o céu e por entre as nuvens grossas que ameaçavam chover vi-a… poderosa como tudo. Semicerrei os olhos como se a sua luz me estivesse a fazer mal à vista. Contornei a barriga com os meus braços. Mas nunca desviei o olhar da poderosa Lua Cheia…
Era como se me estivesse a hipnotizar.
Contorcia-me com as dores. Apertavam cada vez mais. A temperatura continuava a subir e comecei a transpirar imenso… sim, acho que os lobisomens podiam ter febre…
A cabeça dói-me ainda mais que tudo o resto. Continuava a tremer…mas com ainda mais força.
Respirava ofegantemente e até isso me provocava imensa dor.
Tentava abstrair o meu pensamento do que se estava a passar.
- Humano, humano, humanoooo!!! - Repetia essa palavra inúmeras vezes para tentar travar o que me ia acontecer. Mas sem efeito. Ainda fiz pior. Os músculos começaram a latejar rápido demais e com demasiada força.
Contorci-me ainda mais com as dores e dei por mim a espernear no meio do chão. Como se estivesse possuído por um demónio qualquer. E era quase a mesma coisa. Eu estava a ficar possuído…mas não era por um demónio, mas sim por um lobo monstruosamente grande, forte e descontrolado.
Desviei o olhar da Lua, que me obrigava a olhar para ela.
Fitei as minhas mãos continuando a contorcer-me com os nós que estavam por todo o lado.
Assustei-me e soltei um grito. Nem sei porque o fiz.
Aquilo que se estava a passar agora não era nada, mas nada mesmo… parecido com as minhas outras transformações. Enquanto as transformações anteriores foram muito mais rápidas e … explosivas, aquela não. Estava a ser dolorosa e muito lenta, fazendo-me ver cada pormenor que acontecia ao meu corpo humano na passagem para o corpo de lobo.
Senti a minhas unhas a crescerem e a tornarem-se mais grossas e pontiagudas. Via também o pêlo do lobo a crescer pelos braços, peito e as mãos que estavam a mudar de forma ao mesmo tempo que tudo isto estava a acontecer. O lobo estava a possuir-me. Ou mais…parecia estar a querer sair de mim!
Aquilo era demasiado.
Os meus braços e pernas começaram a crescer a trocar de forma e a tornarem-se ainda mais musculados.
Parecia mesmo aqueles filmes de terror que se vê nos cinemas e o homem transforma-se em lobo assim… desta maneira. Ali eu não estava a ver… estava a senti-lo, a sofrer aquela transformação dolorosa e possuidora do meu ser humano.
O humano estava a ser totalmente puxado e acorrentado. Ele estava sem controlo na situação … eu estava sem controlo na situação.
Não fui ensinado para isto. Em toda a minha vida humana nunca pensei vir a tornar-me num lobisomem. Nem acreditava bem que essas criaturas das historietas existissem. E agora a "sorte" bate-me à porta; não podia haver outra pessoa no mundo a ser escolhida para passar por este Inferno?!
Queria sair. Não queria que o maldito lobo me prendesse no sítio mais profundo do seu corpo e me deixasse lá, a ver o que ele fazia ou não fazia sem eu poder fazer nada…
Por fim… por mais luta que eu desse… e não foi pouca, o lobo venceu. Agora já não se via o Jason humano… mas sim um lobo que continha Jason.
O seu pêlo era castanho claro. Mas parecia conter algumas madeixas de pêlo castanho-escuro. Os seus olhos eram negros, mesmo muito escuros. Era enorme. E agora, ali, com o luar a incidir nele parecia ainda maior e mais monstruoso que das últimas vezes.
O lobo olhou para a lua muito atentamente. E soltou um uivo enorme e assustador.
Começou a correr. Não sei para onde ia. E pelo que via ele também não, limitava-se a correr como um desalmado. Fintava rapidamente as árvores. Um cheiro chegou-lhe ao nariz. Parou. E inspirou bem fundo aquele odor. A mim só me cheirava a árvores e a natureza. Não percebi o que o lobo estava a identificar ali.
Olhava em volta do seu próprio corpo como se estivesse a procurar algo. Mas o que seria?
Ouviu-se algo, que devia de ser qualquer coisa a correr. Será que estava ali outro lobo?
Começou a correr de novo muito rápido, e com os olhos postos em algo que eu ainda não tinha identificado.
Inspirou de novo. E aí sim, já sentia o cheiro que o lobo seguia.
Hum… carne… fez me crescer água na boca, o que levou ao lobo a correr ainda mais. Mas o que fazia um bife ali? E ainda por cima a correr?
Havia coisas mesmo estranhas e inacreditáveis. Como por exemplo…eu!
Fiquei impressionado quando finalmente vi o que largava aquele odor a bifes. Que estúpido! Como fui eu pensar que um bife tinha pernas e que estava a correr ali!? Abanei a cabeça em modo de desaprovação para a minha estupidez.
O lobo corria, e já estava mesmo na traseira daquele animal que eu tinha identificado como um veado ou coisa parecida. O lobo saltou bem alto fazendo um voo enorme e ficando mesmo por cima daquilo que deveria ser a sua presa.
Presa!? Hã!? Espera aí! Ele ia apanhar o veado e comê-lo?
«Não, não, só podes estar a brincar!» disse eu lá no fundo do lobo.
As suas garras bem afiadas espetaram-se na carne do veado. Mesmo nas suas costas. O pobre veado ainda tentou fugir mas o lobo aterrou mesmo por cima dele e este não viu jeito de fugir.
O monstro tirou a sua pata direita das costas do veado e deu-lhe uma boa arranhadela no pescoço. Foi como se lhe estivesse a dar um estalo no pescoço, mas a brutalidade do lobo partiu a coluna do veado, que morreu de imediato.
O lobo saiu de cima do veado morto e começou a dar-lhe grandes trincas.
Mas que raio estava ele a fazer!? Mas desde quando é que eu comia carne daquela maneira?
Lembrei-me de que já não era eu, mas um lobo. Algo completamente diferente por isso é que ele estava a comer o veado. Para ele aquilo era do melhor que havia. Uma boa carninha fresca. Mas para mim aquilo ainda me metia nojo. Apesar de eu comer bifes mal passados. Mas um bife era completamente diferente de um…GRANDE BIFE! Que equivalia a um veado!
Consegui chegar ao paladar do lobo. E senti o sabor do veado na minha boca. Era estranho mas ao mesmo tempo aquela carninha era mesmo boa. E assim foi, fiquei ali com o lobo a saborear o veado. Quando este acabou tinham ficado só os ossos. Começou de novo a correr pela floresta fora sem andar atrás de mais nenhuma presa.


Era como se um comboio me tivesse passado por cima. Estava todo dorido. Até custava a acreditar que era possível estar tão pisado e cansado.
Tentei mexer-me mas não resultou, porque todo o meu corpo protestou com as dores musculares… estava feito ao bife!
Virei-me, ainda sem abrir os olhos, e fiquei de barriga para baixo, estendido ao comprido no chão. Sentia folhas e terra à minha volta.
Mas onde raio estava eu enfiado?
Abri os olhos de rompante pelo que logo me arrependi de o ter feito devido às dores que provocou na minha vista. Toda aquela claridade me estava a fazer confusão.
Olhei para o chão que estava mesmo por debaixo de mim.
Eu dormira ali? Que coisa mais estranha.
Levei a mão à cabeça com a dor que nela sentia. Parecia um gajo que na noite passada tinha bebido tanto álcool que tinha entrado em coma alcoólico e que no dia de hoje estava com a maior ressaca da sua vida.
Será que eu tinha andado a beber?
Já chegava de perguntas. Tentei lembrar-me do que tinha acontecido na noite passada mas o trabalho era dificultado pela dor de cabeça.
Tentei levantar-me e só o consegui fazer à terceira tentativa.
Cambaleei durante uns passos mas depois fiquei mais ou menos melhor e já conseguia andar. As minhas pernas, braços e costas eram o que me doía mais. Até a cara me doía! Seria possível tudo aquilo!?
Olhei para mim de alto a baixo.
- MERDA! – Gritei ao ver que estava completamente despido. – Mas que raio estou eu a fazer nu, meu!? – Disse como se estivesse à espera que alguém me respondesse.
Olhei à minha volta para ver se via alguma pessoa. Mas não. Tentei não me passar da cabeça, e ao aperceber-me que estava mesmo sozinho, comecei a correr. Não sei para onde ia. Mas as minhas pernas pareciam guiar-me sem eu as mandar andar. Correr fez-me ainda pior às dores.
Fui dar a uma mochila, que por mais estranho que pareça era a minha mochila da Nike, que estava junto de uma grande árvore, abri-a e quando olhei lá para dentro senti-me completamente agradecido.
Tirei de lá uns boxers e vesti-os rapidamente. E de seguida tirei uma das várias calças que estavam lá dentro. Só havia lá calças, boxers e uma garrafa de água.
Abri a garrafa e bebi uma golada de água.
Não sabia o que se estava a passar e as únicas imagens que retinha da noite passada era a imagem de um grande lobo.
Pensei em voltar para casa, pois não sabia o que fazia ali. Mas assim que fechei a mala e ia começar a correr uma sensação estranhíssima atingiu-me o estômago, como se me quisesse impedir de voltar. Dei mais um passo e a sensação ficou mais forte. Dei-me por vencido e pousei a mochila onde a tinha encontrado.
Fiquei ali o resto do dia. E comecei-me a lembrar de coisas que tinham acontecido pelo que percebi que tinha sido noite de Lua Cheia e deduzi logo que hoje também seria. Porque se bem me lembro ontem quando acordei tinha a mesma sensação que esteve comigo o dia todo.
Fiquei ali adormecido durante pouco mais de duas horas e quando voltei a acordar já era quase de noite pelo que me deixei ficar ali, à espera que tudo da noite passada voltasse a acontecer. Como um dejá vú.
E esperara realmente pela coisa certa.
A sensação aumentou, as dores apareceram e espalharam-se por todos os meus órgãos sendo o coração o último a ser atingido, os músculos começaram a contrair e descontrair compulsivamente e eu termia por todos os lados.
Olhei de novo para a lua que me voltou a hipnotizar. E passado uns longos e tortuosos minutos, eu fora acorrentado e o lobo voltou a liderar.
Voltou-se tudo a repetir. Desta vez o lobo apanhou dois veados. E comeu-os da mesma maneira que na outra noite.
Correu e correu.
Tal como na outra noite.
Voltei a acordar com um grande esquecimento e voltei a encontrar-me nu e com ainda mais cansado que no dia anterior e com ainda mais dores. Fui guiado de novo pelas minhas pernas até à minha mochila. Voltei a vestir-me e a beber água. Tudo foi igual ao dia anterior. Até a parte das lembranças do que se tinha passado.
E lá estava eu agora à espera que a rotina das últimas duas noites se voltasse a repetir…
O sol estava-se a pôr no horizonte e a Lua Cheia a subir, num tom amarelado que iria tornar-se branco ao atingir o pico do céu.
A lua ainda mal se via pelo que podia olhar agora para ela sem nada de mal me acontecer. Fiquei ali a olhá-la perdendo-me no pensamento.
Quando a noite já estava quase no seu pico, suspirei o mais intensamente possível e disse com o meu ar super cansado:
- Já só faltam cinco noites…
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Mensagem por Laala saalvatore ;) Qui Jul 07, 2011 8:03 pm

Nossa Jess..
Me deu uma imensa dó do Jason agoora : /
Pooxa, é mesmo torturantee as noites de luua cheia.. eu lembro daquele episódio da primeira transformção do Tyler... me fez quase chorar, foi triste de ver!
Tadinho do Jasonsiinhoo, deixa que eu consolooo ele!
E o *biife* ;s mee deu nojo
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Mensagem por Jess Silver Qui Jul 07, 2011 8:07 pm

Laala saalvatore Wink escreveu:Nossa Jess..
Me deu uma imensa dó do Jason agoora : /
Pooxa, é mesmo torturantee as noites de luua cheia.. eu lembro daquele episódio da primeira transformção do Tyler... me fez quase chorar, foi triste de ver!
Tadinho do Jasonsiinhoo, deixa que eu consolooo ele!
E o *biife* ;s mee deu nojo


É Laala, foi realmente doloroso...
as transformações são sempre péssimas para o Jason
e ele sofre isso todas as semanas da Lua Cheia
pelo menos é só uma vez por mês, menos mal...
e o bife foi nojento mesmo, mas pensando pela cabeça do lobo, não foi tanto assim kkk
amanhã é dia de Steven Wink
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Mensagem por Jenn Qui Jul 07, 2011 8:29 pm

tambem fiquei com pena do rafeiro coitado!
e tb me lembrei da transformação do tyler, só faltam 5 noites? isso significa que ele se vai transformar todas as noites?
que cenario!
xS
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Mensagem por Miriam Salvatore Qui Jul 07, 2011 10:32 pm

Coitado do Jason..
Eu é que não queria ser lobisomen
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Mensagem por Jess Silver Sex Jul 08, 2011 5:12 pm

É meninas, a transformação do Jason deu pena mesmo
e ele ainda vai sofrer isso mais algumas vezes


Mas hoje é dia do capítulo do Steven!! então aqui vai a primeira parte::
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Mensagem por Jess Silver Sex Jul 08, 2011 5:14 pm

Capítulo 7


Steven



Sempre pensei que, passados os primeiros dias, as coisas se tornassem mais fáceis. Mas parece que me enganei.
Katie chegara às nossas vidas há cinco dias. E no momento que estávamos a passar agora, tornava-se tudo mais complicado. Ela ainda não saíra do quarto mais nenhuma vez desde a noite em que Melanie saíra para ir caçar e matara aquele casal no bosque, exceto para ir à casa de banho e para tomar duche, o que acontecia sempre de manhã. No resto do tempo continuava encolhida junto à parede, com um ar tão frágil e tão inocente que me causava imensa pena. Mas o que podia eu fazer por ela? Tinha de a manter ali connosco, ela tinha de fechar as portas ao resto do mundo e entregar-se à nova realidade. Isso custava, custava mesmo muito, mas era necessário e ela tinha noção disso.
Ainda por cima ela estava a ficar desconfiada em relação a Jason. Mas também quem não estaria? Ele já não vinha a casa há três dias. Era natural que Katie estivesse curiosa acerca da razão. E Melanie não ajudava nada à situação.
Andava sempre a reclamar, a dizer mal de Jason, não se calava nem quando sabia que Katie poderia ouvi-la. Aquilo causava-me uns nervos do outro mundo. Melanie era tão irritante às vezes, que cheguei a perguntar a mim próprio se teria feito uma boa escolha em tê-la trazido. Qualquer outra pessoa teria dado uma vampira mais calma e mais racional, mas Melanie era uma fera brava e indomável, única.
Nesse fim de tarde, o sol desapareceu no horizonte mais tarde que o costume, e a claridade era demasiado fraca, devido à grossa camada de nuvens que cobria o céu e que dava a impressão de estarmos fechados num cubículo do qual não podíamos sair. As árvores estavam imóveis, não corria qualquer aragem que agitasse as suas folhas, não se via um único animal a passar por ali. O bosque estava silencioso, amedrontado pelo lobo assassino que se escondia no meio dos seus arbustos. Eu era capaz de compreender a ansiedade, o medo que pairava em torno das árvores. Os animais não ousavam sair das suas tocas e esconderijos e deparar-se com a besta incontrolável. Mas todo aquele silêncio se tornava agoirento e melancólico. Era assim também que eu me sentia. Estava sentado no alpendre da nossa casa há mais de duas horas, à espera que Jason chegasse.
Talvez devesse ir atrás dele. Já tinha passado tanto tempo… mas eu sabia o que se passava, ao contrário de Katie. Sabia que ele precisava de ficar sozinho num dos momentos mais difíceis da sua nova vida. Mas ele ainda era tão jovem…e se houvesse algum problema, e ele precisasse de ajuda como Melanie certamente precisaria? E se ele estivesse a precisar de mim e eu não o fosse ajudar? Como podia algum dia perdoar-me por não ter sido um bom mentor para ele?
Por outro lado, não queria deixar Melanie sozinha em casa com Katie. Isso estava completamente fora de questão. Ela matava-a, sem pensar duas vezes. E eu prometera à Katie que a protegeria com a minha vida, não a podia deixar sozinha. Mas também não queria trazê-la comigo se tivesse de ir à procura de Jason. Não queria que ela visse de novo o lobo gigantesco e fatal. Podia passar-se da cabeça e ficar ainda pior do que estava neste momento.
Com um suspiro de resignação, cheguei à conclusão que o melhor era deixá-lo sozinho. Quando se sentisse bem de novo, Jason voltaria para casa. Eu era mais preciso aqui do que junto dele.
- Stev?
Virei-me para trás ao ouvir a voz sedutora e maldosa de Melanie, que nunca abandonava o tom sarcástico e maligno. Devia fazer mesmo parte dela, já nem se esforçava para apenas parecer má, ela era mesmo assim. Quem me dera poder moldá-la à minha maneira.
- Sim?
Ela aproximou-se e sentou-se ao meu lado nos degraus de madeira do alpendre, ficando a olhar fixamente para mim durante uns longos minutos em silêncio, enquanto eu fitava os seus olhos tão bonitos, da cor do sangue vivo.
- Como te sentes? - Perguntei.
- Ótima, como sempre. - Revirou os olhos ironicamente.
- Tens sede. - Afirmei, sabendo perfeitamente que era isso que a estava a deixar tão rabugenta.
- Claro. Quando é que não a terei? - Esboçou um sorriso travesso.
- És capaz de ficar aqui quieta durante uns minutos? Vou buscar o teu jantar.
- Claro, eu fico.
Assenti e levantei-me, dirigindo-me até ao meu quarto em passo rápido. Era lá que guardava as garrafas cheias de sangue que armazenara para dar a Melanie quando ela sentisse sede. Tínhamos combinado que ela não voltaria a sair para ir caçar durante os próximos tempos, podia tornar a descontrolar-se. Tinha morto logo duas pessoas, quando apenas uma lhe bastaria! Mas ela nem quisera esperar. Por isso eu arranjava o sangue para ela, escondia-o no meu quarto e dava-lhe em doses pequenas quando me pedia. Era mais seguro assim. Se Melanie soubesse daquele esconderijo bebia as sete garrafas de litro e meio de uma só vez e depois as minhas reservas acabavam e ela seria obrigada a passar mais uma vez pela experiência (que ela achava maravilhosa) de matar pessoas.
Enchi o cálice de prata, que estava guardado juntamente com as garrafas, e voltei para o alpendre, onde ela me esperava, petrificada na mesma posição em que eu a tinha deixado. Apenas os vampiros podiam ficar assim tão imóveis, parecendo estátuas. Sentei-me no meu lugar de antes e estendi-lhe o cálice cheio de sangue. Os lábios carnudos dela distenderam-se num sorriso sedento.
- Uau… obrigada.
Fiquei realmente espantado por a ouvir dizer aquilo. Melanie nunca agradecia nem pedia licença para nada, sempre se considerava a rainha do seu palácio no meio do bosque. Por isso foi com grande agrado que a ouvi agradecer pela taça de sangue, que levou aos lábios e bebeu sofregamente, esvaziando-a em menos de um minuto. Depois tornou a estender-ma, lambendo os beiços como se quisesse mais.
- Estás saciada, por agora? - Perguntei-lhe.
- Por agora. - Frisou ela.
Ficámos a olhar para o meio das árvores durante muito tempo sem dizermos mais nada. A escuridão cobria lentamente tudo à nossa volta. Era a hora de domínio de Melanie. Sentia o entusiasmo dela a crescer. Ela queria soltar-se, correr pelo meio das árvores frondosas, libertar os seus instintos de predadora. Mas com Jason a vaguear por ali era melhor mantê-la sossegada e em casa, se não queria que se matassem um ao outro em menos de nada.
- Onde está aquele rafeiro nojento, afinal? - Ouvi-a perguntar, em voz baixa.
Franzi o sobrolho. Não queria nada que eles se odiassem daquela maneira. Afinal, iam viver juntos durante muitos séculos. Era melhor que se entendessem, mas isso parecia impossível.
- Já sabes que durante esta semana o melhor é deixá-lo sozinho.
- Por que é que ele pode ficar fora de casa tanto tempo e eu não? - Parecia ofendida com a diferenciação.
- Porque ele tem mesmo de sair, tu aguentas-te bem aqui.
Ela esboçou uma careta de desagrado.
- Stev… não precisas de voltar a ir ter comigo quando acabar a caçada. Sou capaz de me aguentar sozinha. - Respondeu ela.
Lancei-lhe um olhar surpreendido. Não esperava que ela tomasse essa decisão tão cedo.
- E se precisares de ajuda?
Ela estremeceu quando eu disse aquilo, mas os seus lábios mantiveram-se contraídos numa linha de tensão.
- Não interessa. Eu sou uma vampira, sou uma assassina e já me mentalizei disso, por isso está na hora de aprender a sobreviver sozinha e sem os teus favores.
- Eu não me importo nada de te ajudar.
- Eu sei que farias qualquer coisa por mim, mas está na hora de me tornar independente. Quero caçar, quero matar.
Desviei o olhar do seu. Era impossível passar por cima daquela situação, já sabia que mais cedo ou mais tarde ela chegaria. Melanie não podia negar os seus instintos, a sua maneira de ser; um dia destes ela ia tornar-se numa assassina tão boa quanto todos os outros vampiros, e já não precisaria de mim.
- Tens a certeza disso? Não precisas de ir caçar sozinha, eu arranjo sangue durante os próximos tempos…
- Não. - Disse ela, a voz muito firme. - Eu quero caçar, Steven, será que não compreendes? Preciso disso. Estou farta de ser tratada como uma gatinha de estimação. Eu sou uma leoa, não sou uma gatinha. - Disse ela com uma convicção inabalável.
- Eu sei que és uma leoa, serás sempre.
Ela sorriu, gostando do meu elogio, e depois tornou a olhar para o bosque sombrio que se estendia à nossa frente.
- Mas espera pelo menos até à semana da Lua Cheia acabar e o Jason voltar para casa. Não quero que se encontrem lá fora e que eu não possa evitar uma luta entre vocês.
- Não ia sentir a falta dele se lhe pudesse arrancar aquela cabeça oca do pescoço. - Disse Melanie calmamente.
A maneira como ela falava dele, com um ódio tão intenso e ao mesmo tempo tão sereno, tão fácil de demonstrar, deixava-me fora de mim.
- Por que raio é que vocês não podem tentar dar-se bem?! - Resmunguei, cerrando as mãos em punhos.
Ela ficou surpreendida pela minha mudança de humor. Não estava habituada a que eu me mostrasse violento, isso não era nada o meu género, mas a maneira de ser deles irritava-me solenemente.
- Ele é um lobisomem e eu sou uma vampira. - Recitou ela, como se isso não fosse óbvio o bastante.
- Olha, eu ainda não tinha chegado a essa conclusão. - Ironizei. - O que estou a tentar dizer é que vocês deviam entender-se. Vão passar o resto das vossas existências a odiar-se mutuamente? Sem tréguas, sem qualquer sentimento bom?
- É impossível sentir algo bom por aquele rafeiro odioso.
Revirei os olhos e cheguei à conclusão de que era impossível manter uma conversa daquelas com Melanie. Ela era demasiado teimosa. Eram os dois, na verdade.
- Vou ver como está a Katie. E olha que eu sei se fores atrás do Jason e conseguirei travar-te, por isso que nem te passe essa ideia pela cabeça, ouviste bem? - Alertei, em voz severa.
Ela olhou-me fixamente e depois suspirou com desalento.
- Está bem. Eu fico aqui, a olhar para o nada, durante o resto da noite. Está descansado.
- Acho bem.
Levantei-me e dirigi-me para o interior de casa. Apurei o sentido da audição e consegui aperceber-me da respiração compassada e leve de Katie no seu quarto. Subi até lá, sem fazer o mínimo barulho, e abri a porta devagar, espreitando para o interior.
O quarto estava iluminado pelo luar, a cama dela resplandecia numa brancura anti-natural mas tão bela que me apeteceu ficar a olhá-la durante muito tempo. Katie dormia, enroscada nos cobertores, com os cabelos tingidos de branco pelo luar, assemelhando-se a um véu de brilho de seda. Era a imagem de um anjo a dormir. Fiquei a observá-la durante imenso tempo, sem dizer nada, e o silêncio que nos envolvia era apenas interrompido pelo respirar cadenciado dela. Katie não tivera nenhum pesadelo durante esse dia, como o de ontem, o que me deixou muito mais descansado. Ela estava a começar a aceitar a sua nova rotina. E o facto de ter passado a dormir na cama era um ótimo progresso. Continuava a não comer muito, mas o que comia já servia para lhe dar um tom mais rosado à pele e um ar mais saudável.
Ao fim da meia hora que passei a observá-la em silêncio, Katie virou-se uma e outra vez na cama, e percebi que estava a acordar. Aproximei-me mais da sua cama, parando a cerca de meio metro dela, e ficando à espera que a minha protegida acordasse de vez.
Ela abriu os olhos cor de mar e pestanejou para focar a visão. Ao aperceber-se que eu estava ali a observá-la, ficou muito assustada e encolheu-se toda.
- Tem calma, está tudo bem. - Tranquilizei-a.
Ela parou, controlou as respirações e ficou a olhar para mim sem dizer mais nada.
- Como te sentes hoje? - Perguntei, tentando dar um tom amável à minha voz.
- Bem. - Murmurou ela.
- Ótimo. Anda, levanta-te e vai lavar-te e arranjar-te. Terei o teu pequeno-almoço pronto em menos de vinte minutos.
- Não tenho fome. - Balbuciou, estremunhada.
- Tens sim, não tentes mentir-me. E podes ter a certeza que não vais passar o resto da noite enfiada neste quarto. Vens para a sala comigo e com a Mel.
Ela estremeceu quando eu pronunciei o nome da pessoa que ela mais temia no mundo. Aquela era outra situação que teria de mudar. Katie não podia continuar a viver assombrada pela presença de Melanie, iam ter de se habituar uma à outra e passar a conviver como duas pessoas normais. Afinal, era esse o objectivo dos meus mentores: ao juntar as quatro raças e obrigá-las a conviver diariamente, elas acabariam por se entender e passar a viver em harmonia. Pelo menos era isso que eu ansiava que acontecesse.
- Na sala… com a Mel… - Gaguejou Katie, o medo a crescer no seu interior.
- Sim. Está descansada que não vai acontecer nada de mal. Vá, vamos, o sol já se pôs há muito tempo.
Ela engoliu em seco, provavelmente a arranjar coragem, e depois levantou-se lentamente da cama. Fiquei contente por pelo menos ela me obedecer. Era muito mais fácil de controlar que Jason e Melanie, felizmente.
- Estarei à tua espera lá em baixo.
- Podes fazer-me um favor?
- Claro, tudo o que queiras. - Respondi, prontamente.
- Mantém a Melanie junto de ti enquanto me arranjo.
Soltei uma gargalhada e assenti, dando meia-volta e saindo do quarto. Desci as escadas a correr e cheguei ao alpendre todo em madeira, onde Melanie se mantinha feita estátua de uma deusa tão bela que se tornava quase inacreditável.
- Mel, a Katie acabou de acordar. Espero que sejas simpática para ela e que nem penses em ameaçá-la seja do que for.
Melanie lançou-me um olhar mal-humorado mas seguiu-me para dentro de casa.
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Mensagem por Jenn Sex Jul 08, 2011 5:27 pm

o steven ta lixado se tem que por esses tres em harmonia VAI TER MUITO TRABALHO PELA FRENTE!!
coitado!
xS
boa sorte meu!

Jenn
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Mensagem por Jess Silver Sex Jul 08, 2011 5:31 pm

é mesmo coitadinho rsrrsrs
mas ele é persistente e muito teimoso
e é do principio de "devagar se vai ao longe" kkk
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Mensagem por Laala saalvatore ;) Sex Jul 08, 2011 7:26 pm

Jess, que Melanie má!!
* Quero caçar, quero matar!* Ta bom né, vaii lá
Steveeen, não deiixa a Katie sozinha com a Melanie nãooooo!
Jason, tadiinho, voltaa logo : /
E até que enfim, Katie saiu do quarto, AMEMM!
Só o Steven mesmo p. conseguir uma façanha dessas!
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Mensagem por Jess Silver Sex Jul 08, 2011 7:29 pm

Laala saalvatore Wink escreveu:Jess, que Melanie má!!
* Quero caçar, quero matar!* Ta bom né, vaii lá
Steveeen, não deiixa a Katie sozinha com a Melanie nãooooo!
Jason, tadiinho, voltaa logo : /
E até que enfim, Katie saiu do quarto, AMEMM!
Só o Steven mesmo p. conseguir uma façanha dessas!


é mesmo, mas foi uma tarefa titânica hahahah
o Jason volta no fim da semana de Lua Cheia
é sempre assim, porque ele nao quer magoar a Katie Smile
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Mensagem por Jess Silver Sex Jul 08, 2011 8:02 pm

:: COMUNICADO::


Meus amores eu venho anunciar
que a partir de Domingo eu nao virei mais na net
até dia 25 de Julho
é, eu sei que é muito tempo, mas eu vou estar num lugar sem net
nao poderei mesmo vir cá
então não haverão postagens nas minhas fics nem em Lembra-te de Mim
porque a minha twin Katie vem comigo

peço imensa desculpa por isto, mas espero que nao me abandonem kkk
adoro'vos!!
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Mensagem por Miriam Salvatore Sex Jul 08, 2011 10:53 pm

Steven que tenha muita sorte pra por os 3 em harmonia
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Mensagem por Jess Silver Dom Jul 24, 2011 7:15 pm

Genteeeeeeeeeeeeeeeee, amanhã a saga volta à ativa!!!
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Mensagem por Laala saalvatore ;) Seg Jul 25, 2011 6:43 pm

Jess amoore, hj não vai ter cap. nãoo? : /
Estou com saudades da saga!
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Mensagem por moon Sex Ago 05, 2011 9:22 am

Olá!
Peço que, o/a autor (a) da história regularize o tópico de acordo com As Regras desse Fórum.
Não esqueça de editar o título do tópico de acordo com o andamento da história, capa, etc.
Qualquer dúvida, entre em contado através de MP.
Obrigada pela atenção. Smile
moon
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